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Universidade de primeira linha: um bom começo, mas não define a trajetória

Saiba o que fazer para garantir uma posição de destaque entre os profissionais de talento, independentemente da instituição de ensino que emitiu o diploma

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fabianaoliveirarh

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 10h55.

Sou engenheiro graduado pela Escola Politécnica da USP. Tenho muito orgulho disso e valorizo a universidade e os profissionais que nela se formam. Mas preciso compartilhar com vocês que dois dos maiores engenheiros que admiro não estudaram na conceituada Poli. Isso, juntamente com a minha experiência no mercado de recrutamento e seleção, me faz crer que estudar em uma instituição de primeira linha é um ótimo começo de carreira, mas não define o sucesso da trajetória.

Na minha visão, a faculdade não faz o engenheiro, o médico, o dentista, o administrador ou qualquer outro profissional. Ela, certamente, pode te abrir algumas portas, mas não te mantém na oportunidade. É preciso, primeiro, ter um planejamento de carreira bem estruturado que te guie a cada passo, indicando o que fazer e quando, que seja um norte para as principais decisões. É claro que esse plano não precisa ser estático. O ideal é que ele seja revisado de tempos em tempos para ver se ainda faz sentido dentro da realidade corporativa, do mundo e dos seus desejos e necessidades. O mais importante é que, de alguma forma, ele te leve ao posto máximo que deseja ocupar na carreira.

Nessa trajetória, recomendo que o profissional assuma a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento. É claro que uma ajuda da empresa, do gestor ou de colegas é sempre bem-vinda. Muitas organizações oferecem cursos internos ou ajuda de custo para atividades educacionais e de aperfeiçoamento. Mas não é estratégico terceirizar essa responsabilidade. Do contrário, corre-se o risco de colocar a carreira nas mãos do destino, só restando lamentar quando algo não dá certo.

Considerando cada degrau que você deseja subir na carreira, mapeie todos os pontos que precisa desenvolver como profissional e também como pessoa. Afinal, não é mentira quando dizem que os colaboradores são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamento. Hoje, saber lidar com pressão, se adaptar às mudanças e manter uma comunicação empática é tão importante quanto alcançar resultados, ter certificações e entender de métodos e processos.

Ainda que seja virtualmente, faça cursos, participe de palestras, converse com profissionais do mercado e vá em busca de feedbacks sinceros. Comprometa-se com novos projetos, conheça pessoas, fortaleça relacionamentos e busque ajuda especializada sempre que julgar necessário. Tudo isso será fundamental para construir uma carreira sólida. Com um pouco de sensibilidade, você saberá como e quando aperfeiçoá-la ainda mais.

Quem consegue se graduar em uma universidade conceituada certamente merece reconhecimento por ultrapassar a barreira do concorrido vestibular e das possíveis exigências acima da média no dia a dia. Porém, para se firmar em uma posição de destaque entre os melhores, é preciso se apoiar em elementos mais sólidos do que um título de diploma ou no conceito da instituição de ensino que o emitiu. Pense nisso.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

Sou engenheiro graduado pela Escola Politécnica da USP. Tenho muito orgulho disso e valorizo a universidade e os profissionais que nela se formam. Mas preciso compartilhar com vocês que dois dos maiores engenheiros que admiro não estudaram na conceituada Poli. Isso, juntamente com a minha experiência no mercado de recrutamento e seleção, me faz crer que estudar em uma instituição de primeira linha é um ótimo começo de carreira, mas não define o sucesso da trajetória.

Na minha visão, a faculdade não faz o engenheiro, o médico, o dentista, o administrador ou qualquer outro profissional. Ela, certamente, pode te abrir algumas portas, mas não te mantém na oportunidade. É preciso, primeiro, ter um planejamento de carreira bem estruturado que te guie a cada passo, indicando o que fazer e quando, que seja um norte para as principais decisões. É claro que esse plano não precisa ser estático. O ideal é que ele seja revisado de tempos em tempos para ver se ainda faz sentido dentro da realidade corporativa, do mundo e dos seus desejos e necessidades. O mais importante é que, de alguma forma, ele te leve ao posto máximo que deseja ocupar na carreira.

Nessa trajetória, recomendo que o profissional assuma a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento. É claro que uma ajuda da empresa, do gestor ou de colegas é sempre bem-vinda. Muitas organizações oferecem cursos internos ou ajuda de custo para atividades educacionais e de aperfeiçoamento. Mas não é estratégico terceirizar essa responsabilidade. Do contrário, corre-se o risco de colocar a carreira nas mãos do destino, só restando lamentar quando algo não dá certo.

Considerando cada degrau que você deseja subir na carreira, mapeie todos os pontos que precisa desenvolver como profissional e também como pessoa. Afinal, não é mentira quando dizem que os colaboradores são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamento. Hoje, saber lidar com pressão, se adaptar às mudanças e manter uma comunicação empática é tão importante quanto alcançar resultados, ter certificações e entender de métodos e processos.

Ainda que seja virtualmente, faça cursos, participe de palestras, converse com profissionais do mercado e vá em busca de feedbacks sinceros. Comprometa-se com novos projetos, conheça pessoas, fortaleça relacionamentos e busque ajuda especializada sempre que julgar necessário. Tudo isso será fundamental para construir uma carreira sólida. Com um pouco de sensibilidade, você saberá como e quando aperfeiçoá-la ainda mais.

Quem consegue se graduar em uma universidade conceituada certamente merece reconhecimento por ultrapassar a barreira do concorrido vestibular e das possíveis exigências acima da média no dia a dia. Porém, para se firmar em uma posição de destaque entre os melhores, é preciso se apoiar em elementos mais sólidos do que um título de diploma ou no conceito da instituição de ensino que o emitiu. Pense nisso.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

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