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Mudança de emprego: o que colocar na balança para acertar na escolha

Decidir mudar de emprego pode ser um marco na carreira, mas exige planejamento e análise criteriosa

Conseguir um novo emprego pode ser também a chance de ser mais feliz profissionalmente | VGstockstudio/Shutterstock /

Conseguir um novo emprego pode ser também a chance de ser mais feliz profissionalmente | VGstockstudio/Shutterstock /

Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 07h00.

Se o mercado de trabalho brasileiro para 2025 promete efervescência, é porque muitos profissionais estão dispostos a dar novos rumos às suas trajetórias.

Segundo dados da última edição do Índice de Confiança Robert Half, mais da metade dos trabalhadores manifestam a intenção de buscar um novo emprego. Esse movimento pode ser um reflexo de insatisfações com o ambiente de trabalho atual, busca por melhores condições financeiras ou até mesmo a necessidade de encontrar um alinhamento maior com valores pessoais.

Porém, mudar de emprego é uma decisão que deve ir além de um impulso momentâneo. É fundamental considerar fatores que minimizem riscos e maximizem as chances de acerto. Entre eles, destacam-se a análise da cultura organizacional, a estabilidade financeira da nova empresa e as perspectivas de crescimento na carreira.

Pesquisar essas questões é um investimento de tempo que pode evitar arrependimentos futuros. Outro ponto essencial é entender como as mudanças frequentes de emprego são percebidas pelo mercado. O conceito de “job hopping”, caracterizado por mudanças rápidas e sucessivas de trabalho, pode levantar questionamentos sobre a estabilidade do profissional. Isso não significa que não seja possível justificar transições com argumentos coerentes.

Cada experiência, se bem articulada, pode demonstrar adaptação, aprendizado e busca por desafios significativos. O que avaliar antes da decisão Tomar uma decisão assertiva exige equilíbrio entre razão e emoção. Aqui estão algumas dicas para quem está pensando em mudar de emprego:

● Pesquise sobre a nova empresa: Avalie a reputação da organização, sua cultura e o ambiente de trabalho. Consulte opiniões de ex-funcionários em plataformas confiáveis, como Glassdoor, e busque informações sobre sua saúde financeira;

● Alinhe objetivos profissionais e pessoais: Pergunte-se se a nova posição está em sintonia com suas metas de longo prazo. O cargo oferece oportunidades de crescimento e aprendizado? A rotina de trabalho respeitará seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

● Analise os benefícios além do salário: Remuneração competitiva é importante, mas benefícios como planos de saúde, flexibilidade de horários e programas de bem-estar podem fazer toda a diferença no dia a dia;

● Avalie o histórico de mudanças na carreira: Se você já fez transições recentes, tenha clareza sobre os motivos e prepare-se para comunicá-los de forma estratégica durante entrevistas ou conversas com recrutadores;

● Busque feedbacks honestos: Converse com mentores, colegas ou amigos confiáveis para obter perspectivas diferentes sobre sua intenção de mudança.

Trocar de emprego pode ser uma oportunidade de renovação pessoal e profissional, mas também exige que o profissional esteja preparado para os desafios da transição.

Quem investe tempo em planejamento não apenas aumenta as chances de acertar na escolha, mas também fortalece sua confiança diante do novo.

A mensagem final é clara: mudar faz parte da evolução, mas cada passo deve ser dado com segurança. Afinal, o mercado valoriza aqueles que sabem equilibrar ambição com responsabilidade. Seu futuro começa agora, está pronto para construí-lo?

Aqui, neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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