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Planejadores financeiros e suas certificações

De um período relativamente recente para cá, uma profissão que vem se tornando bem popular é a de planejador financeiro ou “consultor financeiro pessoal”, como alguns gostam de dizer. Existem vários nomes que são utilizados para designar atividades que são, essencialmente, a mesma coisa. Tem “planejador financeiro”, “orientador financeiro”, “assessor financeiro”, “consultor financeiro” (com suas inúmeras variações), “coach financeiro”, entre outras. Inclusive, cabe salientar que os dois últimos nomes são […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 10h43.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h32.

De um período relativamente recente para cá, uma profissão que vem se tornando bem popular é a de planejador financeiro ou “consultor financeiro pessoal”, como alguns gostam de dizer.

Existem vários nomes que são utilizados para designar atividades que são, essencialmente, a mesma coisa. Tem “planejador financeiro”, “orientador financeiro”, “assessor financeiro”, “consultor financeiro” (com suas inúmeras variações), “ coach financeiro”, entre outras. Inclusive, cabe salientar que os dois últimos nomes são usados com uma certa liberdade, pois “consultoria financeira” é uma atividade reservada a algumas profissões e “ coaching ” é uma atividade de caráter mais educacional, voltada ao desenvolvimento de competências (alguns consultores acabam usando o nome “ coach ” por desconhecimento, por puro modismo ou por questões fiscais).

O escopo de trabalho de um planejador financeiro (a partir deste momento, vou usar apenas esta denominação para me referir a todos os profissionais que estão envolvidos nessa atividade) é bastante amplo. Ele ajuda o cliente a organizar suas finanças, pode ajudar a identificar oportunidades de aumento de ganhos e diminuição de despesas, pode se envolver em questões mais complexas como planejamento sucessório e gerenciamento de riscos, pode orientar o cliente na criação e implementação de uma estratégia de investimentos e, em alguns casos, pode até mesmo dar orientações específicas de investimento, recomendando a compra ou a venda de ativos financeiros (se o profissional estiver legalmente habilitado para isso).

A atividade de planejador financeiro não é regulamentada. Em princípio, qualquer um pode ser um planejador financeiro, contanto que o escopo da atuação profissional limite-se estritamente à atividade de planejamento. Para fazer recomendações de investimentos específicos ou mesmo gerenciar diretamente a carteira de investimentos de um cliente, o profissional precisa de certificações emitidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de Consultor de Valores Mobiliários e de Administrador de Carteiras, respectivamente. Do contrário, estará exercendo a profissão ilegalmente e a “encrenca” costuma ser grande.

Existem certificações para os planejadores financeiros. Não são certificações de natureza legal (como aquelas da CVM), que restringem a atividade do profissional, mas são certificações que mostram que o profissional passou por um processo de qualificação onde, ao menos em teoria, seus conhecimentos técnicos e seus padrões de ética e integridade profissional foram “testados”.

No Brasil, temos a certificação CFP ( Certified Financial Planner – Planejador Financeiro Certificado, em tradução livre), emitida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). É uma certificação ainda recente, mas que vem ganhando mais reconhecimento com o tempo. O nome em Inglês se deve ao fato de que o CFP foi criado nos Estados Unidos (a certificação é emitida pelo Certified Financial Planner Board of Standards ). O IBCPC adaptou (sob licença) a certificação CFP para a realidade brasileira, mas manteve o nome em inglês para preservar o prestigio da marca (em vários outros países onde existe a certificação CFP, ela também é mantida em sua forma original).

Nos Estados Unidos, onde a profissão já existe há mais tempo e está mais “madura”, existem outras certificações além do CFP. O CFP é a mais conhecida e mais popular, mas existem outras, como:

CFA (Chartered Financial Analyst)

É uma certificação bastante conhecida e prestigiosa, emitida pelo CFA Institute. Não é propriamente uma certificação de planejador financeiro (ela é mais voltada para analistas e gestores de investimentos de grandes instituições), mas como a vida não anda “muito fácil” para profissionais de finanças nos EUA, muita gente com certificação CFA tem optado por abandonar a carreira em grandes bancos e fundos de investimento para se aventurar no segmento de planejamento financeiro pessoal, “invadindo a praia” dos CFPs.

A certificação CFA é considerada a certificação financeira de obtenção mais difícil. O processo de preparação e qualificação, com suas temidas “três fases”, pode durar quase o mesmo tempo que um curso superior. É uma certificação valorizada mundialmente, inclusive aqui no Brasil, o que motiva muitos brasileiros a buscá-la.

PFS (Personal Finance Specialist)

É uma certificação emitida pelo American Institute of Certified Public Accountants (AICPA), que é talvez o equivalente americano ao nosso “Conselho Federal de Contabilidade”. É uma certificação emitida apenas para contadores.

Com a certificação FPS, um contador está, em tese, capacitado para atender clientes “pessoa física” também em suas necessidades de planejamento financeiro.

