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Liberdade e produtividade caminham juntas

O Dia Internacional do Orgulho nos convida a lembrar que a inclusão melhora a satisfação e o desempenho dos profissionais

Inclusão: as lideranças têm papel central nos avanços ligados à diversidade e na construção de um ambiente mais saudável, física e emocionalmente. (shutterstock/Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2022 às 16h13.

Por Fernando Mantovani*

Em 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, já bastante conhecido pela realização de grandes eventos públicos em vários países. Seu significado, porém, extrapola os limites de uma comemoração festiva. A escolha da data tem a ver com o dia em que um levante aconteceu em Nova York, em 1969. Naquela ocasião, a comunidade gay se rebelou contra a violência policial, que resultava em perseguições e prisões de pessoas por elas terem uma orientação sexual considerada indesejável. De lá para cá, o ativismo ligado à causa cresceu em todo o mundo, para garantir e ampliar os direitos de todos os gêneros.

É importante destacar a história da data e lembrar que o trabalho foi, e é, um dos principais fatores de inclusão social de um adulto. Cada vez mais atentas à opinião pública e aos avanços da legislação, as empresas vêm se conscientizando sobre a necessidade de incentivar a diversidade em seus quadros profissionais. Organizações insensíveis a essa realidade não raramente afastam e perdem talentos, por ser identificadas como retrógradas, pouco empáticas e até mesmo contra as leis trabalhistas, que têm o dever de assegurar oportunidades iguais a todos.

No Guia Salarial 2022, estudamos o tema Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), para verificar como as corporações têm lidado com ele na prática. Descobrimos que 42% das empresas entrevistadas investem em treinamento e educação ligados à DEI e que 36% do total ouvido trabalha em parceria com organizações que apoiam o tema. Identificamos também que as empresas estão mais assertivas quanto a políticas e projetos que promovam a DEI, aprimorando desde sua elaboração até a mensuração e divulgação dos resultados obtidos.

O estudo também detectou os vários benefícios de manter práticas relacionadas à DEI. Para 51% das empresas que participaram do estudo, esse tipo de iniciativa impacta positivamente na cultura empresarial. Já a melhora na produtividade foi apontada por 41% dos entrevistados. Ainda de acordo com 40% das corporações ouvidas, as práticas de diversidade e inclusão ampliam as oportunidades, e 38% as percebem como propulsoras de inovação e de boas ideias. A imagem e a credibilidade da organização saem ganhando em função da DEI, para 36% dos entrevistados. E, conforme a opinião de 30% das organizações, o tema contribui para atrair investidores.

Gosto sempre de ressaltar que promover a diversidade e a inclusão é bom para todos, não apenas para os grupos incluídos. O motivo é muito simples. Um ambiente inclusivo, onde mais tipos de perfis são aceitos e valorizados, tende a ser mais flexível, criativo, transparente e humano com os funcionários de modo geral. Imagine, agora, onde os profissionais preferem trabalhar? Em uma empresa mais aberta e moderna ou em uma empresa mais restritiva e tradicional? Ser feliz no trabalho faz muita diferença

Ficou para trás o tempo em que trabalho era sinônimo de sacrifício e sofrimento. Hoje, espera-se que uma ocupação profissional seja fonte não apenas de renda, mas também de satisfação, aprendizado, boas relações, experiências variadas, entre outros aspectos que tornam a vida melhor e mais interessante. Afinal, passamos boa parte da nossa existência trabalhando.

Empresas preocupadas em oferecer bem-estar, segurança e qualidade de vida, por meio da DEI e de outras ações, contribuem para a felicidade dos funcionários e colhem diversos resultados positivos. Elenco abaixo alguns dos principais benefícios de sentir-se bem no ambiente profissional:

1) Permanência no emprego – Os colaboradores ficam mais tempo na mesma empresa, reduzindo os custos e os desgastes provocados pela alta rotatividade.

2) Compromisso com objetivos Aumenta o nível de engajamento dos times com a organização, com suas crenças, valores e metas.

3) Inovação e criatividade Com o entusiasmo em alta, soluções e abordagens novas têm espaço para emergir.

4) Saúde – A felicidade melhora o sistema imunológico, reduz os casos de absenteísmo por cansaço e doenças.

