Investimentos em 2016 – O que NÃO fazer
Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui. Enfim, depois de um 2015 de muitos sustos e solavancos, chegamos a 2016. Tudo indica que teremos um ano muito duro pela frente (ao menos no que diz respeito à economia e à política) e precisaremos ficar (ainda) mais defensivos com o nosso dinheiro. Salvo alguma mudança drástica na esfera política, minha expectativa pessoal […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 11h31.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h48.
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Enfim, depois de um 2015 de muitos sustos e solavancos, chegamos a 2016. Tudo indica que teremos um ano muito duro pela frente (ao menos no que diz respeito à economia e à política) e precisaremos ficar (ainda) mais defensivos com o nosso dinheiro.
Salvo alguma mudança drástica na esfera política, minha expectativa pessoal é que o cenário geral do mercado financeiro deva manter suas tendências atuais: juros subindo, inflação estável ou com ligeiro aumento, desemprego subindo (possivelmente de forma mais acentuada) e o real ainda frágil diante do dólar.
Com isso, uma estratégia de investimentos vencedora em 2016 não deverá ser muito diferente daquela que já se provou vencedora em 2015. Aliás, pode até mesmo ser que uma estratégia vencedora em 2015 se saia ainda melhor em 2016 (caso os juros subam mais).
Então, para aqueles que ainda não pensaram em sua estratégia de investimentos para o ano novo, aqui vão algumas dicas sobre o que NÃO fazer em 2016.
1- Investir sem ter uma definição de plano, estratégia e objetivo
Aqui uma dica meio “batida”, mas sempre atual. Muitas pessoas erram feio nos investimentos por não terem uma definição do que esperam e de qual risco conseguem suportar.
A primeira coisa que precisamos é de um objetivo, como a compra de algum bem, aposentadoria, formação de reserva de emergência, entre outros. Alguns objetivos estão associados a um determinado momento no tempo (precisaremos do dinheiro em uma certa data), enquanto outros são de tempo indeterminado.
Sabendo qual é o nosso objetivo, partimos para a estratégia (que vai ser bem diferente para objetivos com prazo determinado ou indeterminado) e aí sim fazemos um plano, definindo aqueles investimentos mais adequados ao nosso perfil.
2- Investir em renda variável e prefixados
Me desculpe, mas… ainda não é a hora. No momento em que eu escrevo este artigo, a taxa Selic é de 14,25% ao ano. Estamos falando de uma das maiores taxas de juros do mundo, tanto em termos nominais quanto reais.
A renda variável (ações e imóveis) pode ter o seu glamour, mas o risco se torna injustificável quando comparamos com as oportunidades que temos, aqui no Brasil, de investir indexados à Selic ou ao DI. Investidores nos EUA, na Europa e na Ásia dariam um braço (ou alguma parte ainda mais valiosa do corpo) para terem as taxas que temos por aqui.
3- Investir em Caderneta de Poupança
Sem maiores comentários. Investir em Caderneta de Poupança é algo inaceitável para quem tiver um mínimo de conhecimento sobre o mercado e os instrumentos financeiros.
A Caderneta de Poupança é ruim e ficará ainda pior se juros e inflação aumentarem.
4- Negligenciar os custos dos investimentos
Uma coisa interessante é que, em 2012, quando a Selic chegou a 7,25%, os investidores passaram a dar bastante atenção aos custos dos investimentos, como as taxas de administração, custódia, corretagem etc. Como estavam ganhando muito dinheiro com os juros altos, eles não davam muita bola para os custos. O importante era que o “dinheiro estava entrando”.
Quando a Selic chegou a esses níveis baixos (para o nosso padrão, pois para o padrão mundial ainda era uma taxa muito alta), muitos investimentos passaram a perder da inflação e esses altos custos foram evidenciados. Investidores passaram a procurar opções de custos mais baixos, como Tesouro Direto, ETFs, entre outros.
Porém, depois que as taxas de juros voltaram a subir, percebo que muitos investidores estão voltando a ficar “confortáveis” e aceitando, novamente, altos custos em seus investimentos. Para estes, quero lembrar que os custos são um dos poucos fatores nos nossos investimentos sobre o qual temos algum controle. É fundamental não descuidar dos custos e não se acomodar em investimentos caros só porque estão “rendendo algo” (poderiam estar rendendo bem mais).
5- Entrar em investimentos que prometem muito…
Com o aumento do desemprego e da inflação, muitas pessoas começarão a procurar investimentos que prometem “renda extra” e enriquecimento rápido.
E, como sabemos, a demanda sempre acaba gerando a sua própria oferta… Os picaretas e bandidos de plantão já estão salivando, pensando naquelas pessoas que vão perder o emprego e receberão um volume de dinheiro considerável de rescisão trabalhista. Sabem que terão uma oportunidade de ouro para oferecer golpes e investimentos “furados”, com o único objetivo de saquear as economias dos incautos.
