Um & profissional
Imagine a cena: um profissional participando de uma seleção para um novo emprego faz várias entrevistas com o RH, com futuros pares, chefes e equipes, até ser, por fim, contratado. Todo esse processo, que pode levar de alguns dias a várias semanas, é muitas vezes comparado a um namoro – a ideia das entrevistas em várias etapas é entender se o relacionamento profissional vai dar certo para ambos os lados. […] Leia mais
Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às, 07h05.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h37.
Imagine a cena: um profissional participando de uma seleção para um novo emprego faz várias entrevistas com o RH, com futuros pares, chefes e equipes, até ser, por fim, contratado. Todo esse processo, que pode levar de alguns dias a várias semanas, é muitas vezes comparado a um namoro – a ideia das entrevistas em várias etapas é entender se o relacionamento profissional vai dar certo para ambos os lados.
Há, porém, quem veja esse processo como uma via de mão única. Ou seja, apenas a empresa deveria avaliar o candidato e não o contrário. Dessa forma, muitos profissionais perdem a oportunidade de fazer perguntas, entender a cultura da empresa e aprofundar-se mais nessa futura parceria. Estão tão preocupados em ser ”o noivo ideal” que se esquecem de conhecer o outro lado.
Se a relação não funciona, é comum ver profissionais reclamando que “a empresa não disse que o trabalho seria assim, que os horários não seriam flexíveis, que o chefe era muito exigente”. Alguns chegam a culpar até mesmo a empresa de recrutamento, que intermediou os contatos iniciais e acompanhou a contratação. Que tal fazer uma autoanálise e entender a própria parcela de culpa nesse processo? A falta de interesse em saber mais sobre o outro lado na fase da seleção pode prejudicar a adaptação e até mesmo a permanência do candidato no emprego. Afinal de contas, esse casamento tem muito mais chances de ser bem-sucedido se as etapas do “namoro” acontecerem de forma franca e transparente.