Economia

10 fatos sobre violência que têm a ver com economia

Lista elaborada pela Organização Mundial do Comércio mostra o impacto da violência sobre a economia e as ações econômicas que podem preveni-la

Protestos na Grécia: violência em reação a medidas de austeridade anunciadas por causa da crise econômica (Getty Images)

Protestos na Grécia: violência em reação a medidas de austeridade anunciadas por causa da crise econômica (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2011 às 08h00.

São Paulo – Violência e economia têm diversos pontos em comum e uma comprovada relação de causa e consequência. Atos violentos como atentados terroristas, dependendo das proporções, podem trazer consigo diversos impactos econômicos.

Por outro lado, problemas econômicos como a recessão e o desemprego podem estimular o uso da violência. Desde o ano passado as cidades gregas têm sido testemunha desta correlação. Protestos que terminaram em violência tomaram as ruas de Atenas em reação aos pacotes de austeridade anunciados pelo governo da Grécia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou uma lista com 10 fatos sobre a violência e sua relação (seja de causa, seja de consequência) com aspectos econômicos. São eles:

1. Violência e o impacto na saúde pública

A violência é a causa de 1,5 milhão de mortes por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde. Isto significa que mais de quatro mil pessoas são mortas todos os dias. O alto índice de assassinatos significa para muitos países graves problemas de saúde pública e impacta nos índices de desenvolvimento humano

2. Homicídios e suicídios no topo da lista

Do total de mortos por causas violentas, 35% dos casos são de ferimentos causados intencionalmente. Outros 11% correspondem a mortes causadas por guerras ou alguma outra forma de violência coletiva. Na conta geral, homicídios e suicídios correspondem a 80% do total de mortes relacionadas à violência.


3. Homicídios e pobreza

Ainda segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 90% das mortes por causas violentas ocorrem em países de baixa ou média renda, onde a desigualdade econômica é maior. Nestes países, os assassinatos acontecem, em sua maioria, nas comunidades mais pobres.

4. Violência atinge os mais jovens

A violência atinge, na maioria dos casos, pessoas jovens e economicamente produtivas. Homicídios e suicídios são os grandes contribuintes para elevar os índices de mortalidade de homens entre 15 e 44 anos. Para cada jovem morto por violência, mais de 20 sofrem ferimentos que necessitam de tratamento médico. Entre as pessoas de idade abaixo de 25 anos, para cada suicídio, são 100 tentativas.

5. Efeitos colaterais (nem sempre) visíveis

O impacto da violência na saúde não se limita aos danos físicos. Os efeitos de longo prazo incluem depressão, distúrbios mentais, tentativas de suicídio, síndromes de dor aguda, gravidez indesejada, AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, dentre outros. Segundo a OMS, crianças que são vítimas de violência têm maior risco de se tornarem viciadas em álcool ou drogas. As consequências incluem ainda doenças do coração e câncer.

6. Minimizando o impacto

Há prevenção contra violência e seus impactos podem ser minimizados. As estratégias mais eficientes, segundo a OMS, consistem no ataque às mais comuns causas de violência: baixa escolaridade, instabilidade familiar, pobreza concentrada, desemprego, dentre outras.


7. O papel da escola

Programas de prevenção à violência nas escolas beneficiam a todos os indivíduos. Estas iniciativas se revelam eficientes se colocadas em prática para atingir crianças em idade pré-escolar (de três a cinco anos). Para os mais velhos (seis a 18 anos), o recomendado é que sejam feitas atividades de aperfeiçoamento das habilidades sociais. A OMS prescreve ainda acompanhamento aos adolescentes e jovens mais propensos a atos de violência, para garantir que concluam sua formação escolar, bem como orientação vocacional e curso preparatório para a universidade.

8. O papel da família

Promover ações que estimulem a convivência familiar ajuda a prevenir a violência. De acordo com o estudo da OMS, uma das ações mais eficientes para incentivar esta interação são os programas de atividades da família na escola. A entidade fala ainda em iniciativas de capacitação dos pais para aconselhar seus filhos com relação a comportamentos violentos.

9. O papel da comunidade

Ações comunitárias também são eficientes para a prevenção da violência. A criação ou melhoria de espaços como creches e centros de convivência permitem a criação de programas contínuos para debater questões cruciais sobre violência com a comunidade.

10. Prevenção a vícios e armas

As sociedades podem prevenir violência reduzindo riscos como o vício em álcool, ao fortalecer a legislação e a fiscalização da venda de bebidas a menores. Além disso, os governos devem se empenhar em reduzir o acesso da população a armas de fogo, facas e outros itens possivelmente letais. Finalmente, promover a igualdade entre os sexos é outro fator que, segundo a OMS, colabora para prevenir a violência.

Acompanhe tudo sobre:ONUSaúdeViolência urbana

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE