Economia

1% de alta na gasolina impacta em 0,04 pp no IPCA, diz IBGE

5% da alta na gasolina serão absorvidos no IPCA de novembro, enquanto os 25% restantes terão impacto em dezembro


	Posto da Petrobras: a gasolina tem um peso de 3,73% no orçamento das famílias
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Posto da Petrobras: a gasolina tem um peso de 3,73% no orçamento das famílias (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 10h19.

Rio - Cada 1% de repasse do reajuste anunciado pela Petrobras de 3% no preço da gasolina nas refinarias às bombas implicará um adicional de 0,04 ponto porcentual à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo é da coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

"Esse reajuste começa a valer hoje e se transpõe para os postos. A gente vai ver quanto isso vai ser praticado nas bombas. A cada 1% de aumento que chegue nas bombas, vamos ter impacto no índice 0,04 ponto porcentual. Então, se nada mais aumentar, só a gasolina em 1%, isso vai ter impacto de 0,04 ponto porcentual (sobre o IPCA)", disse.

A coordenadora explica que, devido ao período de coleta de preços para o cálculo da inflação, 75% da alta na gasolina serão absorvidos no IPCA de novembro, enquanto os 25% restantes terão impacto em dezembro.

A gasolina tem um peso de 3,73% no orçamento das famílias, segundo o IPCA de outubro.

Já o aumento de 5% anunciado sobre o diesel terá impacto mais difuso, indireto. "O diesel está nos ônibus, no frete. O frete costuma aumentar quando aumenta o preço do diesel, mas quando aumenta o pedágio também tende a aumentar. Agora tudo vai depender da possibilidade de se praticar esse reajuste daqui para frente da possibilidade de o consumidor absorver", ponderou.

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