Mais do que nunca, é preciso ficar de olho e atento às armadilhas.
São dicas simples, funcionais e de fácil aplicação. 2016 promete ser um ano difícil, mas poderá ser um ano brilhante para investidores que atuem com estratégia, consistência e disciplina.
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Salvo alguma mudança drástica na esfera política, minha expectativa pessoal é que o cenário geral do mercado financeiro deva manter suas tendências atuais: juros subindo, inflação estável ou com ligeiro aumento, desemprego subindo (possivelmente de forma mais acentuada) e o real ainda frágil diante do dólar.
Com isso, uma estratégia de investimentos vencedora em 2016 não deverá ser muito diferente daquela que já se provou vencedora em 2015. Aliás, pode até mesmo ser que uma estratégia vencedora em 2015 se saia ainda melhor em 2016 (caso os juros subam mais).
Então, para aqueles que ainda não pensaram em sua estratégia de investimentos para o ano novo, aqui vão algumas dicas sobre o que NÃO fazer em 2016.
1- Investir sem ter uma definição de plano, estratégia e objetivo
Aqui uma dica meio “batida”, mas sempre atual. Muitas pessoas erram feio nos investimentos por não terem uma definição do que esperam e de qual risco conseguem suportar.
A primeira coisa que precisamos é de um objetivo, como a compra de algum bem, aposentadoria, formação de reserva de emergência, entre outros. Alguns objetivos estão associados a um determinado momento no tempo (precisaremos do dinheiro em uma certa data), enquanto outros são de tempo indeterminado.
Sabendo qual é o nosso objetivo, partimos para a estratégia (que vai ser bem diferente para objetivos com prazo determinado ou indeterminado) e aí sim fazemos um plano, definindo aqueles investimentos mais adequados ao nosso perfil.
2- Investir em renda variável e prefixados
Me desculpe, mas… ainda não é a hora. No momento em que eu escrevo este artigo, a taxa Selic é de 14,25% ao ano. Estamos falando de uma das maiores taxas de juros do mundo, tanto em termos nominais quanto reais.
A renda variável (ações e imóveis) pode ter o seu glamour, mas o risco se torna injustificável quando comparamos com as oportunidades que temos, aqui no Brasil, de investir indexados à Selic ou ao DI. Investidores nos EUA, na Europa e na Ásia dariam um braço (ou alguma parte ainda mais valiosa do corpo) para terem as taxas que temos por aqui.
3- Investir em Caderneta de Poupança
Sem maiores comentários. Investir em Caderneta de Poupança é algo inaceitável para quem tiver um mínimo de conhecimento sobre o mercado e os instrumentos financeiros.
A Caderneta de Poupança é ruim e ficará ainda pior se juros e inflação aumentarem.
4- Negligenciar os custos dos investimentos
Uma coisa interessante é que, em 2012, quando a Selic chegou a 7,25%, os investidores passaram a dar bastante atenção aos custos dos investimentos, como as taxas de administração, custódia, corretagem etc. Como estavam ganhando muito dinheiro com os juros altos, eles não davam muita bola para os custos. O importante era que o “dinheiro estava entrando”.
Quando a Selic chegou a esses níveis baixos (para o nosso padrão, pois para o padrão mundial ainda era uma taxa muito alta), muitos investimentos passaram a perder da inflação e esses altos custos foram evidenciados. Investidores passaram a procurar opções de custos mais baixos, como Tesouro Direto, ETFs, entre outros.
Porém, depois que as taxas de juros voltaram a subir, percebo que muitos investidores estão voltando a ficar “confortáveis” e aceitando, novamente, altos custos em seus investimentos. Para estes, quero lembrar que os custos são um dos poucos fatores nos nossos investimentos sobre o qual temos algum controle. É fundamental não descuidar dos custos e não se acomodar em investimentos caros só porque estão “rendendo algo” (poderiam estar rendendo bem mais).
5- Entrar em investimentos que prometem muito…
Com o aumento do desemprego e da inflação, muitas pessoas começarão a procurar investimentos que prometem “renda extra” e enriquecimento rápido.
E, como sabemos, a demanda sempre acaba gerando a sua própria oferta… Os picaretas e bandidos de plantão já estão salivando, pensando naquelas pessoas que vão perder o emprego e receberão um volume de dinheiro considerável de rescisão trabalhista. Sabem que terão uma oportunidade de ouro para oferecer golpes e investimentos “furados”, com o único objetivo de saquear as economias dos incautos.
Mais do que nunca, é preciso ficar de olho e atento às armadilhas.
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