Recrutamento online é eficiente, mas com olho no olho
Apesar do distanciamento social, a tecnologia tem permitido que empresas contratem e profissionais se movimentem ou se recoloquem
Publicado em 17 de abril de 2020 às, 12h10.
Mais de 80% dos profissionais responsáveis pelo preenchimento de vagas dentro de empresas afirmou, durante a produção da 11ª edição do Índice de Confiança Robert Half, que o processo de recrutamento é importante para garantir que o colaborador tenha uma boa experiência no trabalho. Além disso, 66% dos recrutadores entrevistados acredita que em 2020 a competição por profissionais qualificados está maior, se comparado ao cenário de 2019.
Os dados que citei deveriam ser razões suficientes para que as empresas continuem entendendo o processo de seleção como uma ação estratégica para o negócio. No momento atual, boa parte das entrevistas têm acontecido remotamente. Porém, desde que realizadas com organização e com recursos de áudio e vídeo, é possível ter resultados tão satisfatórios quanto com o formato presencial. Aqui na Robert Half, há 4 semanas nossa atividade acontece quase que totalmente online, desde a coleta do briefing da vaga com o cliente até a efetivação da proposta com o profissional, e não temos do que reclamar.
Se a sua organização está entre as que precisam seguir contratando, listo a seguir alguns cuidados básicos:
1 Escolha da ferramenta
É possível fazer o processo por ferramentas como Skype, Zoom ou WhatsApp, entre outros. O importante é sempre optar pelo uso de áudio com vídeo porque o contato visual faz toda a diferença na conversa. Antes de escolher qual meio será utilizado, faça testes e explore suas funcionalidades.
2. Reunião de briefing
Agende uma conversa com o gestor do cargo em questão para verificar quais são os desejos e as necessidades dele em relação ao perfil de profissional que deseja contratar, além entender o escopo da vaga. Nesse bate-papo vale fazer um alinhamento entre expectativas do gestor e a realidade da disponibilidade de profissionais qualificados no mercado.
3. Contato com o candidato
Ao abordar o candidato, questione se ele se sente confortável em participar de um processo totalmente online. Além disso, é fundamental entender o que ele pensa sobre iniciar em um novo trabalho no modelo home office e se desligar do atual empregador por meios online também, caso seja aprovado no processo seletivo.
4. Organização das entrevistas
Recentemente, em um processo online da Robert Half precisávamos que quatro candidatos finalistas fossem entrevistados por quatro gestores diferentes, somando 16 entrevistas. Para que desse certo, criamos um link de Skype para cada candidato e agendamos a sequência de entrevistas individuais.
5. Coleta do feedback
Ao final das entrevistas, o recrutador deve entender dos candidatos e dos líderes da vaga quais foram as respectivas impressões sobre o bate-papo e os pontos positivos e negativos da conversa. A ideia é saber se os profissionais têm interesse em seguir no processo e se o empregador já tem algum candidato de preferência.
6. Contratação
No caso dos clientes da Robert Half, o processo de envio dos documentos e preenchimento de formulários têm sido online. A alguns profissionais foi permitido o início do trabalho em modelo home office e, nesses casos, foi enviado para a casa do novo colaborador, via mensageiro, os equipamentos necessários para as atividades, como celular e notebook.
Entrevistas e contratações têm acontecido e há ferramentas de tecnologias para auxiliar nesses processos. Por isso, se você precisa aumentar a equipe ou substituir profissionais, não paralise as ações. A você que busca uma oportunidade eu aconselho não perder as esperanças. A hora é de quebrar paradigmas!
Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.
*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half