Existe um gargalo de liderança no Brasil?
Os dados macroeconômicos não são exatamente os mais animadores: com um PIB projetado de aproximadamente 2,5%, boa parte do mercado acredita que poderíamos crescer mais no ano de 2013. Não é um cenário preocupante, principalmente se levarmos em conta um dado hoje invejável para grande parte do mundo desenvolvido: uma taxa de desemprego baixíssima, que se enquadra no que chamamos de pleno emprego. Quanto mais nos aproximamos do topo da […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 07h10.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h45.
Os dados macroeconômicos não são exatamente os mais animadores: com um PIB projetado de aproximadamente 2,5%, boa parte do mercado acredita que poderíamos crescer mais no ano de 2013. Não é um cenário preocupante, principalmente se levarmos em conta um dado hoje invejável para grande parte do mundo desenvolvido: uma taxa de desemprego baixíssima, que se enquadra no que chamamos de pleno emprego.
Quanto mais nos aproximamos do topo da pirâmide, porém, menor é essa taxa de desemprego. A conta é simples. Quanto maiores a escolaridade, especialização e experiência, mais alta a chance de estar bem inserido no mercado. Nesse sentido, o Brasil ainda sofre e provavelmente continuará sofrendo por alguns anos com a escassez de talentos no topo.
Poucas empresas possuem líderes preparados para assumir seus desafios de gestão. E o mais grave é que muitas delas não costumam se preocupar em preparar esses líderes. A sucessão é um dos grandes desafios do mundo corporativo hoje e, como consultoria de recrutamento, percebemos isso no nosso dia a dia. Não são poucas as companhias que procuram líderes para ocupar rapidamente vagas que abriram repentinamente pela saída de um executivo. O Brasil é um dos líderes mundiais em rotatividade de profissionais, e além de não conseguir reter seus talentos, as empresas sofrem para formar novos gestores com a velocidade que precisam.
Do ponto de vista do recrutamento, esse gargalo de liderança é uma oportunidade, mas também um desafio. Além de buscarem profissionais com perfis excepcionais, as empresas também querem contratar com rapidez – e isso estimula ainda mais a chamada inflação salarial e a já conhecida guerra por talentos. No fim das contas, a rotatividade de profissionais é alimentada por esse sistema de baixa velocidade de formação e alta demanda por líderes. Um PIB mais alto ou um crescimento mais agressivo, apesar de desejáveis, poderiam causar problemas ainda mais graves.
Os dados macroeconômicos não são exatamente os mais animadores: com um PIB projetado de aproximadamente 2,5%, boa parte do mercado acredita que poderíamos crescer mais no ano de 2013. Não é um cenário preocupante, principalmente se levarmos em conta um dado hoje invejável para grande parte do mundo desenvolvido: uma taxa de desemprego baixíssima, que se enquadra no que chamamos de pleno emprego.
Quanto mais nos aproximamos do topo da pirâmide, porém, menor é essa taxa de desemprego. A conta é simples. Quanto maiores a escolaridade, especialização e experiência, mais alta a chance de estar bem inserido no mercado. Nesse sentido, o Brasil ainda sofre e provavelmente continuará sofrendo por alguns anos com a escassez de talentos no topo.
Poucas empresas possuem líderes preparados para assumir seus desafios de gestão. E o mais grave é que muitas delas não costumam se preocupar em preparar esses líderes. A sucessão é um dos grandes desafios do mundo corporativo hoje e, como consultoria de recrutamento, percebemos isso no nosso dia a dia. Não são poucas as companhias que procuram líderes para ocupar rapidamente vagas que abriram repentinamente pela saída de um executivo. O Brasil é um dos líderes mundiais em rotatividade de profissionais, e além de não conseguir reter seus talentos, as empresas sofrem para formar novos gestores com a velocidade que precisam.
Do ponto de vista do recrutamento, esse gargalo de liderança é uma oportunidade, mas também um desafio. Além de buscarem profissionais com perfis excepcionais, as empresas também querem contratar com rapidez – e isso estimula ainda mais a chamada inflação salarial e a já conhecida guerra por talentos. No fim das contas, a rotatividade de profissionais é alimentada por esse sistema de baixa velocidade de formação e alta demanda por líderes. Um PIB mais alto ou um crescimento mais agressivo, apesar de desejáveis, poderiam causar problemas ainda mais graves.