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O que falta nos nossos líderes

Um dos grandes desafios de um líder é aprender a ensinar. Crescer implica em delegar tarefas para desenvolver profissionais, criar espaço para que outros talentos busquem seu lugar na empresa. Ser professor e mentor ao mesmo tempo é uma tarefa extremamente difícil, e requer duas características raras no mundo corporativo de hoje: tolerância e generosidade. Um bom gestor deve ser tolerante porque precisa entender que cada profissional tem seu ritmo […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 3 de setembro de 2014 às, 08h58.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h21.

Um dos grandes desafios de um líder é aprender a ensinar. Crescer implica em delegar tarefas para desenvolver profissionais, criar espaço para que outros talentos busquem seu lugar na empresa. Ser professor e mentor ao mesmo tempo é uma tarefa extremamente difícil, e requer duas características raras no mundo corporativo de hoje: tolerância e generosidade.

Um bom gestor deve ser tolerante porque precisa entender que cada profissional tem seu ritmo de aprendizado e forma de trabalhar. Equipes com líderes tolerantes tendem a ser mais diversas, propor novas ideias, buscar mais criatividade, trazer novos negócios. A comunicação aberta, nesses casos, tem um papel essencial, tanto para que os chefes expliquem o que esperam de seus times, quanto para que os profissionais falem sobre seus pontos de vista, ideias e dificuldades.

Generosidade é outro aspecto importante na formação de um líder. Delegar tarefas ainda é um enorme desafio para o gestor, seja porque ele ainda não confia totalmente na capacidade da equipe em assumir responsabilidades, seja porque tem medo de perder poder, ou por qualquer outra razão. Um profissional generoso sabe que é preciso deixar que o outro aprenda para que ele mesmo possa crescer, deixar de lado atividades operacionais e ser mais estratégico. É importante ajudar o outro a evoluir para que ele mesmo possa se desenvolver.

O que torna esse aprendizado difícil é que essas são habilidades comportamentais, que envolvem autoconhecimento, autoestima, confiança no outro e comunicação. Não é algo ensinado no MBA ou que conste em um treinamento tradicional. O esforço deve vir de dentro, mas também estimulado pela cultura da empresa. E, claro, pela tolerância e generosidade que os líderes aprenderam com seus próprios líderes.