Lições de 2023
Ano deixa valiosos aprendizados para lidar com os principais desafios do mercado de trabalho na atualidade
Colunista
Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 08h00.
Todo ano que termina inspira uma reação quase automática nas pessoas de olhar para trás e lembrar dos acontecimentos mais marcantes, sejam eles positivos ou negativos. No universo corporativo esse movimento reflexivo vale ouro, pois serve de base para o planejamento de ajustes e de mudanças por parte de empregados e empregadores a fim de melhorias e evolução.
Entre tantos desafios e novidades do mercado de trabalho ao longo de 2023, selecionei os temas que me pareceram mais relevantes e devem permanecer como pontos de atenção durante 2024. Confira:
- oportunidade de crescimento – no início de 2023, o Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) detectou que quase 50% dos trabalhadores pretendiam procurar um novo emprego durante o ano. A remuneração não era a principal razão. A imensa maioria (72%) estava em busca de melhores oportunidades de crescimento. Esse anseio certamente continuará em alta e pode provocar movimentações, já que a economia está reaquecendo e se tornando mais favorável às mudanças;
- modelo de trabalho flexível – apesar do movimento de retorno das empresas ao trabalho presencial, os profissionais ainda sonham com a possibilidade do trabalho híbrido. A falta de flexibilidade é capaz de acarretar pedidos de demissão e mudanças de emprego e de carreira, em nome de se conquistar mais qualidade de vida, saúde mental e bem-estar. As organizações que oferecem essa alternativa são as mais desejadas, admiradas e reconhecidas pelos profissionais;
- diversidade, equidade e inclusão – a cada ano haverá mais pressão e expectativa para que as minorias sociais sejam contratadas, respeitadas e valorizadas dentro das companhias. Prevenir e combater o preconceito contra mulheres, LGBTQIA+, pretos, 50+, pessoas com deficiência, entre outros, é uma missão importante das empresas e impacta fortemente sua reputação junto ao público interno e externo;
- gestão emocional – Colaboradores felizes são mais produtivos, inovadores e criativos, cooperativos com colegas de equipe, leais à empresa e costumam superar as expectativas e metas estabelecidas. Apostar em iniciativas dedicadas a aprimorar a inteligência emocional dos funcionários é urgente. Os líderes, por sua vez, devem ser exemplos de empatia, sensatez, ética, entre outras qualidades;
- liderança 4.0 – a transformação digital não para e os profissionais que almejam postos de comando precisam estar com as tech skills sempre em dia, mesmo que não sejam da área de TI. Valorizar apenas as soft skills é um erro comum, que pode atrapalhar a conquista de bons resultados e emperrar a ascensão na carreira;
- felicidade - uma pesquisa conduzida pela Robert Half, em parceria com a The School of Life Brasil , revelou que “não se sentir feliz no trabalho” foi o principal motivo para que 44% dos 100 profissionais entrevistados pedissem demissão voluntariamente. O número alerta para a necessidade de se investir em um ambiente de trabalho positivo, leve e saudável;
- educação continuada – ela é o pulo do gato para lidar com os impactos e as oportunidades advindos da transformação digital . A inteligência artificial e outros avanços tecnológicos exigem que os profissionais estejam constantemente enriquecendo seu arsenal de conhecimento e de experiência. Certas qualidades humanas sempre serão insubstituíveis, mas é preciso cultivá-las;
- movimentos dos trabalhadores – termos como quietquitting , grumpystaying e lazygirljobs não são apenas modismos, mas a expressão de uma profunda frustração dos profissionais com a vida corporativa. De acordo com a 23ª edição do ICRH, esses movimentos respondem a problemas como falta de reconhecimento, uma relação pouco saudável com o trabalho e insatisfação com o superior imediato. Cabe aos líderes refletirem sobre essas questões e proporem mudanças.
Desemprego em baixa, controle de gastos fiscais, taxas de juros em queda e economia mais dinâmica são boas notícias de 2023 que tornam 2024 umano promissor. Porém, não podemos subestimar os inevitáveis imprevistos e dificuldades que fazem parte do jogo. Para se prevenir contra revezes e aproveitar o bom momento, há apenas uma receita: aprimorar-se continuamente e planejar-se para atingir seus objetivos, seja enquanto empregado ou empregador. Feliz ano novo a todos!
