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Sua empresa ainda vive em uma ilha?

Se esse for seu caso, cuidado para não se ver sozinho quando sentir a necessidade de mudar e explorar novas águas!

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 24 de maio de 2019 às, 14h10.

Última atualização em 24 de maio de 2019 às, 21h30.

Outro dia, estava conversando com o dono de uma empresa de pequeno porte quando em determinado momento do bate-papo ele disse: “aqui não temos colaboradores e sim empregados, pois ninguém colabora com nada, já que ganham para fazer o trabalho”. É triste ainda ouvir este tipo de discurso. Mas, ao explorarmos um pouco mais a fundo algumas companhias é possível encontrar essa realidade em várias delas.

No caso desse empreendedor, a empresa que ele possui não tem sucessores. Ou seja, em determinado momento, ele vai vender a companhia ou simplesmente encerrar as atividades. Hoje, o ambiente interno dessa organização é formado por pessoas que, possivelmente, devem se dividir entre as que não veem problema em serem tratadas dessa forma e as que trabalham desmotivadas. Em resumo, ele só vai sentir a necessidade de mudar a postura quando precisar ir em busca de inovação ou atrair novos talentos.

Infelizmente, ainda encontramos empresas que vivem em ilhas como essa, mas, independentemente do porte da sua, sugiro que mantenha constante atualização com relação às necessidades e desejos dos profissionais. Dentro das suas possibilidades, implemente ações em prol do bem-estar, do desenvolvimento, do engajamento e da qualidade de vida dos colaboradores, sempre buscando inspiração no que é praticado por grandes empresas nacionais e multinacionais.

Hoje, por exemplo, a nova geração busca por companhias que prezem pela diversidade e inclusão, onde o respeito às diferenças faz parte da cultura organizacional e são verdadeiramente entendidas e aceitas por profissionais de todos os níveis hierárquicos. Esse fator tem sido mais valorizado do que o salário. Já ouvi relatos de executivos que se recusaram a trabalhar com fornecedores contrários a ações de diversidade e inclusão. Ou seja, a tendência está em toda a cadeia.

Diante deste quadro, fica aqui o meu conselho: se sua empresa ainda vive em uma ilha, tome cuidado. É possível que no momento em que você queira ou precise atravessar as águas para explorar outras terras não encontre no time pessoas engajadas o suficiente para te ajudar a remar na direção certa e com a velocidade adequada. Pense nisso!

Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half