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Uma bomba chamada demissão!

Como encarar uma demissão de maneira positiva e como uma oportunidade de replanejar os rumos da carreira?

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Publicado em 19 de outubro de 2018 às 07h05.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 07h05.

Com raríssimas exceções, demissão é uma palavra indigesta para profissionais de diferentes níveis hierárquicos e momentos de carreira. Vamos combinar que não é nada agradável ser dispensado por um empregador. Mas, como dizem que o que não tem remédio remediado está, então, sugiro encarar o acontecimento como uma oportunidade de replanejar os rumos da carreira.Para isso, sugiro oito passos:

  1. Reflita sobre o que foi dito pelo seu gestor no momento do desligamento - Minha experiência com recrutamento diz que, em geral, as empresas demitem por três fatores: necessidade de reestruturação; baixa performance do profissional; ou comportamento do empregado pouco aderente à cultura do gestor, do departamento e/ ou da companhia. Dessa forma, ouça com atenção tudo o que for dito a você no momento do desligamento, faça as considerações que julgar necessário, mas com o cuidado de não se guiar pelas emoções comuns ao momento. Só conteste se você tiver certeza absoluta dos seus pontos de força e de melhoria. Do contrário, utilize as informações recebidas como gancho para reflexão e evolução como pessoa e profissional.
  2. Deixe as portas abertas - Prefira sair da empresa de maneira amigável, cordial e profissional. O mundo corporativo é bastante cíclico, o que faz torna muito possível que o seu vizinho de mesa de hoje seja o seu gestor amanhã. Assim como que o seu desafeto de hoje seja um amigo muito próximo do seu futuro empregador. Ou seja, você não sabe de onde virá sua próxima indicação.
  3. Controle suas emoções - Após a demissão, é normal experimentar sentimentos, como o de luto pela perda do emprego, de vergonha diante de amigos e parentes, de euforia diante do tempo livre e de ansiedade ao lembrar que os boletos de pagamento continuarão a chegar. Não há problemas em vivenciar essas emoções. Mas, acredite, é na serenidade e no otimismo que você encontrará as melhores soluções.
  4. Estude o mercado - Antes de partir na busca por uma nova recolocação, mapeie o mercado de atuação, a realidade sobre a remuneração que vinha recebendo e as oportunidades existentes. Há dados na internet e estudos, como o Guia Salarial da Robert Half, que podem te ajudar nessa missão. O cuidado está em se apoiar em fontes de credibilidade.
  5. Entenda o que te faz feliz - Muitas vezes, nos acomodamos em uma empresa pela sensação de segurança que ela nos dá. Então, encare a demissão como uma oportunidade de alinhar sua vida profissional aos seus reais desejos pessoais. Por exemplo, será que seu perfil é para trabalhar em uma posição permanente ou você seria mais feliz construindo carreira dentro da flexibilidade de projetos temporários? Pesquisas da Robert Half mostram que 86% dos profissionais que já atuaram como temporários - em cargos de analistas a diretores - avaliam a experiência como positiva para o currículo. Você gostava genuinamente dos colegas de trabalho, do ramo de atuação da companhia, da localização e cultura da empresa, entre outros fatores?A hora de avaliar é agora.
  6. Deixe que o mercado saiba sobre a sua disponibilidade - Marque cafés ou almoços com pessoas que podem te indicar uma vaga, aconselhar sobre novos rumos e atualizar sobre informações do mercado, ou ainda trocar percepções sobre o mundo corporativo. Esses contatos, inclusive, devem ser incorporados à sua rotina, mesmo após você conseguir se recolocar.Dessas conversas, sempre surgem ideias muito ricas.
  7. Atualize seu currículo - Atualize seu currículo com suas principais contribuições às empresas por onde passou. Dê preferência para incluir informações qualitativas, se possível com números. Por exemplo, “gestão de equipe com cinco profissionais” ou “auxílio na redução de inadimplência dos clientes em 10% no período de um mês”, etc. Muitas vezes, o currículo é o fator que abre ou fecha a porta de uma oportunidade.
  8. Prepare-se para dar explicações sobre o seu desligamento - Seja em entrevistas de emprego ou na conversa com pessoas conhecidas, use a honestidade com relação aos motivos que levaram você ao desligamento, sempre evitando falar mal do seu antigo empregador. Se a conversa se estender, foque nas suas conquistas à frente do cargo que ocupava, nos possíveis erros cometidos e nas lições que deles foram extraídas. A tendência é que as pessoas não te julguem pela experiência vivida e sim pela forma como você lidou com ela. Então, não perca a oportunidade de demonstrar maturidade, profissionalismo e capacidade de aprendizagem.

Acredito que toda experiência, seja na vida pessoal ou profissional, tenha um aprendizado a ser extraído. Então, identifique o seu, não desanime, tome fôlego e siga em frente.