ChFC (Chartered Financial Consultant)

É uma certificação emitida pelo American College of Financial Services. Assim como o CFP (e diferentemente do PFS), esta certificação não exige graduação em uma área específica. No mercado americano, ela é reconhecida como uma certificação que tem uma certa ênfase para o mercado de seguros, mas sem descuidar dos demais tópicos puramente financeiros.

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De um período relativamente recente para cá, uma profissão que vem se tornando bem popular é a de planejador financeiro ou “consultor financeiro pessoal”, como alguns gostam de dizer.

Existem vários nomes que são utilizados para designar atividades que são, essencialmente, a mesma coisa. Tem “planejador financeiro”, “orientador financeiro”, “assessor financeiro”, “consultor financeiro” (com suas inúmeras variações), “ coach financeiro”, entre outras. Inclusive, cabe salientar que os dois últimos nomes são usados com uma certa liberdade, pois “consultoria financeira” é uma atividade reservada a algumas profissões e “ coaching ” é uma atividade de caráter mais educacional, voltada ao desenvolvimento de competências (alguns consultores acabam usando o nome “ coach ” por desconhecimento, por puro modismo ou por questões fiscais).

O escopo de trabalho de um planejador financeiro (a partir deste momento, vou usar apenas esta denominação para me referir a todos os profissionais que estão envolvidos nessa atividade) é bastante amplo. Ele ajuda o cliente a organizar suas finanças, pode ajudar a identificar oportunidades de aumento de ganhos e diminuição de despesas, pode se envolver em questões mais complexas como planejamento sucessório e gerenciamento de riscos, pode orientar o cliente na criação e implementação de uma estratégia de investimentos e, em alguns casos, pode até mesmo dar orientações específicas de investimento, recomendando a compra ou a venda de ativos financeiros (se o profissional estiver legalmente habilitado para isso).

A atividade de planejador financeiro não é regulamentada. Em princípio, qualquer um pode ser um planejador financeiro, contanto que o escopo da atuação profissional limite-se estritamente à atividade de planejamento. Para fazer recomendações de investimentos específicos ou mesmo gerenciar diretamente a carteira de investimentos de um cliente, o profissional precisa de certificações emitidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de Consultor de Valores Mobiliários e de Administrador de Carteiras, respectivamente. Do contrário, estará exercendo a profissão ilegalmente e a “encrenca” costuma ser grande.

Existem certificações para os planejadores financeiros. Não são certificações de natureza legal (como aquelas da CVM), que restringem a atividade do profissional, mas são certificações que mostram que o profissional passou por um processo de qualificação onde, ao menos em teoria, seus conhecimentos técnicos e seus padrões de ética e integridade profissional foram “testados”.

No Brasil, temos a certificação CFP ( Certified Financial Planner – Planejador Financeiro Certificado, em tradução livre), emitida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). É uma certificação ainda recente, mas que vem ganhando mais reconhecimento com o tempo. O nome em Inglês se deve ao fato de que o CFP foi criado nos Estados Unidos (a certificação é emitida pelo Certified Financial Planner Board of Standards ). O IBCPC adaptou (sob licença) a certificação CFP para a realidade brasileira, mas manteve o nome em inglês para preservar o prestigio da marca (em vários outros países onde existe a certificação CFP, ela também é mantida em sua forma original).

Nos Estados Unidos, onde a profissão já existe há mais tempo e está mais “madura”, existem outras certificações além do CFP. O CFP é a mais conhecida e mais popular, mas existem outras, como:

CFA (Chartered Financial Analyst)

É uma certificação bastante conhecida e prestigiosa, emitida pelo CFA Institute. Não é propriamente uma certificação de planejador financeiro (ela é mais voltada para analistas e gestores de investimentos de grandes instituições), mas como a vida não anda “muito fácil” para profissionais de finanças nos EUA, muita gente com certificação CFA tem optado por abandonar a carreira em grandes bancos e fundos de investimento para se aventurar no segmento de planejamento financeiro pessoal, “invadindo a praia” dos CFPs.

A certificação CFA é considerada a certificação financeira de obtenção mais difícil. O processo de preparação e qualificação, com suas temidas “três fases”, pode durar quase o mesmo tempo que um curso superior. É uma certificação valorizada mundialmente, inclusive aqui no Brasil, o que motiva muitos brasileiros a buscá-la.

PFS (Personal Finance Specialist)

É uma certificação emitida pelo American Institute of Certified Public Accountants (AICPA), que é talvez o equivalente americano ao nosso “Conselho Federal de Contabilidade”. É uma certificação emitida apenas para contadores.

Com a certificação FPS, um contador está, em tese, capacitado para atender clientes “pessoa física” também em suas necessidades de planejamento financeiro.

ChFC (Chartered Financial Consultant)

É uma certificação emitida pelo American College of Financial Services. Assim como o CFP (e diferentemente do PFS), esta certificação não exige graduação em uma área específica. No mercado americano, ela é reconhecida como uma certificação que tem uma certa ênfase para o mercado de seguros, mas sem descuidar dos demais tópicos puramente financeiros.

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