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
Todo ano que termina inspira uma reação quase automática nas pessoas de olhar para trás e lembrar dos acontecimentos mais marcantes, sejam eles positivos ou negativos. No universo corporativo esse movimento reflexivo vale ouro, pois serve de base para o planejamento de ajustes e de mudanças por parte de empregados e empregadores a fim de melhorias e evolução.
Entre tantos desafios e novidades do mercado de trabalho ao longo de 2023, selecionei os temas que me pareceram mais relevantes e devem permanecer como pontos de atenção durante 2024. Confira:
- oportunidade de crescimento – no início de 2023, o Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) detectou que quase 50% dos trabalhadores pretendiam procurar um novo emprego durante o ano. A remuneração não era a principal razão. A imensa maioria (72%) estava em busca de melhores oportunidades de crescimento. Esse anseio certamente continuará em alta e pode provocar movimentações, já que a economia está reaquecendo e se tornando mais favorável às mudanças;
- modelo de trabalho flexível – apesar do movimento de retorno das empresas ao trabalho presencial, os profissionais ainda sonham com a possibilidade do trabalho híbrido. A falta de flexibilidade é capaz de acarretar pedidos de demissão e mudanças de emprego e de carreira, em nome de se conquistar mais qualidade de vida, saúde mental e bem-estar. As organizações que oferecem essa alternativa são as mais desejadas, admiradas e reconhecidas pelos profissionais;
- diversidade, equidade e inclusão – a cada ano haverá mais pressão e expectativa para que as minorias sociais sejam contratadas, respeitadas e valorizadas dentro das companhias. Prevenir e combater o preconceito contra mulheres, LGBTQIA+, pretos, 50+, pessoas com deficiência, entre outros, é uma missão importante das empresas e impacta fortemente sua reputação junto ao público interno e externo;
- gestão emocional – Colaboradores felizes são mais produtivos, inovadores e criativos, cooperativos com colegas de equipe, leais à empresa e costumam superar as expectativas e metas estabelecidas. Apostar em iniciativas dedicadas a aprimorar a inteligência emocional dos funcionários é urgente. Os líderes, por sua vez, devem ser exemplos de empatia, sensatez, ética, entre outras qualidades;
- liderança 4.0 – a transformação digital não para e os profissionais que almejam postos de comando precisam estar com as tech skills sempre em dia, mesmo que não sejam da área de TI. Valorizar apenas as soft skills é um erro comum, que pode atrapalhar a conquista de bons resultados e emperrar a ascensão na carreira;
- felicidade - uma pesquisa conduzida pela Robert Half, em parceria com a The School of Life Brasil , revelou que “não se sentir feliz no trabalho” foi o principal motivo para que 44% dos 100 profissionais entrevistados pedissem demissão voluntariamente. O número alerta para a necessidade de se investir em um ambiente de trabalho positivo, leve e saudável;
- educação continuada – ela é o pulo do gato para lidar com os impactos e as oportunidades advindos da transformação digital . A inteligência artificial e outros avanços tecnológicos exigem que os profissionais estejam constantemente enriquecendo seu arsenal de conhecimento e de experiência. Certas qualidades humanas sempre serão insubstituíveis, mas é preciso cultivá-las;
- movimentos dos trabalhadores – termos como quietquitting , grumpystaying e lazygirljobs não são apenas modismos, mas a expressão de uma profunda frustração dos profissionais com a vida corporativa. De acordo com a 23ª edição do ICRH, esses movimentos respondem a problemas como falta de reconhecimento, uma relação pouco saudável com o trabalho e insatisfação com o superior imediato. Cabe aos líderes refletirem sobre essas questões e proporem mudanças.
Desemprego em baixa, controle de gastos fiscais, taxas de juros em queda e economia mais dinâmica são boas notícias de 2023 que tornam 2024 umano promissor. Porém, não podemos subestimar os inevitáveis imprevistos e dificuldades que fazem parte do jogo. Para se prevenir contra revezes e aproveitar o bom momento, há apenas uma receita: aprimorar-se continuamente e planejar-se para atingir seus objetivos, seja enquanto empregado ou empregador. Feliz ano novo a todos!
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar