Os desafios dos gestores para o segundo semestre
Como enfrentar as principais preocupações das lideranças em relação à sequência do ano, mapeadas por estudo da Robert Half
Colunista
Publicado em 5 de julho de 2024 às 08h00.
O segundo semestre já começou e, mais do que nunca, a expectativa de todos é fechar o ano com bons resultados. Tendo em vista os primeiros seis meses, é hora de ajustar a rota, se necessário, e manter o foco para atingir ou superar o que foi planejado anteriormente.
Para os líderes, a pressão dessa fase é ainda maior, já que suas decisões e ações têm grande impacto sobre os times e a organização. Pensando nisso, a 28ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) mapeou os principais desafios de gestão para o próximo semestre.
Realizado em maio, o ICRH ouviu 1.161 profissionais qualificados, igualmente divididos entre recrutadores, empregados e desempregados. As oito maiores preocupações apontadas pelos gestores foram:
- Produtividade: cumprir com as obrigações de maneira mais eficiente;
- Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos;
- Retenção: não perder bons profissionais para o mercado;
- Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida;
- Remuneração: ter salários e benefícios competitivos;
- Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento;
- Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor;
- Atração: atrair os profissionais adequados para a empresa.
A seguir, compartilho algumas medidas fundamentais para abordar esses pontos. Como a produtividade e a lucratividade dependem da resolução das demais preocupações, vou me concentrar nos outros tópicos, começando pela retenção e atração de talentos.
Uma empresa conhecida e admirada é o melhor atrativo para bons profissionais. Isso envolve ser responsável com a sociedade e o meio ambiente, considerando os impactos de seu processo produtivo, diversidade, equidade, entre outros temas.
Ter e cumprir uma agenda dedicada aos critérios ESG (ambiental, social e de governança) é cada vez mais importante. Pertencer a uma companhia ativa nesse sentido traz ganhos para o currículo e o tão desejado senso de trabalhar com um propósito.
Também é crucial ter um processo seletivo sério, pois este será o primeiro contato dos profissionais com a organização. Transparência, objetividade e empatia são obrigatórias. Processos longos ou confusos causam péssima impressão.
O bem-estar da equipe de trabalho vale ouro. Cuidar da qualidade de vida é um dos grandes anseios dos trabalhadores e isso influi diretamente na produtividade, na atração e na retenção.
Implementar e aprimorar políticas de saúde mental e física é urgente e importante. Flexibilizar horários está no centro de qualquer iniciativa nesse sentido, já que trabalhar em modelo híbrido tornou-se prioridade para a maioria dos profissionais.
Remuneração e carreira são assuntos que andam juntos. É primordial ter um documento conhecido por todos, com regras claras e éticas sobre as perspectivas de ganho e evolução. A insegurança quanto a esses pontos pode ser tão prejudicial quanto salários abaixo da média do mercado.
Saber utilizar tecnologias avançadas é uma demanda altamente relevante para todos os gestores, não apenas para os de TI. Oferecer ferramentas atualizadas e promover treinamentos periódicos é o melhor caminho para manter as lideranças bem preparadas.
O poder da resiliência
Mesmo as melhores estratégias não evitam imprevistos, falhas e adversidades. Por isso, sempre digo que ser resiliente é a qualidade que todo profissional que deseja ascender ou já ascendeu na carreira deve cultivar. Com resiliência, em tese, todo problema pode ser administrado, revertido e superado.
Frequentemente, um gestor resiliente consegue transformar situações negativas em oportunidades – é o famoso "tirar leite de pedra". E, claro, aqueles que possuem as preciosas qualidades de rápido tempo de reação e persistência sabem aprender com as dificuldades. Dessa forma, evoluem continuamente.
É impossível prever como será o cenário político-econômico nos próximos meses. A única certeza é que quem estiver munido de boas estratégias e de resiliência terá mais chances de prosperar e alcançar as metas planejadas.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
O segundo semestre já começou e, mais do que nunca, a expectativa de todos é fechar o ano com bons resultados. Tendo em vista os primeiros seis meses, é hora de ajustar a rota, se necessário, e manter o foco para atingir ou superar o que foi planejado anteriormente.
Para os líderes, a pressão dessa fase é ainda maior, já que suas decisões e ações têm grande impacto sobre os times e a organização. Pensando nisso, a 28ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) mapeou os principais desafios de gestão para o próximo semestre.
Realizado em maio, o ICRH ouviu 1.161 profissionais qualificados, igualmente divididos entre recrutadores, empregados e desempregados. As oito maiores preocupações apontadas pelos gestores foram:
- Produtividade: cumprir com as obrigações de maneira mais eficiente;
- Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos;
- Retenção: não perder bons profissionais para o mercado;
- Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida;
- Remuneração: ter salários e benefícios competitivos;
- Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento;
- Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor;
- Atração: atrair os profissionais adequados para a empresa.
A seguir, compartilho algumas medidas fundamentais para abordar esses pontos. Como a produtividade e a lucratividade dependem da resolução das demais preocupações, vou me concentrar nos outros tópicos, começando pela retenção e atração de talentos.
Uma empresa conhecida e admirada é o melhor atrativo para bons profissionais. Isso envolve ser responsável com a sociedade e o meio ambiente, considerando os impactos de seu processo produtivo, diversidade, equidade, entre outros temas.
Ter e cumprir uma agenda dedicada aos critérios ESG (ambiental, social e de governança) é cada vez mais importante. Pertencer a uma companhia ativa nesse sentido traz ganhos para o currículo e o tão desejado senso de trabalhar com um propósito.
Também é crucial ter um processo seletivo sério, pois este será o primeiro contato dos profissionais com a organização. Transparência, objetividade e empatia são obrigatórias. Processos longos ou confusos causam péssima impressão.
O bem-estar da equipe de trabalho vale ouro. Cuidar da qualidade de vida é um dos grandes anseios dos trabalhadores e isso influi diretamente na produtividade, na atração e na retenção.
Implementar e aprimorar políticas de saúde mental e física é urgente e importante. Flexibilizar horários está no centro de qualquer iniciativa nesse sentido, já que trabalhar em modelo híbrido tornou-se prioridade para a maioria dos profissionais.
Remuneração e carreira são assuntos que andam juntos. É primordial ter um documento conhecido por todos, com regras claras e éticas sobre as perspectivas de ganho e evolução. A insegurança quanto a esses pontos pode ser tão prejudicial quanto salários abaixo da média do mercado.
Saber utilizar tecnologias avançadas é uma demanda altamente relevante para todos os gestores, não apenas para os de TI. Oferecer ferramentas atualizadas e promover treinamentos periódicos é o melhor caminho para manter as lideranças bem preparadas.
O poder da resiliência
Mesmo as melhores estratégias não evitam imprevistos, falhas e adversidades. Por isso, sempre digo que ser resiliente é a qualidade que todo profissional que deseja ascender ou já ascendeu na carreira deve cultivar. Com resiliência, em tese, todo problema pode ser administrado, revertido e superado.
Frequentemente, um gestor resiliente consegue transformar situações negativas em oportunidades – é o famoso "tirar leite de pedra". E, claro, aqueles que possuem as preciosas qualidades de rápido tempo de reação e persistência sabem aprender com as dificuldades. Dessa forma, evoluem continuamente.
É impossível prever como será o cenário político-econômico nos próximos meses. A única certeza é que quem estiver munido de boas estratégias e de resiliência terá mais chances de prosperar e alcançar as metas planejadas.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar