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Mercado financeiro em ebulição

*Por Fábio Saad Os profissionais do mercado financeiro já viveram melhores dias, principalmente quando o assunto é a remuneração variável, ou o famoso bônus. Em 2012 os executivos deste segmento sentiram no bolso a queda de aproximadamente 40% no pagamento do benefício e para 2013 a notícia novamente não é positiva. A queda esperada nos bônus é de 20%. A explicação para as seguidas quedas na remuneração variável dos profissionais […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 1 de março de 2013 às, 10h08.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h08.

*Por Fábio Saad

Os profissionais do mercado financeiro já viveram melhores dias, principalmente quando o assunto é a remuneração variável, ou o famoso bônus. Em 2012 os executivos deste segmento sentiram no bolso a queda de aproximadamente 40% no pagamento do benefício e para 2013 a notícia novamente não é positiva. A queda esperada nos bônus é de 20%.

A explicação para as seguidas quedas na remuneração variável dos profissionais da área é a redução da margem dos bancos em geral, com os estrangeiros muito impactados pela crise internacional, e os nacionais pela queda dos juros e aumento da Inadimplência. As operações mais afetadas foram as de atacado.

Do ponto de vista de recursos humanos, neste mercado é cada vez mais notória a insatisfação dos profissionais. Desde a crise mundial de 2009 a remuneração de uma forma geral saiu dos altos patamares e vem decrescendo ao logo dos anos, mas sem queda no volume de trabalho.

Apesar do incômodo, os profissionais não possuem muitas oportunidades para movimentação neste segmento, que é extremamente restrito. No entanto, cada vez mais é possível observar executivos deixando este mercado para empreender por conta própria ou em busca de transições para indústria e boutiques de investimento.

Há outra tendência no mercado financeiro de cada instituição focar nas operações mais rentáveis. Na prática isto significa algumas reduções de posições nos quadros. Longe de uma demissão em massa, mas sim uma reestruturação pontual, ou um “ajuste silencioso”.

Fabio Saad é gerente sênior das divisões de Finanças e Contabilidade e Mercado Financeiro da Robert Half