Seja um investidor/empreendedor marxista
Karl Marx, que figura interessante… Um dos membros do power trio da Sociologia (junto com Max Weber e Emile Durkheim). Foi, sem dúvida, um grande estudioso e uma figura histórica muito relevante, que deu importantes contribuições para as ciências sociais, mas cujos ensinamentos têm uma utilidade prática limitada para investidores e empreendedores. Seus críticos raramente perdem a oportunidade de dar umas alfinetadas no velho Karl, dizendo que ele nunca trabalhou […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 13h18.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h02.
Karl Marx, que figura interessante… Um dos membros do power trio da Sociologia (junto com Max Weber e Emile Durkheim). Foi, sem dúvida, um grande estudioso e uma figura histórica muito relevante, que deu importantes contribuições para as ciências sociais, mas cujos ensinamentos têm uma utilidade prática limitada para investidores e empreendedores. Seus críticos raramente perdem a oportunidade de dar umas alfinetadas no velho Karl, dizendo que ele nunca trabalhou na vida, que vivia de doações de amigos e simpatizantes e que, em algum momento, sua mãe falou: “Filho, você deveria parar de escrever sobre dinheiro e tentar GANHAR algum dinheiro”…
É, definitivamente ele não é um bom exemplo para investidores e empreendedores, por isso vamos falar de outra figura ilustre com o sobrenome Marx, que talvez possa ter mais a contribuir com aqueles que estão querendo ganhar dinheiro: Groucho Marx.
Sim, o “outro” Marx, aquele cara que usava um bigode falso pintado no rosto e que junto com os irmãos fez grandes comédias como “Uma noite em Casablanca”, “O diabo a quatro” e “Uma noite na ópera”.
Groucho, certa vez, disse uma frase que se tornou um clássico: “EU NÃO ENTRO PARA CLUBES QUE ME ACEITAM COMO SÓCIO”.
A sabedoria contida nessa frase é tão grande que todos os aspirantes a investidor e empreendedor deveriam lê-la todo dia.
Sempre que alguém nos oferece uma oportunidade boa demais, devemos ser “marxistas” e lembrar não de Karl, mas sim do venerável Groucho (que foi desta para melhor em 1977) e perguntar a nós mesmos: “Se é tão bom assim, por que esse cara está me oferecendo isto?” (se o “clube” me aceita como sócio, é porque algo deve estar errado…).
No mercado financeiro isso é muito comum. Frequentemente, somos abordados por “profissionais” de investimentos que nos oferecem oportunidades “imperdíveis”, sendo que eles mesmos não colocam sequer um único centavo naquilo que estão oferecendo (afinal, chova ou faça sol, no final do mês o salário e as comissões deles estão garantidos… para que correr riscos?). Se é algo tão bom, por que eles precisam do SEU dinheiro?
O mesmo acontece no mercado imobiliário. Muitas vezes, somos abordados por corretores ou prepostos que “garantem” que o mercado vai continuar subindo, que os imóveis vão se valorizar infinitamente e que aquele apartamentozinho na periferia de alguma grande cidade brasileira logo vai estar valendo mais que o Taj Mahal. Dá vontade de perguntar algo como “se é tão bom assim, por que você não pega emprestado todo dinheiro que puder e compra tudo?”. Qualquer banco ficaria feliz da vida em emprestar rios de dinheiro se o retorno fosse tão garantido assim…
No mundo do empreendedorismo, a coisa é ainda mais escandalosa. Ultimamente, por uma razão que ainda não compreendi muito bem, tenho sido muito solicitado para falar sobre franquias. O modelo de franquia, quando bem feito e bem estruturado, é ótimo e ideal para o empreendedor, especialmente aquele menos experiente. Mas algumas franquias são verdadeiras arapucas onde o franqueado vai simplesmente pagar para trabalhar. Aí cabe a pergunta: “Se o negócio é tão bom assim, por que eles precisam de mim?” Se você conseguir uma resposta satisfatória para esta pergunta, vá em frente e invista. Do contrário, corra. Corra muito…
Temos que ser particularmente “marxistas” com aquelas fantásticas “oportunidades de negócios” que são, na verdade, esquemas fraudulentos disfarçados de empresas legítimas (como as famosas pirâmides ou esquemas Ponzi ). Essas oportunidades picaretas oferecem retornos absurdos, muito acima do que as instituições financeiras cobram por qualquer empréstimo. Se aquilo fosse possível, seria muito mais interessante tomar dinheiro no banco e ganhar sozinho, sem ter que correr atrás de “investidores” incautos, tentando persuadi-los a colocar mais dinheiro no esquema. De novo: Se o negócio é assim tão fantástico, por que ele está sendo oferecido para VOCÊ? Você é alguém assim tão especial e merecedor de uma vantagem tão espetacular? Afinal, por que esse “clube” te quer como sócio?
