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Sim, já é hora de pensar em 2023

Em sua coluna desta semana, Viviane Martins, CEO da Falconi, traz um alerta para as companhias

Tão desafiador quanto o “fazer a tempo”, o “como fazer” pode se traduzir em uma barreira e tanto para muitos gestores (Getty Images/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2022 às 18h30.

Quem diria: entrando setembro e o fim de ano já tão palpável. Mas com eleições e a Copa do Mundo logo a seguir, com jogos até dezembro, o cenário que encherá a agenda da maioria dos brasileiros também afeta o calendário de inúmeras empresas. E fim de um ano sempre significa olhar para o próximo. Ou seja: já é hora de se planejar para o ano novo. Estamos no período mais apropriado para falar sobre as metas de 2023, principalmente entre aquelas empresas que largam na frente. Erra quem pensa que “é cedo demais” para traçar objetivos ou estratégias. Muito pelo contrário: as empresas que se conscientizarem de que precisam se planejar para entrar mais forte no ano que vem já começam marcando um golaço – o que talvez não valha uma Copa do Mundo, mas, com certeza, será um prêmio e tanto lá na frente.

Mas o timing não é o único desafio: tão desafiador quanto o “fazer a tempo”, o “como fazer” pode se traduzir em uma barreira e tanto para muitos gestores. O caminho, porém, é conhecido. Envolve desde temas organizacionais como verificar a adequação da estrutura ao modelo de negócios e calibrar o ritmo de execução da estratégia de longo prazo, temas táticos como avaliar a geração de valor dos processos e priorizar os projetos — incluindo as iniciativas de inovação, e buscar oportunidades de mudar a eficiência operacional de patamar. E para que tudo isso saia do papel é indispensável alinhamento e engajamento do time. É aí que entram as metas e OKRs (Objectives & Key Results).

A dificuldade mora nos detalhes. Metas e OKRs bem definidos levam os times para a mesma direção, evitam que as pessoas se sintam perdidas e oferecem a dose certa de desafio, de modo a propiciar aprendizado e auto-realização às pessoas, levando à transformação e ao desempenho da empresa. A boa combinação dessas metas e OKRs de temas em que a experiência de clientes e a segurança de produtos precisam ser asseguradas, com inovação é o que coloca em prática a ambidestria. Isso significa que as incertezas e a dinâmica dos squads convivem com a estabilidade do “feijão com arroz” bem-feito, que sustenta ou mesmo financia a transformação da empresa que não nasceu digital. É preciso ter presente e futuro lado a lado na empresa, refletidos nas metas e OKRs para o próximo ano.

Algumas coisas não mudaram na gestão, mesmo sob o furacão de modificações trazidas pela tecnologia. Como a necessidade, por exemplo, de a empresa atender bem todas as partes interessadas, mas agora de modo sustentável. Igualmente, a gestão sempre necessitou das pessoas, pois nenhum resultado acontece sem elas. Agora, entretanto, a atenção dada às necessidades das pessoas e à sua saúde mental não deve estar de fora das prioridades de nenhum gestor.

O sistema de gestão do futuro combina, de maneira customizada, a estrutura que é um conjunto de processos e operações criados a partir das necessidades do negócio e um esforço robusto de inovação. Ao mesmo tempo, requer uma base tecnológica que ofereça à empresa as ferramentas mais modernas para resolver os seus problemas, especialmente com uso intensivo de dados, se possível avançando até o nível prescritivo das ações para suportar a tomada de decisão. Em suma, o sistema de gestão ideal combina as melhores metodologias para cada área, com processos disruptivos em cada uma delas, ancorado por uma estrutura de processos estáveis.  E tudo amparado por metas precisas e coerentes entre si, capazes de estimular o time a buscar novos conhecimentos em colaboração.

Infelizmente não existe um caminho único, que possa ser copiado. Cada empresa tem seus próprios desafios, competências e nível de maturidade. Sempre vale lembrar que, da mesma forma que não adianta oferecer um software básico para um engenheiro de software, é perda de tempo investir no ferramental mais sofisticado para quem não irá utilizá-lo em seu pleno potencial.

