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É hora de ir além do dever de casa

Em sua coluna desta semana, Viviane Martins, CEO da Falconi, fala sobre como as corporações devem se preparar para enfrentar a conjuntura econômica

(seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2022 às 09h35.

Em momentos desafiadores, fazer o suficiente não é o suficiente. É preciso ir além. Dada a conjuntura macroeconômica à vista das corporações que atuam no mercado brasileiro, a dica é ultrapassar a barreira dos deveres de casa básicos e partir para um modelo  “à prova de recessão”.

O tema tem ganhado cada vez mais força nos últimos meses, em âmbito global. Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do FED, o banco central americano, avisou ao Congresso daquele país que as políticas adotadas contra a alta da inflação podem, sim, desencadear recessão mais profunda, com duras consequências ao redor do mundo. Na Inglaterra, a situação não é diferente: o Bank of England, que atua como banco central inglês, afirmou que a crise é iminente.

Posto o cenário global, resta aos empresários a opção de fortalecer seus pontos de sucesso e preparar os times para lidar com os testes que suas fraquezas terão de passar no futuro, a curto e a médio prazo. É hora de ser – e oferecer – mais do que o "de sempre". Mas como fazer isso? A resposta não é simples e passa pelo planejamento estratégico de qualidade, focado em clientes e na cadeia de abastecimento, utilizando dados preditivos.

Entre tantas lições aprendidas com a crise da Covid-19, uma delas certamente foi que negócios devem se preparar para os mais diversos cenários – inclusive aqueles considerados mais radicais, como lockdowns ao longo de mais de dois anos. Nesse caso, por exemplo, uma boa saída para ir além do básico seria a construção de possíveis cenários de demanda dentro de uma janela de mercado menos positiva.

Ao sentar com seu time, discuta o potencial impacto de um cenário negativo nos negócios. Entendam juntos o que é possível fazer para as vendas não diminuírem e para que os clientes seguiam lado a lado com o negócio. Este, inclusive, é outro ponto-chave. Em momentos mais difíceis, tempo perdido significa dinheiro perdido. Então, ouça o que o seu cliente tem a dizer e trabalhe junto a ele para oferecer seu produto ou serviço de forma assertiva.

Um ponto a ter atenção extra deve ser a experiência desse cliente, caprichando ainda mais neste quesito por meio de soluções criativas e econômicas que façam o consumidor continuar a gerar caixa.

Por fim, um novo guarda-chuva deve ganhar ainda mais força sobre o planejamento estratégico dos empresários: o gerenciamento de riscos e riscos à segurança da informação. Neste caso, no entanto, englobando a questão do cuidado com a cadeia de abastecimento, tópico preocupante não apenas em razão da recessão econômica, mas por outros fatores, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que mudou o tom do debate da globalização, gerando até suspeitas da chegada de um novo momento, o da desglobalização.

Trabalhada em conjunto com os demais pontos acima, essa estratégia mais macro poderá trazer mais eficiência à gestão e resultados melhores, nos momentos desafiadores que podem estar à espera.

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Em momentos desafiadores, fazer o suficiente não é o suficiente. É preciso ir além. Dada a conjuntura macroeconômica à vista das corporações que atuam no mercado brasileiro, a dica é ultrapassar a barreira dos deveres de casa básicos e partir para um modelo  “à prova de recessão”.

O tema tem ganhado cada vez mais força nos últimos meses, em âmbito global. Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do FED, o banco central americano, avisou ao Congresso daquele país que as políticas adotadas contra a alta da inflação podem, sim, desencadear recessão mais profunda, com duras consequências ao redor do mundo. Na Inglaterra, a situação não é diferente: o Bank of England, que atua como banco central inglês, afirmou que a crise é iminente.

Posto o cenário global, resta aos empresários a opção de fortalecer seus pontos de sucesso e preparar os times para lidar com os testes que suas fraquezas terão de passar no futuro, a curto e a médio prazo. É hora de ser – e oferecer – mais do que o "de sempre". Mas como fazer isso? A resposta não é simples e passa pelo planejamento estratégico de qualidade, focado em clientes e na cadeia de abastecimento, utilizando dados preditivos.

Entre tantas lições aprendidas com a crise da Covid-19, uma delas certamente foi que negócios devem se preparar para os mais diversos cenários – inclusive aqueles considerados mais radicais, como lockdowns ao longo de mais de dois anos. Nesse caso, por exemplo, uma boa saída para ir além do básico seria a construção de possíveis cenários de demanda dentro de uma janela de mercado menos positiva.

Ao sentar com seu time, discuta o potencial impacto de um cenário negativo nos negócios. Entendam juntos o que é possível fazer para as vendas não diminuírem e para que os clientes seguiam lado a lado com o negócio. Este, inclusive, é outro ponto-chave. Em momentos mais difíceis, tempo perdido significa dinheiro perdido. Então, ouça o que o seu cliente tem a dizer e trabalhe junto a ele para oferecer seu produto ou serviço de forma assertiva.

Um ponto a ter atenção extra deve ser a experiência desse cliente, caprichando ainda mais neste quesito por meio de soluções criativas e econômicas que façam o consumidor continuar a gerar caixa.

Por fim, um novo guarda-chuva deve ganhar ainda mais força sobre o planejamento estratégico dos empresários: o gerenciamento de riscos e riscos à segurança da informação. Neste caso, no entanto, englobando a questão do cuidado com a cadeia de abastecimento, tópico preocupante não apenas em razão da recessão econômica, mas por outros fatores, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que mudou o tom do debate da globalização, gerando até suspeitas da chegada de um novo momento, o da desglobalização.

Trabalhada em conjunto com os demais pontos acima, essa estratégia mais macro poderá trazer mais eficiência à gestão e resultados melhores, nos momentos desafiadores que podem estar à espera.

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