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Chega de luxo!

Uma campanha contra o "luxo" dos políticos pode nos levar a olharmos para nossos próprios umbigos

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 11h32.

Última atualização em 11 de maio de 2019 às 14h31.

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Acho que nunca comentei aqui com os leitores do blog, mas, no começo deste ano, eu virei Consultor de Economia e Finanças da Rádio Jovem Pan, uma das emissoras mais conhecidas e mais tradicionais de São Paulo. É algo que, obviamente, me enche de orgulho (é mais um forte parceiro de mídia, além do próprio Portal EXAME). Na Jovem Pan, faço um boletim com dicas de finanças e participo de alguns programas. Em especial, faço uma participação “mais ou menos regular” no programa “ Radioatividade ”, transmitido no final da tarde e apresentado pela fantástica dupla Madeleine Lacsko e Thiago Uberreich.

Pois bem, este é um post em apoio a eles, que estão promovendo uma campanha chamada “Chega de Luxo” (#chegadeluxo), denunciando gastos absurdos do governo com “mimos” e artigos luxuosos para os políticos brasileiros.

De uma forma geral, pagar, com o dinheiro do contribuinte, pela “festa” dos políticos já é algo revoltante. A coisa fica ainda pior numa época como a atual, em que o governo fala em cortes de gastos e aumento de impostos.  A campanha do Radioatividade denuncia coisas como a compra de iPhones, automóveis luxuosos, colchões e até afiadores de faca (?!?!). Dê uma conferida nas redes sociais.

A campanha da Madeleine e do Thiago é contra, principalmente, o mau uso do dinheiro público e o mau comportamento dos políticos. É uma iniciativa (muito) louvável e que eu, particularmente, apoio. Porém, a despeito do meu apoio, cabe ressaltar que o ativismo político não está no escopo do blog “Você e o Dinheiro” (é uma questão de linha editorial…). Ele é um blog que foca, primordialmente, no INDIVÍDUO, dando pouca atenção às questões coletivas (não é à toa que o nome é VOCÊ e o Dinheiro).

Por isso, quero propor uma campanha “Chega de Luxo” um pouco mais ampla, voltada também para as pessoas comuns, que trabalham, consomem e, frequentemente, se endividam.

Nestes últimos anos, vimos um surto de “irresponsabilidade fiscal” que afetou não só o governo, mas os indivíduos. Pessoas se endividando (e pagando, alegremente, as taxas de juros mais altas do mundo) para adquirir itens de necessidade questionável, como automóveis, gadgets eletrônicos e viagens de lazer. O “luxo” passou a fazer parte da vida de muitas pessoas que não têm condições de elevar, de forma minimamente sustentável, seu nível de consumo.

É hora de rever o padrão de gastos e voltar a consumir de uma forma mais consciente. Não é de hoje que venho pregando, aqui no blog, uma postura de consumo mais frugal. Então, é hora de trazer este assunto para a superfície novamente.

O brasileiro médio é, hoje em dia, um sujeito que tem dívidas e está bastante inseguro com a possibilidade de perder o emprego (bem, ao menos é o que as pesquisas dizem…). Talvez não seja a sua situação; afinal, o perfil socioeconômico do leitor “típico” deste blog é acima da média.

Se for o seu caso e você estiver enfrentando desafios financeiros, faça um grande favor a si mesmo e “chega de luxo”! Se NÃO for o seu caso, bem… chega de luxo mesmo assim!

Independentemente de qual for a sua situação atual, acho que está na hora de dar uma “lição” em gente que se habituou a cobrar preços absurdos por coisas de importância duvidosa, apostando na passividade (notória) do consumidor brasileiro. Chega de pagar preço de hotel cinco estrelas europeu para ficar numa espelunca no nordeste brasileiro. Chega de pagar três vezes mais caro que nos EUA por aquele SUV asiático que, em qualquer lugar do mundo (exceto no Brasil), não dá status algum. Chega de “comidinhas gourmet”. Chega…

#chegadeluxo

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De uma forma geral, pagar, com o dinheiro do contribuinte, pela “festa” dos políticos já é algo revoltante. A coisa fica ainda pior numa época como a atual, em que o governo fala em cortes de gastos e aumento de impostos.  A campanha do Radioatividade denuncia coisas como a compra de iPhones, automóveis luxuosos, colchões e até afiadores de faca (?!?!). Dê uma conferida nas redes sociais.

A campanha da Madeleine e do Thiago é contra, principalmente, o mau uso do dinheiro público e o mau comportamento dos políticos. É uma iniciativa (muito) louvável e que eu, particularmente, apoio. Porém, a despeito do meu apoio, cabe ressaltar que o ativismo político não está no escopo do blog “Você e o Dinheiro” (é uma questão de linha editorial…). Ele é um blog que foca, primordialmente, no INDIVÍDUO, dando pouca atenção às questões coletivas (não é à toa que o nome é VOCÊ e o Dinheiro).

Por isso, quero propor uma campanha “Chega de Luxo” um pouco mais ampla, voltada também para as pessoas comuns, que trabalham, consomem e, frequentemente, se endividam.

Nestes últimos anos, vimos um surto de “irresponsabilidade fiscal” que afetou não só o governo, mas os indivíduos. Pessoas se endividando (e pagando, alegremente, as taxas de juros mais altas do mundo) para adquirir itens de necessidade questionável, como automóveis, gadgets eletrônicos e viagens de lazer. O “luxo” passou a fazer parte da vida de muitas pessoas que não têm condições de elevar, de forma minimamente sustentável, seu nível de consumo.

É hora de rever o padrão de gastos e voltar a consumir de uma forma mais consciente. Não é de hoje que venho pregando, aqui no blog, uma postura de consumo mais frugal. Então, é hora de trazer este assunto para a superfície novamente.

O brasileiro médio é, hoje em dia, um sujeito que tem dívidas e está bastante inseguro com a possibilidade de perder o emprego (bem, ao menos é o que as pesquisas dizem…). Talvez não seja a sua situação; afinal, o perfil socioeconômico do leitor “típico” deste blog é acima da média.

Se for o seu caso e você estiver enfrentando desafios financeiros, faça um grande favor a si mesmo e “chega de luxo”! Se NÃO for o seu caso, bem… chega de luxo mesmo assim!

Independentemente de qual for a sua situação atual, acho que está na hora de dar uma “lição” em gente que se habituou a cobrar preços absurdos por coisas de importância duvidosa, apostando na passividade (notória) do consumidor brasileiro. Chega de pagar preço de hotel cinco estrelas europeu para ficar numa espelunca no nordeste brasileiro. Chega de pagar três vezes mais caro que nos EUA por aquele SUV asiático que, em qualquer lugar do mundo (exceto no Brasil), não dá status algum. Chega de “comidinhas gourmet”. Chega…

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