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‘Mad skills’: quais são as suas?

Empresas estão de olho em currículos com hobbies, esportes e outras atividades interessantes que tornam um profissional diferenciado

Fotógrafo: ter um lado B amplia nosso repertório de experiências e conhecimentos porque saímos do modo automático (Sua Carreira Sua Gestão/Divulgação)

Publicado em 21 de julho de 2023 às 08h30.

As tecnologias avançam, as empresas se transformam, os profissionais se reinventam, mas há qualidades que, faça chuva ou faça sol, nunca perdem a força, e aposto que nunca perderão. Criatividade, ousadia, senso de dono e espírito de equipe são algumas delas. A maioria das organizações aprecia esse tipo de atributo e precisa de times assim para se destacar da concorrência e alcançar bons resultados.

Não é por outro motivo que as chamadas mad skills vêm ganhando relevância na Europa e têm tudo para entrar na mira de empresas e de recrutadores por aqui. Vou detalhar os vários tipos de habilidades esperadas pelo mercado para mostrar do que se trata essa nova tendência. Embora as mad skills possam ser consideradas “vizinhas” das soft skills, elas não são a mesma coisa.

As hard skills são habilidades técnicas e acadêmicas adquiridas por meio da educação formal (graduação, pós, especialização, etc). As soft skills abrangem habilidades socioemocionais como empatia, escuta e resiliência, entre outros aspectos comportamentais que contribuem para cultivar boas relações interpessoais.

Já as mad skills, ou o que poderíamos chamar de habilidades fora de série, em português, envolvem a realização de hobbies e outras atividades interessantes que fazem um profissional ser diferente e especial de alguma maneira. Entram nessa categoria aqueles que se dedicam às artes (tocam em uma banda, participam de um grupo de escrita ou fazem stand-up, etc), aos esportes (futebol, skate, trilhas), ao voluntariado, às viagens, à gastronomia ou à produção de um podcast. O céu é o limite.

Note que essas iniciativas são frutos de escolhas individuais e espontâneas, ou seja, não foram impostas e não são cobradas por uma organização. Elas são movidas pela paixão, pelo interesse e por decisão dos próprios praticantes. Por isso, pela ótica de um recrutador, elas dizem muito sobre a personalidade e os potenciais de um candidato.

Alguém que faça teatro, por exemplo, pode ter facilidade para conduzir reuniões e apresentações. Um corredor de rua talvez apresente persistência e foco acima da média. Um fotógrafo amador deve buscar soluções com mais criatividade e sensibilidade. Uma fã de artesanato pode se sair bem em cargos que requerem concentração e improviso. E assim por diante.

Ter um lado B amplia nosso repertório de experiências e conhecimentos porque saímos do modo automático, exigido pela rotina, e entramos em contato com situações inusitadas, que proporcionam novos tipos de aprendizado. Assim, ganhamos não apenas mais recursos, mas recursos “fora da caixa” para lidar com os desafios do trabalho.

Hobbies também aumentam produtividade

Não bastassem as vantagens de hobbies e similares para incrementar o currículo e se sobressair em um processo de seleção, as atividades extraprofissionais também ajudam a melhorar a produtividade. Existem até pesquisas comprovando esse fato.

A seguir, cito os principais motivos para as atividades praticadas no tempo livre impactarem positivamente nossa performance no horário comercial:

Seja qual for o lado B escolhido, o principal é lembrar que todo bom profissional precisa criar mecanismos para compensar o peso das demandas e das dificuldades enfrentadas no trabalho. A boa notícia é que esse autocuidado também conta, e muito, para tornar o currículo mais atraente e a performance, mais afiada.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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As tecnologias avançam, as empresas se transformam, os profissionais se reinventam, mas há qualidades que, faça chuva ou faça sol, nunca perdem a força, e aposto que nunca perderão. Criatividade, ousadia, senso de dono e espírito de equipe são algumas delas. A maioria das organizações aprecia esse tipo de atributo e precisa de times assim para se destacar da concorrência e alcançar bons resultados.

Não é por outro motivo que as chamadas mad skills vêm ganhando relevância na Europa e têm tudo para entrar na mira de empresas e de recrutadores por aqui. Vou detalhar os vários tipos de habilidades esperadas pelo mercado para mostrar do que se trata essa nova tendência. Embora as mad skills possam ser consideradas “vizinhas” das soft skills, elas não são a mesma coisa.

As hard skills são habilidades técnicas e acadêmicas adquiridas por meio da educação formal (graduação, pós, especialização, etc). As soft skills abrangem habilidades socioemocionais como empatia, escuta e resiliência, entre outros aspectos comportamentais que contribuem para cultivar boas relações interpessoais.

Já as mad skills, ou o que poderíamos chamar de habilidades fora de série, em português, envolvem a realização de hobbies e outras atividades interessantes que fazem um profissional ser diferente e especial de alguma maneira. Entram nessa categoria aqueles que se dedicam às artes (tocam em uma banda, participam de um grupo de escrita ou fazem stand-up, etc), aos esportes (futebol, skate, trilhas), ao voluntariado, às viagens, à gastronomia ou à produção de um podcast. O céu é o limite.

Note que essas iniciativas são frutos de escolhas individuais e espontâneas, ou seja, não foram impostas e não são cobradas por uma organização. Elas são movidas pela paixão, pelo interesse e por decisão dos próprios praticantes. Por isso, pela ótica de um recrutador, elas dizem muito sobre a personalidade e os potenciais de um candidato.

Alguém que faça teatro, por exemplo, pode ter facilidade para conduzir reuniões e apresentações. Um corredor de rua talvez apresente persistência e foco acima da média. Um fotógrafo amador deve buscar soluções com mais criatividade e sensibilidade. Uma fã de artesanato pode se sair bem em cargos que requerem concentração e improviso. E assim por diante.

Ter um lado B amplia nosso repertório de experiências e conhecimentos porque saímos do modo automático, exigido pela rotina, e entramos em contato com situações inusitadas, que proporcionam novos tipos de aprendizado. Assim, ganhamos não apenas mais recursos, mas recursos “fora da caixa” para lidar com os desafios do trabalho.

Hobbies também aumentam produtividade

Não bastassem as vantagens de hobbies e similares para incrementar o currículo e se sobressair em um processo de seleção, as atividades extraprofissionais também ajudam a melhorar a produtividade. Existem até pesquisas comprovando esse fato.

A seguir, cito os principais motivos para as atividades praticadas no tempo livre impactarem positivamente nossa performance no horário comercial:

Seja qual for o lado B escolhido, o principal é lembrar que todo bom profissional precisa criar mecanismos para compensar o peso das demandas e das dificuldades enfrentadas no trabalho. A boa notícia é que esse autocuidado também conta, e muito, para tornar o currículo mais atraente e a performance, mais afiada.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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