Exame Logo

Financeiramente falido ou pessoalmente falido?

Às vezes o dinheiro não é um remédio. É, no máximo, um "analgésico"...

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2016 às 11h12.

Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 16h18.

Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .

Acho que não tem uma única palestra, aula ou workshop que faço no qual não argumento que, pelo menos, 90% dos “problemas financeiros” (tanto de pessoas físicas quanto de empresas) não são problemas “verdadeiramente financeiros”.

Aquilo que as pessoas chamam de “problemas financeiros” são, na verdade, em grande parte das vezes, consequências financeiras decorrentes de problemas que, originalmente, nada têm de financeiros. São o “sintoma”, e não a doença.

A melhor forma de definir um problema financeiro é dizendo que “é um problema que se resolve com dinheiro”. Se você coloca dinheiro no problema e ele não “some”, é porque não é um problema financeiro. Quando se coloca dinheiro num problema “não financeiro”, o máximo que a gente consegue é um alívio temporário, mas não a efetiva resolução do problema. É por isso que muitas pessoas endividadas ganham na loteria (ou recebem uma grande quantia de dinheiro de forma inesperada) e, rapidamente, estão numa situação pior do que quando começaram.

O ponto é que muitas pessoas que se definem como “financeiramente falidas” estão, na verdade, “pessoalmente falidas”. Sei que pode parecer um pouco dramático e exagerado dizer que alguém “faliu como pessoa”, mas, a não ser que um problema financeiro seja REALMENTE financeiro (ou seja, um problema que você põe dinheiro e ele desaparece EM DEFINITIVO, não fica apenas “mascarado” por algum tempo…), é grande a possibilidade de que esse “problema” tenha como origem crenças discutíveis, falhas lógicas/cognitivas ou um estilo de vida economicamente insustentável – e NADA disso se enquadra como “problema financeiro”.

No caso de empresas e organizações, se observa mais ou menos a mesma coisa. A maioria dos “problemas financeiros” alegados por empresário e executivos são, na verdade, a consequência de decisões ruins, gestão ruim, produtos ruins, marketing ruim… E colocar “dinheiro novo” numa empresa com esse tipo de problemas só vai dar a ela um pouco mais de tempo de vida (a empresa vai levar um pouco mais de tempo para quebrar – o desfecho inevitável). Enfim, poucos são os problemas verdadeiramente financeiros.

A boa notícia é que é possível solucionar essa “falência pessoal” (apesar do nome meio assustador…). Tudo é uma questão de saber qual é, exatamente, o problema que estamos querendo resolver. Se o seu “problema financeiro”, por exemplo, é a consequência de um estilo de vida em que se gasta mais do que ganha, de forma sistemática, então temos um problema de… Estilo de vida! ISSO é o que precisa ser resolvido.

Naturalmente, a “parte financeira” do problema também precisa ser atacada, mas de nada adianta sair renegociando dívidas, assumindo novos compromissos e “estressando” a boa vontade dos credores, se não houver a intenção de resolver o problema que, de fato, gerou aquela situação.

Quer receber atualizações deste blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.

Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .

Acho que não tem uma única palestra, aula ou workshop que faço no qual não argumento que, pelo menos, 90% dos “problemas financeiros” (tanto de pessoas físicas quanto de empresas) não são problemas “verdadeiramente financeiros”.

Aquilo que as pessoas chamam de “problemas financeiros” são, na verdade, em grande parte das vezes, consequências financeiras decorrentes de problemas que, originalmente, nada têm de financeiros. São o “sintoma”, e não a doença.

A melhor forma de definir um problema financeiro é dizendo que “é um problema que se resolve com dinheiro”. Se você coloca dinheiro no problema e ele não “some”, é porque não é um problema financeiro. Quando se coloca dinheiro num problema “não financeiro”, o máximo que a gente consegue é um alívio temporário, mas não a efetiva resolução do problema. É por isso que muitas pessoas endividadas ganham na loteria (ou recebem uma grande quantia de dinheiro de forma inesperada) e, rapidamente, estão numa situação pior do que quando começaram.

O ponto é que muitas pessoas que se definem como “financeiramente falidas” estão, na verdade, “pessoalmente falidas”. Sei que pode parecer um pouco dramático e exagerado dizer que alguém “faliu como pessoa”, mas, a não ser que um problema financeiro seja REALMENTE financeiro (ou seja, um problema que você põe dinheiro e ele desaparece EM DEFINITIVO, não fica apenas “mascarado” por algum tempo…), é grande a possibilidade de que esse “problema” tenha como origem crenças discutíveis, falhas lógicas/cognitivas ou um estilo de vida economicamente insustentável – e NADA disso se enquadra como “problema financeiro”.

No caso de empresas e organizações, se observa mais ou menos a mesma coisa. A maioria dos “problemas financeiros” alegados por empresário e executivos são, na verdade, a consequência de decisões ruins, gestão ruim, produtos ruins, marketing ruim… E colocar “dinheiro novo” numa empresa com esse tipo de problemas só vai dar a ela um pouco mais de tempo de vida (a empresa vai levar um pouco mais de tempo para quebrar – o desfecho inevitável). Enfim, poucos são os problemas verdadeiramente financeiros.

A boa notícia é que é possível solucionar essa “falência pessoal” (apesar do nome meio assustador…). Tudo é uma questão de saber qual é, exatamente, o problema que estamos querendo resolver. Se o seu “problema financeiro”, por exemplo, é a consequência de um estilo de vida em que se gasta mais do que ganha, de forma sistemática, então temos um problema de… Estilo de vida! ISSO é o que precisa ser resolvido.

Naturalmente, a “parte financeira” do problema também precisa ser atacada, mas de nada adianta sair renegociando dívidas, assumindo novos compromissos e “estressando” a boa vontade dos credores, se não houver a intenção de resolver o problema que, de fato, gerou aquela situação.

Quer receber atualizações deste blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se