Revendo expectativas
Nos últimos dias, recebi dois contatos de profissionais que me chamaram a atenção. Ambos são executivos seniores, com experiência e altas posições no currículo, mas estão buscando emprego e não encontram vagas que correspondam às expectativas. Um desses profissionais acredita que pode estar pedindo uma remuneração que o mercado considera alta demais. O outro imagina que seu insucesso em encontrar uma nova posição deve-se à senioridade do seu último cargo, […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 09h03.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h32.
Nos últimos dias, recebi dois contatos de profissionais que me chamaram a atenção. Ambos são executivos seniores, com experiência e altas posições no currículo, mas estão buscando emprego e não encontram vagas que correspondam às expectativas.
Um desses profissionais acredita que pode estar pedindo uma remuneração que o mercado considera alta demais. O outro imagina que seu insucesso em encontrar uma nova posição deve-se à senioridade do seu último cargo, de diretoria. Ambos pensam em ajustar suas expectativas para o que o mercado oferece, revendo o salário pretendido ou até mesmo candidatando-se para uma posição abaixo da que costumava ocupar.
Essa é uma situação relativamente comum quando um profissional sênior quer se recolocar: além da ansiedade em conseguir uma nova oportunidade rapidamente, muitos baseiam a pretensão salarial ou de cargos na última posição que ocuparam. Isso pode ser um erro. As empresas possuem organogramas variados: um gerente em uma companhia é um superintendente em outra, um diretor em uma terceira. Os sistemas de cargos são tão diferentes quanto as empresas são entre si – o que interessa é o escopo de atuação do profissional, se há ou não gestão de pessoas, quais serão os interlocutores, que responsabilidades e desafios terá o cargo.
Outra diferença comum entre as empresas é o salário. Além do fixo, o profissional deve considerar bônus, benefícios e até mesmo a remuneração não-financeira como desafios, relacionamento, flexibilidade e outros itens. Se mesmo assim a balança continuar desigual, vale a pena reconsiderar o valor do último contracheque. Isso porque as empresas não estão mais dispostas a pagar os altos salários que foram praticados em anos como 2006, 2007 e 2010.
Por último, vale uma reflexão. Um profissional com anos de experiência e bagagem é um ativo precioso para uma empresa, mas esse tipo de vaga é mais escasso e o tempo de recolocação pode ser maior que o esperado. Não é incomum que um profissional em nível de diretoria chegue a ficar quase um ano em busca de uma nova oportunidade. Nesse caso, a recomendação é rever as expectativas e até mesmo considerar outros modelos de trabalho, como o temporário, por exemplo. Afinal de contas, é preciso se reinventar para se manter competitivo.
Nos últimos dias, recebi dois contatos de profissionais que me chamaram a atenção. Ambos são executivos seniores, com experiência e altas posições no currículo, mas estão buscando emprego e não encontram vagas que correspondam às expectativas.
Um desses profissionais acredita que pode estar pedindo uma remuneração que o mercado considera alta demais. O outro imagina que seu insucesso em encontrar uma nova posição deve-se à senioridade do seu último cargo, de diretoria. Ambos pensam em ajustar suas expectativas para o que o mercado oferece, revendo o salário pretendido ou até mesmo candidatando-se para uma posição abaixo da que costumava ocupar.
Essa é uma situação relativamente comum quando um profissional sênior quer se recolocar: além da ansiedade em conseguir uma nova oportunidade rapidamente, muitos baseiam a pretensão salarial ou de cargos na última posição que ocuparam. Isso pode ser um erro. As empresas possuem organogramas variados: um gerente em uma companhia é um superintendente em outra, um diretor em uma terceira. Os sistemas de cargos são tão diferentes quanto as empresas são entre si – o que interessa é o escopo de atuação do profissional, se há ou não gestão de pessoas, quais serão os interlocutores, que responsabilidades e desafios terá o cargo.
Outra diferença comum entre as empresas é o salário. Além do fixo, o profissional deve considerar bônus, benefícios e até mesmo a remuneração não-financeira como desafios, relacionamento, flexibilidade e outros itens. Se mesmo assim a balança continuar desigual, vale a pena reconsiderar o valor do último contracheque. Isso porque as empresas não estão mais dispostas a pagar os altos salários que foram praticados em anos como 2006, 2007 e 2010.
Por último, vale uma reflexão. Um profissional com anos de experiência e bagagem é um ativo precioso para uma empresa, mas esse tipo de vaga é mais escasso e o tempo de recolocação pode ser maior que o esperado. Não é incomum que um profissional em nível de diretoria chegue a ficar quase um ano em busca de uma nova oportunidade. Nesse caso, a recomendação é rever as expectativas e até mesmo considerar outros modelos de trabalho, como o temporário, por exemplo. Afinal de contas, é preciso se reinventar para se manter competitivo.