Ainda no campo das metas, é hora de atribui-las não somente à alta liderança, mas também deixar claro o que a companhia espera de todo o seu quadro de colaboradores. Esse movimento trará uma noção de “todo” para o time, ao mesmo tempo que ajudará na autonomia das pessoas, para que executem e atinjam os resultados esperados com mais agilidade e facilidade. Tudo isso amparado pelo providencial olhar de governança, que assegura os mais altos padrões de ética e compromisso socioambiental, e envolto pelo molho da cultura organizacional, que sustenta os comportamentos alinhados com a estratégia da empresa.

Enfim, entender o que esperar do seu negócio no ano novo ano não é uma missão simples. Mas quem se debruçar sobre essa pauta o quanto antes pode torná-la mais fácil e realista. O ano não acabou, mas 2023 nunca esteve tão perto. É hora de se planejar.

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Mas o timing não é o único desafio: tão desafiador quanto o “fazer a tempo”, o “como fazer” pode se traduzir em uma barreira e tanto para muitos gestores. O caminho, porém, é conhecido. Envolve desde temas organizacionais como verificar a adequação da estrutura ao modelo de negócios e calibrar o ritmo de execução da estratégia de longo prazo, temas táticos como avaliar a geração de valor dos processos e priorizar os projetos — incluindo as iniciativas de inovação, e buscar oportunidades de mudar a eficiência operacional de patamar. E para que tudo isso saia do papel é indispensável alinhamento e engajamento do time. É aí que entram as metas e OKRs (Objectives & Key Results).

A dificuldade mora nos detalhes. Metas e OKRs bem definidos levam os times para a mesma direção, evitam que as pessoas se sintam perdidas e oferecem a dose certa de desafio, de modo a propiciar aprendizado e auto-realização às pessoas, levando à transformação e ao desempenho da empresa. A boa combinação dessas metas e OKRs de temas em que a experiência de clientes e a segurança de produtos precisam ser asseguradas, com inovação é o que coloca em prática a ambidestria. Isso significa que as incertezas e a dinâmica dos squads convivem com a estabilidade do “feijão com arroz” bem-feito, que sustenta ou mesmo financia a transformação da empresa que não nasceu digital. É preciso ter presente e futuro lado a lado na empresa, refletidos nas metas e OKRs para o próximo ano.

Algumas coisas não mudaram na gestão, mesmo sob o furacão de modificações trazidas pela tecnologia. Como a necessidade, por exemplo, de a empresa atender bem todas as partes interessadas, mas agora de modo sustentável. Igualmente, a gestão sempre necessitou das pessoas, pois nenhum resultado acontece sem elas. Agora, entretanto, a atenção dada às necessidades das pessoas e à sua saúde mental não deve estar de fora das prioridades de nenhum gestor.

O sistema de gestão do futuro combina, de maneira customizada, a estrutura que é um conjunto de processos e operações criados a partir das necessidades do negócio e um esforço robusto de inovação. Ao mesmo tempo, requer uma base tecnológica que ofereça à empresa as ferramentas mais modernas para resolver os seus problemas, especialmente com uso intensivo de dados, se possível avançando até o nível prescritivo das ações para suportar a tomada de decisão. Em suma, o sistema de gestão ideal combina as melhores metodologias para cada área, com processos disruptivos em cada uma delas, ancorado por uma estrutura de processos estáveis.  E tudo amparado por metas precisas e coerentes entre si, capazes de estimular o time a buscar novos conhecimentos em colaboração.

Infelizmente não existe um caminho único, que possa ser copiado. Cada empresa tem seus próprios desafios, competências e nível de maturidade. Sempre vale lembrar que, da mesma forma que não adianta oferecer um software básico para um engenheiro de software, é perda de tempo investir no ferramental mais sofisticado para quem não irá utilizá-lo em seu pleno potencial.

Ainda no campo das metas, é hora de atribui-las não somente à alta liderança, mas também deixar claro o que a companhia espera de todo o seu quadro de colaboradores. Esse movimento trará uma noção de “todo” para o time, ao mesmo tempo que ajudará na autonomia das pessoas, para que executem e atinjam os resultados esperados com mais agilidade e facilidade. Tudo isso amparado pelo providencial olhar de governança, que assegura os mais altos padrões de ética e compromisso socioambiental, e envolto pelo molho da cultura organizacional, que sustenta os comportamentos alinhados com a estratégia da empresa.

Enfim, entender o que esperar do seu negócio no ano novo ano não é uma missão simples. Mas quem se debruçar sobre essa pauta o quanto antes pode torná-la mais fácil e realista. O ano não acabou, mas 2023 nunca esteve tão perto. É hora de se planejar.

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