Agora a lição está aprendida. De hoje em diante, bata no peito com orgulho e diga “eu sou um marxista!”. Você terá algum trabalho para explicar para as pessoas que não é “marxista do jeito que elas estão pensando”, mas tudo bem, vai valer a pena. Se for preciso, pinte um bigode falso no rosto, isso poderá ajudar…
E sempre que um clube te aceitar como sócio, fique de olho aberto, pois pode ser uma armadilha…
Karl Marx, que figura interessante… Um dos membros do power trio da Sociologia (junto com Max Weber e Emile Durkheim). Foi, sem dúvida, um grande estudioso e uma figura histórica muito relevante, que deu importantes contribuições para as ciências sociais, mas cujos ensinamentos têm uma utilidade prática limitada para investidores e empreendedores. Seus críticos raramente perdem a oportunidade de dar umas alfinetadas no velho Karl, dizendo que ele nunca trabalhou na vida, que vivia de doações de amigos e simpatizantes e que, em algum momento, sua mãe falou: “Filho, você deveria parar de escrever sobre dinheiro e tentar GANHAR algum dinheiro”…
É, definitivamente ele não é um bom exemplo para investidores e empreendedores, por isso vamos falar de outra figura ilustre com o sobrenome Marx, que talvez possa ter mais a contribuir com aqueles que estão querendo ganhar dinheiro: Groucho Marx.
Sim, o “outro” Marx, aquele cara que usava um bigode falso pintado no rosto e que junto com os irmãos fez grandes comédias como “Uma noite em Casablanca”, “O diabo a quatro” e “Uma noite na ópera”.
Groucho, certa vez, disse uma frase que se tornou um clássico: “EU NÃO ENTRO PARA CLUBES QUE ME ACEITAM COMO SÓCIO”.
A sabedoria contida nessa frase é tão grande que todos os aspirantes a investidor e empreendedor deveriam lê-la todo dia.
Sempre que alguém nos oferece uma oportunidade boa demais, devemos ser “marxistas” e lembrar não de Karl, mas sim do venerável Groucho (que foi desta para melhor em 1977) e perguntar a nós mesmos: “Se é tão bom assim, por que esse cara está me oferecendo isto?” (se o “clube” me aceita como sócio, é porque algo deve estar errado…).
No mercado financeiro isso é muito comum. Frequentemente, somos abordados por “profissionais” de investimentos que nos oferecem oportunidades “imperdíveis”, sendo que eles mesmos não colocam sequer um único centavo naquilo que estão oferecendo (afinal, chova ou faça sol, no final do mês o salário e as comissões deles estão garantidos… para que correr riscos?). Se é algo tão bom, por que eles precisam do SEU dinheiro?
O mesmo acontece no mercado imobiliário. Muitas vezes, somos abordados por corretores ou prepostos que “garantem” que o mercado vai continuar subindo, que os imóveis vão se valorizar infinitamente e que aquele apartamentozinho na periferia de alguma grande cidade brasileira logo vai estar valendo mais que o Taj Mahal. Dá vontade de perguntar algo como “se é tão bom assim, por que você não pega emprestado todo dinheiro que puder e compra tudo?”. Qualquer banco ficaria feliz da vida em emprestar rios de dinheiro se o retorno fosse tão garantido assim…
No mundo do empreendedorismo, a coisa é ainda mais escandalosa. Ultimamente, por uma razão que ainda não compreendi muito bem, tenho sido muito solicitado para falar sobre franquias. O modelo de franquia, quando bem feito e bem estruturado, é ótimo e ideal para o empreendedor, especialmente aquele menos experiente. Mas algumas franquias são verdadeiras arapucas onde o franqueado vai simplesmente pagar para trabalhar. Aí cabe a pergunta: “Se o negócio é tão bom assim, por que eles precisam de mim?” Se você conseguir uma resposta satisfatória para esta pergunta, vá em frente e invista. Do contrário, corra. Corra muito…
Temos que ser particularmente “marxistas” com aquelas fantásticas “oportunidades de negócios” que são, na verdade, esquemas fraudulentos disfarçados de empresas legítimas (como as famosas pirâmides ou esquemas Ponzi ). Essas oportunidades picaretas oferecem retornos absurdos, muito acima do que as instituições financeiras cobram por qualquer empréstimo. Se aquilo fosse possível, seria muito mais interessante tomar dinheiro no banco e ganhar sozinho, sem ter que correr atrás de “investidores” incautos, tentando persuadi-los a colocar mais dinheiro no esquema. De novo: Se o negócio é assim tão fantástico, por que ele está sendo oferecido para VOCÊ? Você é alguém assim tão especial e merecedor de uma vantagem tão espetacular? Afinal, por que esse “clube” te quer como sócio?
Agora a lição está aprendida. De hoje em diante, bata no peito com orgulho e diga “eu sou um marxista!”. Você terá algum trabalho para explicar para as pessoas que não é “marxista do jeito que elas estão pensando”, mas tudo bem, vai valer a pena. Se for preciso, pinte um bigode falso no rosto, isso poderá ajudar…
E sempre que um clube te aceitar como sócio, fique de olho aberto, pois pode ser uma armadilha…