Boas portas irão se abrir!

*Fernando Mantovanié diretor geral da Robert Half

 

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Com raríssimas exceções, demissão é uma palavra indigesta para profissionais de diferentes níveis hierárquicos e momentos de carreira. Vamos combinar que não é nada agradável ser dispensado por um empregador. Mas, como dizem que o que não tem remédio remediado está, então, sugiro encarar o acontecimento como uma oportunidade de replanejar os rumos da carreira.Para isso, sugiro oito passos:

  1. Reflita sobre o que foi dito pelo seu gestor no momento do desligamento - Minha experiência com recrutamento diz que, em geral, as empresas demitem por três fatores: necessidade de reestruturação; baixa performance do profissional; ou comportamento do empregado pouco aderente à cultura do gestor, do departamento e/ ou da companhia. Dessa forma, ouça com atenção tudo o que for dito a você no momento do desligamento, faça as considerações que julgar necessário, mas com o cuidado de não se guiar pelas emoções comuns ao momento. Só conteste se você tiver certeza absoluta dos seus pontos de força e de melhoria. Do contrário, utilize as informações recebidas como gancho para reflexão e evolução como pessoa e profissional.
  2. Deixe as portas abertas - Prefira sair da empresa de maneira amigável, cordial e profissional. O mundo corporativo é bastante cíclico, o que faz torna muito possível que o seu vizinho de mesa de hoje seja o seu gestor amanhã. Assim como que o seu desafeto de hoje seja um amigo muito próximo do seu futuro empregador. Ou seja, você não sabe de onde virá sua próxima indicação.
  3. Controle suas emoções - Após a demissão, é normal experimentar sentimentos, como o de luto pela perda do emprego, de vergonha diante de amigos e parentes, de euforia diante do tempo livre e de ansiedade ao lembrar que os boletos de pagamento continuarão a chegar. Não há problemas em vivenciar essas emoções. Mas, acredite, é na serenidade e no otimismo que você encontrará as melhores soluções.
  4. Estude o mercado - Antes de partir na busca por uma nova recolocação, mapeie o mercado de atuação, a realidade sobre a remuneração que vinha recebendo e as oportunidades existentes. Há dados na internet e estudos, como o Guia Salarial da Robert Half, que podem te ajudar nessa missão. O cuidado está em se apoiar em fontes de credibilidade.
  5. Entenda o que te faz feliz - Muitas vezes, nos acomodamos em uma empresa pela sensação de segurança que ela nos dá. Então, encare a demissão como uma oportunidade de alinhar sua vida profissional aos seus reais desejos pessoais. Por exemplo, será que seu perfil é para trabalhar em uma posição permanente ou você seria mais feliz construindo carreira dentro da flexibilidade de projetos temporários? Pesquisas da Robert Half mostram que 86% dos profissionais que já atuaram como temporários - em cargos de analistas a diretores - avaliam a experiência como positiva para o currículo. Você gostava genuinamente dos colegas de trabalho, do ramo de atuação da companhia, da localização e cultura da empresa, entre outros fatores?A hora de avaliar é agora.
  6. Deixe que o mercado saiba sobre a sua disponibilidade - Marque cafés ou almoços com pessoas que podem te indicar uma vaga, aconselhar sobre novos rumos e atualizar sobre informações do mercado, ou ainda trocar percepções sobre o mundo corporativo. Esses contatos, inclusive, devem ser incorporados à sua rotina, mesmo após você conseguir se recolocar.Dessas conversas, sempre surgem ideias muito ricas.
  7. Atualize seu currículo - Atualize seu currículo com suas principais contribuições às empresas por onde passou. Dê preferência para incluir informações qualitativas, se possível com números. Por exemplo, “gestão de equipe com cinco profissionais” ou “auxílio na redução de inadimplência dos clientes em 10% no período de um mês”, etc. Muitas vezes, o currículo é o fator que abre ou fecha a porta de uma oportunidade.
  8. Prepare-se para dar explicações sobre o seu desligamento - Seja em entrevistas de emprego ou na conversa com pessoas conhecidas, use a honestidade com relação aos motivos que levaram você ao desligamento, sempre evitando falar mal do seu antigo empregador. Se a conversa se estender, foque nas suas conquistas à frente do cargo que ocupava, nos possíveis erros cometidos e nas lições que deles foram extraídas. A tendência é que as pessoas não te julguem pela experiência vivida e sim pela forma como você lidou com ela. Então, não perca a oportunidade de demonstrar maturidade, profissionalismo e capacidade de aprendizagem.

Acredito que toda experiência, seja na vida pessoal ou profissional, tenha um aprendizado a ser extraído. Então, identifique o seu, não desanime, tome fôlego e siga em frente.

Boas portas irão se abrir!

*Fernando Mantovanié diretor geral da Robert Half

 

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