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Nível de satisfação no trabalho: como está o seu?

Pesquisa da Robert Half aponta que 36% dos profissionais estão parcialmente satisfeitos na oportunidade atual, enquanto 16% se dizem insatisfeitos

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Publicado em 8 de outubro de 2021 às 08h30.

Trimestralmente, desde 2017, o Índice de Confiança Robert Half mapeia o sentimento dos profissionais empregados e desempregados com relação ao mercado de trabalho atual e futuro. A 17ª edição do ICRH, cujos dados também nos auxiliam nas reflexões apresentadas no Guia Salarial 2022 – que será lançado na próxima semana –, traz uma informação que chamou minha atenção: mais da metade dos entrevistados está incomodada, de alguma forma, com as atuais oportunidades de trabalho. Entre eles, 36% se dizem parcialmente satisfeitos, mas 16% assumem estar insatisfeitos.

Considero esse tema bastante sensível e determinante para o sucesso de qualquer negócio. Afinal, sabemos que, por mais que a tecnologia evolua, a mão de obra e a mente de um colaborador sempre serão peças fundamentais na engrenagem de uma organização. Até mesmo por isso, aqui, na Robert Half, a pesquisa de clima organizacional, junto com ações preventivas e corretivas para manter um clima saudável e acolhedor, está entre nossas prioridades anuais.

Para ampliar um pouco essa discussão, gostaria de destacar alguns dados do estudo:

Bom relacionamento com o gestor tem aumentado a satisfação

Ter bom relacionamento com o gestor direto é o fator que mais gera sentimento de satisfação nos colaboradores, como apontaram 41% dos entrevistados para o ICRH. O resultado não me surpreende, porque acredito que tendemos a trabalhar mais e melhor, quando temos um líder no qual confiamos, que nos inspire e ofereça condições para evoluir. Outros fatores citados com destaque na pesquisa foram: salário adequado (opinião de 38% dos entrevistados) e trabalhar com o que se gosta (35%).

Salário inadequado tem gerado sentimento de insatisfação

O salário atual, por sua vez, é o fator que lidera a lista dos motivos que justificam o sentimento de insatisfação. Nesse quesito, entendo que, principalmente em períodos mais desafiadores, algumas organizações têm dificuldade de oferecer valores atrativos. Mas é fundamental que a empresa, pelo menos, tenha a atenção de oferecer um pacote de remuneração compatível com o praticado pelas companhias do mesmo porte e área de atuação. Vale destacar que uma parcela dos profissionais insatisfeitos reclama da escassez de oportunidades de crescimento e de reconhecimento.

Seis boas práticas para elevar a satisfação do colaborador

Entendo que cada organização é um universo paralelo, no qual os colaboradores e o próprio negócio têm desejos, necessidades, expectativas e condições muito particulares. Porém, acredito que, de forma geral, a organização pode ajudar os profissionais a ter um motivo a mais para trabalhar ao:

1) Contratar com estratégia

Na contratação, é importante que haja sinergia do perfil do profissional com o da empresa, da vaga, do gestor e da equipe. Isso tanto em relação às habilidade técnicas quanto às comportamentais, pois uma contratação equivocada gera prejuízos financeiros, de produtividade e de engajamento.

2) Empoderar

No meu entender, para o bem de todos, a autonomia deve ser uma conquista. Mas, deforma geral, a empresa tem muito a ganhar, quando existe a possibilidade de extinguir a cultura de microgerenciamento. Em empresas e times maduros, o gestor oferece apoio, enquanto incentiva os membros da equipe a tomar decisões. Isso estimulará neles o senso de dono.

3) Valorizar

Reconheça as boas ideias e iniciativas, seja por meio de palavras, seja por gratificações. Mas, no momento do elogio, fuja de discursos vagos. É importante ser bastante específico, pois o profissional precisa saber em qual momento fez a coisa certa.

4) Ter um propósito

De que forma os produtos, os serviços ou as ações da sua organização melhoram a vida dos clientes? É fundamental que os colaboradores saibam disso, para poder internalizar as respostas e unir-se à empresa em prol dessa missão.

5) Respeitar

Dentro de uma organização, as pessoas querem ser reconhecidas pela capacidade de contribuir para o resultado dos negócios. Nada mais além disso. Mas, acima de tudo, desejam ser tratadas com justiça, igualdade e respeito.

6) Incentivar as relações interpessoais

As áreas e as posições nunca estiveram tão interconectadas. Por isso, principalmente considerando a ascensão do home office e a jornada rumo à popularização do trabalho híbrido, é muito importante criar ações e meios para que os colaboradores se conheçam, se aproximem, troquem informações, experiências e ajuda, em um ambiente presencial ou virtual.

Depois de mais de um ano de pandemia, período em que tivemos tantos altos e baixos na vida pessoal e profissional, este é um bom momento para avaliar nosso próprio nível de satisfação na empresa e o que é possível fazer para que ele seja melhor. Se você é gestor, estenda esse olhar mais atencioso também para o seu time. Lembre-se de que o sucesso da organização depende igualmente da felicidade das pessoas que nela trabalham.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento , no site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar .

