Exame Logo

Ter apenas Messis no time não é estratégico

Mesclar o grupo com diferentes perfis de profissionais tende a contribuir para a sustentabilidade do negócio

p

patalv01

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 11h02.

Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 11h05.

Imagine que você seja responsável por escalar um time de futebol e pode escolher qualquer jogador do mundo. Então, decide ocupar todas as vagas - titulares e reservas - com atletas de alto rendimento nos moldes do argentino Lionel Messi ou muito similar a ele. Perfeito, não? Eu diria que você acabou de arrumar um problema.

Digo isso porque, cientes das próprias qualidades, dificilmente qualquer um deles terá disposição ou perfil para aguardar no banco de reservas, esperando uma oportunidade, enquanto os demais brilham em campo. Esse cenário pode deixar os jogadores insatisfeitos, sentindo suas habilidades subutilizadas, além de aumentar o assédio da concorrência sobre os atletas.

Agora, traga esse cenário para dentro da empresa, considerando que as faixas de hierarquia se agrupam no formato de pirâmide. Se você só permitir que ingressem no time pessoas que estão no pico do rendimento, em um curto espaço de tempo esses profissionais vão se fartar, sentir insatisfação ou serem atraídos pela concorrência, principalmente se a sua empresa não crescer no ritmo que eles esperam.

Meu discurso não é contra a contratação de pessoas de alta performance, mas sim de entender o recrutamento como uma das ações estratégicas para a sustentabilidade do negócio. Considere, por exemplo, mesclar o seu time com profissionais:

É claro que isso não é regra. Às vezes, a cultura e os objetivos de negócio da sua empresa exigem que no seu aquário tenha apenas tubarões. Isso não é um problema, desde que haja preparo da companhia, da liderança e dos pares para, vez ou outra, perder gente boa e preparada para a concorrência.

Se isso acontecer, aqui vai um outro conselho: não tome medidas desesperadas, deixe a água passar um pouco por baixo da ponte. Mas, isso é um tema para a próxima semana.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

Imagine que você seja responsável por escalar um time de futebol e pode escolher qualquer jogador do mundo. Então, decide ocupar todas as vagas - titulares e reservas - com atletas de alto rendimento nos moldes do argentino Lionel Messi ou muito similar a ele. Perfeito, não? Eu diria que você acabou de arrumar um problema.

Digo isso porque, cientes das próprias qualidades, dificilmente qualquer um deles terá disposição ou perfil para aguardar no banco de reservas, esperando uma oportunidade, enquanto os demais brilham em campo. Esse cenário pode deixar os jogadores insatisfeitos, sentindo suas habilidades subutilizadas, além de aumentar o assédio da concorrência sobre os atletas.

Agora, traga esse cenário para dentro da empresa, considerando que as faixas de hierarquia se agrupam no formato de pirâmide. Se você só permitir que ingressem no time pessoas que estão no pico do rendimento, em um curto espaço de tempo esses profissionais vão se fartar, sentir insatisfação ou serem atraídos pela concorrência, principalmente se a sua empresa não crescer no ritmo que eles esperam.

Meu discurso não é contra a contratação de pessoas de alta performance, mas sim de entender o recrutamento como uma das ações estratégicas para a sustentabilidade do negócio. Considere, por exemplo, mesclar o seu time com profissionais:

É claro que isso não é regra. Às vezes, a cultura e os objetivos de negócio da sua empresa exigem que no seu aquário tenha apenas tubarões. Isso não é um problema, desde que haja preparo da companhia, da liderança e dos pares para, vez ou outra, perder gente boa e preparada para a concorrência.

Se isso acontecer, aqui vai um outro conselho: não tome medidas desesperadas, deixe a água passar um pouco por baixo da ponte. Mas, isso é um tema para a próxima semana.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se