Erros financeiros que os casais cometem
Neste último artigo da série sobre "erros financeiros", conheça os principais erros financeiros cometidos por casais (casados ou "a caminho do altar")
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2013 às 08h53.
Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 15h18.
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No último artigo, falei que ia encerrar a série de “erros financeiros”, mas pelo visto me precipitei. Não poderia fechar sem falar dos casais (que, em grande parte das situações financeiras, consideramos como um “indivíduo”). O assunto “dinheiro e casais” é um dos campeões de audiência no mundinho encantado das finanças pessoais, então não podemos deixar de fora!
Vamos aos erros, então:
1-Não falar sobre dinheiro ANTES do casamento
Existe uma coisa no mundo dos relacionamentos afetivos que a maioria das pessoas subestima: o fato de que não temos muito controle sobre como um relacionamento evolui. Às vezes, a gente acha que um relacionamento é apenas brincadeira, um passatempo. Mas sem que nos demos conta, ele vira uma coisa séria.
Nós gostamos de achar que somos as pessoas mais racionais do mundo e que temos a capacidade de separar aqueles relacionamentos que são “só farra” daqueles que são “pra casar”. Seguimos assim, confiantes, até o momento em que descobrimos que estamos casados com aquele maluco que conhecemos na festa da clínica de reabilitação, ou então com aquela moça suspeita que conhecemos em um local de entretenimento adulto…
Por isso, sempre que começamos um relacionamento com alguém, o assunto “grana” precisa ser abordado o mais rapidamente possível. Sei que falar de dinheiro não é uma coisa muito “sexy” quando a emoção dominante é o romantismo, mas se o assunto não for abordado logo, o relacionamento pode evoluir muito rápido sem que as bases materiais estejam claramente definidas.
Não conversar sobre dinheiro antes do casamento acaba fazendo com que pessoas de visões totalmente distintas se juntem em um relacionamento que, claramente, tem tudo para dar errado. Um quer criar raízes e ter filhos rapidamente, enquanto o outro quer conhecer o mundo e desenvolver uma carreira profissional. Um é relaxado e despreocupado com dinheiro, gastando tudo que tem (e o que não tem), enquanto o outro beira a sovinice. Muitos divórcios seriam evitados se as pessoas falassem sobre dinheiro antes de casar.
2-Não falar sobre dinheiro DEPOIS do casamento
O casamento é, antes de tudo, um negócio. Sei que falar dessa forma soa insensível e antirromântico, mas se não fosse um negócio, não haveria um contrato…
Ao evitar o assunto “dinheiro”, os casais acabam incentivando o descontrole, a negligência e a infidelidade financeira (já falaremos dela…).
Do ponto de vista financeiro (aliás, mais que isso, do ponto de vista econômico), faz todo sentido que o cônjuge que tem mais facilidade com assuntos financeiros assuma a gestão das finanças da família. Mas, lamentavelmente, a vida não é eficiente, e temos que ter margens de manobra, planos A, B, C…. Z e por aí vai. As coisas simplesmente não saem da forma como planejamos.
Por isso, é importante que ambos os cônjuges gerenciem as finanças, ainda que um deles considere isso insuportavelmente chato. Quando apenas um cônjuge está no comando das finanças, o outro se sente confortável, mas no momento em que algo não sai de seu agrado, a sensação de conforto vira uma sensação de traição.
Recomendação: Todo casal deve ter uma “reunião financeira” mensal, para analisar as contas, os gastos e fazer os planos de curto, médio e longo prazo. Nessa reunião, só se fala de finanças – o resto da roupa suja fica para outras reuniões.
3-Infidelidade financeira
Este é um problema “da moda”, à medida em que se descobre que outras formas de traição começam como “inocentes” traições financeiras.
A infidelidade financeira pode se manifestar de várias formas. O marido que está financeiramente arruinado e não conta para a família para “manter as aparências”; a mulher que compra compulsivamente e esconde os produtos e os comprovantes das transações; o marido que ganha bem e está ocultando patrimônio (talvez antecipando um possível divórcio); a mulher que guarda dinheiro escondido por não confiar no marido e por aí vai. As possibilidades são infinitas.
A infidelidade financeira tem sido apontada como responsável por um grande número de conflitos, separações e divórcios.
Saiba mais sobre infidelidade financeira neste artigo de minha autoria: Infidelidade financeira – O que é (e quais os sinais)
4-Não educar financeiramente os filhos
Hoje em dia, nove em dez pessoas defendem a importância da educação financeira, mas talvez nem uma em dez se preocupe em educar financeiramente os filhos e em dar bons exemplos de gestão financeira e de consumo dentro de casa.
Muito se fala em educação financeira nas escolas, mas a capacidade de uma criança vencer a influência familiar é muito limitada, ainda que a escola se esforce muito.
