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Batendo um papo com seu “eu futuro”

Sabia que hoje existem recursos tecnológicos que te permitem ter uma ideia “mais ou menos confiável” de como você será quando envelhecer? Fazer “impressões artísticas” de pessoas não é nenhuma novidade, mas hoje softwares gráficos acessíveis nos permitem ter uma ideia do que nos reserva com uma grande dose de plausibilidade. Uma dessas ferramentas, bastante conhecida, é o aplicativo “AgingBooth” para smartphones, que “envelhece” digitalmente os rostos das pessoas nas […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 12h28.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h22.

Sabia que hoje existem recursos tecnológicos que te permitem ter uma ideia “mais ou menos confiável” de como você será quando envelhecer? Fazer “impressões artísticas” de pessoas não é nenhuma novidade, mas hoje softwares gráficos acessíveis nos permitem ter uma ideia do que nos reserva com uma grande dose de plausibilidade.

Uma dessas ferramentas, bastante conhecida, é o aplicativo “AgingBooth” para smartphones, que “envelhece” digitalmente os rostos das pessoas nas fotos. É muito interessante; algumas pessoas podem ficar felizes com aquilo que verão (é ótimo quando a natureza ajuda), já outras poderão ficar perturbadas (isso me lembra uma frase do célebre escritor George Orwell, que diz que todos são bonitos quando jovens, mas “aos cinquenta anos, todo mundo tem o rosto que merece”…).

Estudiosos de psicologia e economia comportamental dizem que fica mais fácil poupar e investir dinheiro quando pensamos em nosso “eu futuro”; então, uma ferramenta dessas pode dar uma forcinha no processo. Por exemplo, em 2011, pesquisadores da Universidade de Stanford fizeram um teste (clique aqui para ver a pesquisa) com jovens estudantes, expondo-os a fotos deles mesmos. Porém, metade foi exposta às suas imagens reais e a outra metade a fotos tratadas para que parecessem velhos. Após a exposição às imagens, foi perguntado aos jovens quanto eles pretendiam economizar ao longo da vida para a aposentadoria. Previsivelmente, aqueles que foram expostos às suas fotos em “versão idosa” se mostraram dispostos a guardar, em média, o dobro de dinheiro dos demais.

Nós, seres humanos, temos uma tendência natural para enxergar o tempo de forma distorcida. Descontamos o longo prazo e o vemos como algo muito mais distante do que realmente é.

Como vemos nosso futuro como algo que está a ”séculos” de distância (e não a alguns anos ou décadas) e subestimamos a velocidade com a qual o tempo passa, acabamos não fazendo contato com aquele nosso “eu futuro”, que vai sofrer as consequências das coisas que fazemos (e principalmente das que NÃO fazemos) no momento presente.

Então, para se conectar com essa sua versão futurista e mais velha, tire uma foto sua e experimente brincar com as maravilhas do tratamento digital de imagens. Apresente-se para o seu eu futuro e bata um papo com ele, pergunte o que ele gostaria que você fizesse no momento presente para ele ter uma vida melhor e mais confortável.

Agora, se você está “de bem” com seu eu futuro, ótimo! Mas olhe à sua volta – talvez você possa ajudar outras pessoas, como cônjuges, filhos e amigos próximos, tirando uma foto deles e apresentando-os ao seu respectivo “eu futuro”.

Na dúvida, esteja sempre com seu smartphone à mão…

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Sabia que hoje existem recursos tecnológicos que te permitem ter uma ideia “mais ou menos confiável” de como você será quando envelhecer? Fazer “impressões artísticas” de pessoas não é nenhuma novidade, mas hoje softwares gráficos acessíveis nos permitem ter uma ideia do que nos reserva com uma grande dose de plausibilidade.

Uma dessas ferramentas, bastante conhecida, é o aplicativo “AgingBooth” para smartphones, que “envelhece” digitalmente os rostos das pessoas nas fotos. É muito interessante; algumas pessoas podem ficar felizes com aquilo que verão (é ótimo quando a natureza ajuda), já outras poderão ficar perturbadas (isso me lembra uma frase do célebre escritor George Orwell, que diz que todos são bonitos quando jovens, mas “aos cinquenta anos, todo mundo tem o rosto que merece”…).

Estudiosos de psicologia e economia comportamental dizem que fica mais fácil poupar e investir dinheiro quando pensamos em nosso “eu futuro”; então, uma ferramenta dessas pode dar uma forcinha no processo. Por exemplo, em 2011, pesquisadores da Universidade de Stanford fizeram um teste (clique aqui para ver a pesquisa) com jovens estudantes, expondo-os a fotos deles mesmos. Porém, metade foi exposta às suas imagens reais e a outra metade a fotos tratadas para que parecessem velhos. Após a exposição às imagens, foi perguntado aos jovens quanto eles pretendiam economizar ao longo da vida para a aposentadoria. Previsivelmente, aqueles que foram expostos às suas fotos em “versão idosa” se mostraram dispostos a guardar, em média, o dobro de dinheiro dos demais.

Nós, seres humanos, temos uma tendência natural para enxergar o tempo de forma distorcida. Descontamos o longo prazo e o vemos como algo muito mais distante do que realmente é.

Como vemos nosso futuro como algo que está a ”séculos” de distância (e não a alguns anos ou décadas) e subestimamos a velocidade com a qual o tempo passa, acabamos não fazendo contato com aquele nosso “eu futuro”, que vai sofrer as consequências das coisas que fazemos (e principalmente das que NÃO fazemos) no momento presente.

Então, para se conectar com essa sua versão futurista e mais velha, tire uma foto sua e experimente brincar com as maravilhas do tratamento digital de imagens. Apresente-se para o seu eu futuro e bata um papo com ele, pergunte o que ele gostaria que você fizesse no momento presente para ele ter uma vida melhor e mais confortável.

Agora, se você está “de bem” com seu eu futuro, ótimo! Mas olhe à sua volta – talvez você possa ajudar outras pessoas, como cônjuges, filhos e amigos próximos, tirando uma foto deles e apresentando-os ao seu respectivo “eu futuro”.

Na dúvida, esteja sempre com seu smartphone à mão…

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