Trimestralmente, desde 2017, o Índice de Confiança Robert Half mapeia o sentimento dos profissionais empregados e desempregados com relação ao mercado de trabalho atual e futuro. A 17ª edição do ICRH, cujos dados também nos auxiliam nas reflexões apresentadas no Guia Salarial 2022 – que será lançado na próxima semana –, traz uma informação que chamou minha atenção: mais da metade dos entrevistados está incomodada, de alguma forma, com as atuais oportunidades de trabalho. Entre eles, 36% se dizem parcialmente satisfeitos, mas 16% assumem estar insatisfeitos.

Considero esse tema bastante sensível e determinante para o sucesso de qualquer negócio. Afinal, sabemos que, por mais que a tecnologia evolua, a mão de obra e a mente de um colaborador sempre serão peças fundamentais na engrenagem de uma organização. Até mesmo por isso, aqui, na Robert Half, a pesquisa de clima organizacional, junto com ações preventivas e corretivas para manter um clima saudável e acolhedor, está entre nossas prioridades anuais.

Para ampliar um pouco essa discussão, gostaria de destacar alguns dados do estudo:

Bom relacionamento com o gestor tem aumentado a satisfação

Ter bom relacionamento com o gestor direto é o fator que mais gera sentimento de satisfação nos colaboradores, como apontaram 41% dos entrevistados para o ICRH. O resultado não me surpreende, porque acredito que tendemos a trabalhar mais e melhor, quando temos um líder no qual confiamos, que nos inspire e ofereça condições para evoluir. Outros fatores citados com destaque na pesquisa foram: salário adequado (opinião de 38% dos entrevistados) e trabalhar com o que se gosta (35%).

Salário inadequado tem gerado sentimento de insatisfação

O salário atual, por sua vez, é o fator que lidera a lista dos motivos que justificam o sentimento de insatisfação. Nesse quesito, entendo que, principalmente em períodos mais desafiadores, algumas organizações têm dificuldade de oferecer valores atrativos. Mas é fundamental que a empresa, pelo menos, tenha a atenção de oferecer um pacote de remuneração compatível com o praticado pelas companhias do mesmo porte e área de atuação. Vale destacar que uma parcela dos profissionais insatisfeitos reclama da escassez de oportunidades de crescimento e de reconhecimento.

Seis boas práticas para elevar a satisfação do colaborador

Entendo que cada organização é um universo paralelo, no qual os colaboradores e o próprio negócio têm desejos, necessidades, expectativas e condições muito particulares. Porém, acredito que, de forma geral, a organização pode ajudar os profissionais a ter um motivo a mais para trabalhar ao:

1) Contratar com estratégia

Na contratação, é importante que haja sinergia do perfil do profissional com o da empresa, da vaga, do gestor e da equipe. Isso tanto em relação às habilidade técnicas quanto às comportamentais, pois uma contratação equivocada gera prejuízos financeiros, de produtividade e de engajamento.

2) Empoderar

No meu entender, para o bem de todos, a autonomia deve ser uma conquista. Mas, deforma geral, a empresa tem muito a ganhar, quando existe a possibilidade de extinguir a cultura de microgerenciamento. Em empresas e times maduros, o gestor oferece apoio, enquanto incentiva os membros da equipe a tomar decisões. Isso estimulará neles o senso de dono.

3) Valorizar

Reconheça as boas ideias e iniciativas, seja por meio de palavras, seja por gratificações. Mas, no momento do elogio, fuja de discursos vagos. É importante ser bastante específico, pois o profissional precisa saber em qual momento fez a coisa certa.

4) Ter um propósito

De que forma os produtos, os serviços ou as ações da sua organização melhoram a vida dos clientes? É fundamental que os colaboradores saibam disso, para poder internalizar as respostas e unir-se à empresa em prol dessa missão.

5) Respeitar

Dentro de uma organização, as pessoas querem ser reconhecidas pela capacidade de contribuir para o resultado dos negócios. Nada mais além disso. Mas, acima de tudo, desejam ser tratadas com justiça, igualdade e respeito.

6) Incentivar as relações interpessoais

As áreas e as posições nunca estiveram tão interconectadas. Por isso, principalmente considerando a ascensão do home office e a jornada rumo à popularização do trabalho híbrido, é muito importante criar ações e meios para que os colaboradores se conheçam, se aproximem, troquem informações, experiências e ajuda, em um ambiente presencial ou virtual.

Depois de mais de um ano de pandemia, período em que tivemos tantos altos e baixos na vida pessoal e profissional, este é um bom momento para avaliar nosso próprio nível de satisfação na empresa e o que é possível fazer para que ele seja melhor. Se você é gestor, estenda esse olhar mais atencioso também para o seu time. Lembre-se de que o sucesso da organização depende igualmente da felicidade das pessoas que nela trabalham.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento , no site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar .

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