Negligenciar a educação financeira em casa é um incentivo para criar filhos mimados, fúteis e despreparados para lidar com os desafios cotidianos da vida, e pode acabar gerando conflitos entre o casal na hora de “buscar um culpado”.
Ok, agora eu prometo, de verdade, que vou parar de falar de erros financeiros. Quem sabe consigo falar um pouco sobre “acertos”!
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Vamos aos erros, então:
1-Não falar sobre dinheiro ANTES do casamento
Existe uma coisa no mundo dos relacionamentos afetivos que a maioria das pessoas subestima: o fato de que não temos muito controle sobre como um relacionamento evolui. Às vezes, a gente acha que um relacionamento é apenas brincadeira, um passatempo. Mas sem que nos demos conta, ele vira uma coisa séria.
Nós gostamos de achar que somos as pessoas mais racionais do mundo e que temos a capacidade de separar aqueles relacionamentos que são “só farra” daqueles que são “pra casar”. Seguimos assim, confiantes, até o momento em que descobrimos que estamos casados com aquele maluco que conhecemos na festa da clínica de reabilitação, ou então com aquela moça suspeita que conhecemos em um local de entretenimento adulto…
Por isso, sempre que começamos um relacionamento com alguém, o assunto “grana” precisa ser abordado o mais rapidamente possível. Sei que falar de dinheiro não é uma coisa muito “sexy” quando a emoção dominante é o romantismo, mas se o assunto não for abordado logo, o relacionamento pode evoluir muito rápido sem que as bases materiais estejam claramente definidas.
Não conversar sobre dinheiro antes do casamento acaba fazendo com que pessoas de visões totalmente distintas se juntem em um relacionamento que, claramente, tem tudo para dar errado. Um quer criar raízes e ter filhos rapidamente, enquanto o outro quer conhecer o mundo e desenvolver uma carreira profissional. Um é relaxado e despreocupado com dinheiro, gastando tudo que tem (e o que não tem), enquanto o outro beira a sovinice. Muitos divórcios seriam evitados se as pessoas falassem sobre dinheiro antes de casar.
2-Não falar sobre dinheiro DEPOIS do casamento
O casamento é, antes de tudo, um negócio. Sei que falar dessa forma soa insensível e antirromântico, mas se não fosse um negócio, não haveria um contrato…
Ao evitar o assunto “dinheiro”, os casais acabam incentivando o descontrole, a negligência e a infidelidade financeira (já falaremos dela…).
Do ponto de vista financeiro (aliás, mais que isso, do ponto de vista econômico), faz todo sentido que o cônjuge que tem mais facilidade com assuntos financeiros assuma a gestão das finanças da família. Mas, lamentavelmente, a vida não é eficiente, e temos que ter margens de manobra, planos A, B, C…. Z e por aí vai. As coisas simplesmente não saem da forma como planejamos.
Por isso, é importante que ambos os cônjuges gerenciem as finanças, ainda que um deles considere isso insuportavelmente chato. Quando apenas um cônjuge está no comando das finanças, o outro se sente confortável, mas no momento em que algo não sai de seu agrado, a sensação de conforto vira uma sensação de traição.
Recomendação: Todo casal deve ter uma “reunião financeira” mensal, para analisar as contas, os gastos e fazer os planos de curto, médio e longo prazo. Nessa reunião, só se fala de finanças – o resto da roupa suja fica para outras reuniões.
3-Infidelidade financeira
Este é um problema “da moda”, à medida em que se descobre que outras formas de traição começam como “inocentes” traições financeiras.
A infidelidade financeira pode se manifestar de várias formas. O marido que está financeiramente arruinado e não conta para a família para “manter as aparências”; a mulher que compra compulsivamente e esconde os produtos e os comprovantes das transações; o marido que ganha bem e está ocultando patrimônio (talvez antecipando um possível divórcio); a mulher que guarda dinheiro escondido por não confiar no marido e por aí vai. As possibilidades são infinitas.
A infidelidade financeira tem sido apontada como responsável por um grande número de conflitos, separações e divórcios.
Saiba mais sobre infidelidade financeira neste artigo de minha autoria: Infidelidade financeira – O que é (e quais os sinais)
4-Não educar financeiramente os filhos
Hoje em dia, nove em dez pessoas defendem a importância da educação financeira, mas talvez nem uma em dez se preocupe em educar financeiramente os filhos e em dar bons exemplos de gestão financeira e de consumo dentro de casa.
Muito se fala em educação financeira nas escolas, mas a capacidade de uma criança vencer a influência familiar é muito limitada, ainda que a escola se esforce muito.
Negligenciar a educação financeira em casa é um incentivo para criar filhos mimados, fúteis e despreparados para lidar com os desafios cotidianos da vida, e pode acabar gerando conflitos entre o casal na hora de “buscar um culpado”.
Ok, agora eu prometo, de verdade, que vou parar de falar de erros financeiros. Quem sabe consigo falar um pouco sobre “acertos”!
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