As lideranças têm papel central nos avanços ligados à DEI e na construção de um ambiente mais saudável, física e emocionalmente. Os líderes influem não apenas nos rumos da empresa, mas também no humor e na disposição dos colaboradores. Respeitar e valorizar a liberdade de as pessoas ser quem realmente são é uma ótima forma de reduzir o nível de estresse e aumentar a satisfação de todos.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

Por Fernando Mantovani*

Em 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, já bastante conhecido pela realização de grandes eventos públicos em vários países. Seu significado, porém, extrapola os limites de uma comemoração festiva. A escolha da data tem a ver com o dia em que um levante aconteceu em Nova York, em 1969. Naquela ocasião, a comunidade gay se rebelou contra a violência policial, que resultava em perseguições e prisões de pessoas por elas terem uma orientação sexual considerada indesejável. De lá para cá, o ativismo ligado à causa cresceu em todo o mundo, para garantir e ampliar os direitos de todos os gêneros.

É importante destacar a história da data e lembrar que o trabalho foi, e é, um dos principais fatores de inclusão social de um adulto. Cada vez mais atentas à opinião pública e aos avanços da legislação, as empresas vêm se conscientizando sobre a necessidade de incentivar a diversidade em seus quadros profissionais. Organizações insensíveis a essa realidade não raramente afastam e perdem talentos, por ser identificadas como retrógradas, pouco empáticas e até mesmo contra as leis trabalhistas, que têm o dever de assegurar oportunidades iguais a todos.

No Guia Salarial 2022, estudamos o tema Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), para verificar como as corporações têm lidado com ele na prática. Descobrimos que 42% das empresas entrevistadas investem em treinamento e educação ligados à DEI e que 36% do total ouvido trabalha em parceria com organizações que apoiam o tema. Identificamos também que as empresas estão mais assertivas quanto a políticas e projetos que promovam a DEI, aprimorando desde sua elaboração até a mensuração e divulgação dos resultados obtidos.

O estudo também detectou os vários benefícios de manter práticas relacionadas à DEI. Para 51% das empresas que participaram do estudo, esse tipo de iniciativa impacta positivamente na cultura empresarial. Já a melhora na produtividade foi apontada por 41% dos entrevistados. Ainda de acordo com 40% das corporações ouvidas, as práticas de diversidade e inclusão ampliam as oportunidades, e 38% as percebem como propulsoras de inovação e de boas ideias. A imagem e a credibilidade da organização saem ganhando em função da DEI, para 36% dos entrevistados. E, conforme a opinião de 30% das organizações, o tema contribui para atrair investidores.

Gosto sempre de ressaltar que promover a diversidade e a inclusão é bom para todos, não apenas para os grupos incluídos. O motivo é muito simples. Um ambiente inclusivo, onde mais tipos de perfis são aceitos e valorizados, tende a ser mais flexível, criativo, transparente e humano com os funcionários de modo geral. Imagine, agora, onde os profissionais preferem trabalhar? Em uma empresa mais aberta e moderna ou em uma empresa mais restritiva e tradicional? Ser feliz no trabalho faz muita diferença

Ficou para trás o tempo em que trabalho era sinônimo de sacrifício e sofrimento. Hoje, espera-se que uma ocupação profissional seja fonte não apenas de renda, mas também de satisfação, aprendizado, boas relações, experiências variadas, entre outros aspectos que tornam a vida melhor e mais interessante. Afinal, passamos boa parte da nossa existência trabalhando.

Empresas preocupadas em oferecer bem-estar, segurança e qualidade de vida, por meio da DEI e de outras ações, contribuem para a felicidade dos funcionários e colhem diversos resultados positivos. Elenco abaixo alguns dos principais benefícios de sentir-se bem no ambiente profissional:

1) Permanência no emprego – Os colaboradores ficam mais tempo na mesma empresa, reduzindo os custos e os desgastes provocados pela alta rotatividade.

2) Compromisso com objetivos Aumenta o nível de engajamento dos times com a organização, com suas crenças, valores e metas.

3) Inovação e criatividade Com o entusiasmo em alta, soluções e abordagens novas têm espaço para emergir.

4) Saúde – A felicidade melhora o sistema imunológico, reduz os casos de absenteísmo por cansaço e doenças.

As lideranças têm papel central nos avanços ligados à DEI e na construção de um ambiente mais saudável, física e emocionalmente. Os líderes influem não apenas nos rumos da empresa, mas também no humor e na disposição dos colaboradores. Respeitar e valorizar a liberdade de as pessoas ser quem realmente são é uma ótima forma de reduzir o nível de estresse e aumentar a satisfação de todos.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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