Exame Logo

Investindo com pouco dinheiro

Ter pouco dinheiro não é desculpa para não investir!

A

Andre

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 10h38.

Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 15h46.

Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .

Existem algumas “barreiras” que impedem as pessoas de se tornarem investidoras. Uma delas (e a mais óbvia) é, pura e simplesmente, a falta de dinheiro. Vivemos num país em que, ao longo dos últimos anos, consistentemente, vêm se apresentando taxas de endividamento das famílias ao redor de 60%. Ou seja, a “regra”, aqui no Brasil, é dever dinheiro... Não ter dívidas, por aqui, já dá à pessoa um status de “elite”.

Outra barreira é a percepção de que é preciso “muito dinheiro” para investir. Essa percepção, inclusive, acaba empurrando muitos investidores para aqueles investimentos que, definitivamente, não combinam com investidores mais “sofisticados”, como a Caderneta de Poupança.

Nós podemos classificar os investimentos de inúmeras maneiras, como “renda fixa ou renda variável”, “conservadores ou agressivos”... Uma das maneiras que podemos classificar é entre investimentos que “privilegiam o volume” e aqueles que “não privilegiam o volume”.

Investimentos que privilegiam o volume (financeiro) são aqueles que oferecem um retorno maior, à medida que se coloca mais dinheiro. É o caso, por exemplo, dos fundos de investimentos que, quanto maior a “qualidade” do fundo, maior o valor inicial exigido. Outro exemplo são os CDBs e demais depósitos bancários (especialmente nos grandes bancos), que oferecem taxas maiores para aplicações de maior volume.

Ações e outros instrumentos de renda variável, de forma geral, não privilegiam volume (você ganha o mesmo dividendo e tem a mesma valorização, em termos percentuais, tendo uma ou mil ações), porém, as transações envolvem custos, como os de corretagem, que precisam de algum volume para serem diluídos (o que é particularmente verdadeiro no caso das corretagens fixas).

Nesses casos, o investidor fica realmente muito limitado de opções, se tiver pouco dinheiro.

É aí que entram em cena aqueles investimentos que NÃO privilegiam o volume. Desses, talvez a “estrela absoluta” seja o onipresente Tesouro Direto. Os títulos lá negociados oferecem as mesmas taxas, não importando se você colocar trinta reais (valor mínimo) ou um milhão de reais (valor máximo em um único mês). Você não consegue “taxa melhor” por colocar mais dinheiro.

Outra opção são os títulos de bancos menores (geralmente distribuídos por corretoras de valores), que oferecem boas taxas a valores “relativamente baixos” (frequentemente na faixa de alguns milhares de reais). Colocar “alguns milhares de reais” num CDB com taxas competitivas pode não ser muito viável para alguém com pouco dinheiro, mas não custa lembrar que, num grande banco, um CDB com taxas similares pode sair na casa das CENTENAS de milhares de reais.

Enfim, considerando-se a existência de opções interessantes entre aqueles investimentos que “não privilegiam volume”, o argumento de que se tem “pouco dinheiro para investir” é, na maioria das vezes, falso. A não ser que a pessoa, de fato, não tenha NENHUM dinheiro para investir...

Quer receber atualizações deste blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.

Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .

Existem algumas “barreiras” que impedem as pessoas de se tornarem investidoras. Uma delas (e a mais óbvia) é, pura e simplesmente, a falta de dinheiro. Vivemos num país em que, ao longo dos últimos anos, consistentemente, vêm se apresentando taxas de endividamento das famílias ao redor de 60%. Ou seja, a “regra”, aqui no Brasil, é dever dinheiro... Não ter dívidas, por aqui, já dá à pessoa um status de “elite”.

Outra barreira é a percepção de que é preciso “muito dinheiro” para investir. Essa percepção, inclusive, acaba empurrando muitos investidores para aqueles investimentos que, definitivamente, não combinam com investidores mais “sofisticados”, como a Caderneta de Poupança.

Nós podemos classificar os investimentos de inúmeras maneiras, como “renda fixa ou renda variável”, “conservadores ou agressivos”... Uma das maneiras que podemos classificar é entre investimentos que “privilegiam o volume” e aqueles que “não privilegiam o volume”.

Investimentos que privilegiam o volume (financeiro) são aqueles que oferecem um retorno maior, à medida que se coloca mais dinheiro. É o caso, por exemplo, dos fundos de investimentos que, quanto maior a “qualidade” do fundo, maior o valor inicial exigido. Outro exemplo são os CDBs e demais depósitos bancários (especialmente nos grandes bancos), que oferecem taxas maiores para aplicações de maior volume.

Ações e outros instrumentos de renda variável, de forma geral, não privilegiam volume (você ganha o mesmo dividendo e tem a mesma valorização, em termos percentuais, tendo uma ou mil ações), porém, as transações envolvem custos, como os de corretagem, que precisam de algum volume para serem diluídos (o que é particularmente verdadeiro no caso das corretagens fixas).

Nesses casos, o investidor fica realmente muito limitado de opções, se tiver pouco dinheiro.

É aí que entram em cena aqueles investimentos que NÃO privilegiam o volume. Desses, talvez a “estrela absoluta” seja o onipresente Tesouro Direto. Os títulos lá negociados oferecem as mesmas taxas, não importando se você colocar trinta reais (valor mínimo) ou um milhão de reais (valor máximo em um único mês). Você não consegue “taxa melhor” por colocar mais dinheiro.

Outra opção são os títulos de bancos menores (geralmente distribuídos por corretoras de valores), que oferecem boas taxas a valores “relativamente baixos” (frequentemente na faixa de alguns milhares de reais). Colocar “alguns milhares de reais” num CDB com taxas competitivas pode não ser muito viável para alguém com pouco dinheiro, mas não custa lembrar que, num grande banco, um CDB com taxas similares pode sair na casa das CENTENAS de milhares de reais.

Enfim, considerando-se a existência de opções interessantes entre aqueles investimentos que “não privilegiam volume”, o argumento de que se tem “pouco dinheiro para investir” é, na maioria das vezes, falso. A não ser que a pessoa, de fato, não tenha NENHUM dinheiro para investir...

Quer receber atualizações deste blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se