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Executivos Nimby: você já ouviu falar?

O termo define os executivos resistentes às mudanças, que não sentem necessidade de ir adiante ou que querem manter a sua “zona de conforto”

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Publicado em 23 de março de 2018 às 08h00.

Última atualização em 23 de março de 2018 às 08h00.

Você já ouviu falar da expressão “Not In My Back Yard” (Não no meu quintal, em inglês)? Originalmente utilizada em Arquitetura e Urbanismo nos Estados Unidos para definir pessoas ou instituições que se opõem a construções, modificações próximas de sua casa, no seu bairro, querendo sempre que tudo permaneça como está – ou que não interfira em sua rotina – o Nimby já está presente no mundo corporativo, definindo os executivos resistentes às mudanças, que não sentem necessidade de ir adiante ou que querem manter a sua “zona de conforto”.

O engraçado é que, normalmente, as pessoas com esse perfil querem ver a mudança nos outros. Exigem que seus colaboradores inovem, pensem fora da caixa, corram atrás de resultados, enquanto eles permanecem lá, agarrados a fórmulas e métodos pré-concebidos. É mais ou menos aquela pessoa que exige dos outros um comportamento que não tem. Lembra quando falamos de liderar pelo exemplo? É basicamente o contrário. É aquele gestor que exige novas ideias, mas que, na hora de tomar decisão, segue sempre antigos paradigmas.

Em time que está ganhando não se mexe?

Quando questionados sobre novas maneiras de fazer uma atividade, os avessos às mudanças tendem a responder algo como “sempre foi feito assim”, “desde que eu cheguei aqui, esse é o processo”. E tudo pode realmente estar dando certo, mas certamente essa não deve ser a atitude de um líder. Achar que tudo está bem e que basta manter o status quo para continuar obtendo sucesso é o primeiro passo para o fracasso, pois se você não tiver visão de futuro, certamente seus concorrentes terão e não vai demorar muito para que eles te alcancem. Sabe a história de que “em time que está ganhando não se mexe”? Em um mundo em constante transformação, não precisar – ou não querer - mexer em processos, na empresa ou na equipe é um erro que pode custar muito caro à organização.

Nesse sentido, estar aberto a mudanças deixa de ser uma qualidade desejável para se tornar imprescindível não só para os executivos, mas para todos em uma empresa. Essa é, inclusive, uma das habilidades comportamentais mais exigidas em processos seletivos.

Como já disse Leon C. Megginson, autor de diversos livros de Administração, Management e Recursos Humanos, "não é o mais forte quem sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças".

Você é uma pessoa Nimby? Pense nisso!

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

Você já ouviu falar da expressão “Not In My Back Yard” (Não no meu quintal, em inglês)? Originalmente utilizada em Arquitetura e Urbanismo nos Estados Unidos para definir pessoas ou instituições que se opõem a construções, modificações próximas de sua casa, no seu bairro, querendo sempre que tudo permaneça como está – ou que não interfira em sua rotina – o Nimby já está presente no mundo corporativo, definindo os executivos resistentes às mudanças, que não sentem necessidade de ir adiante ou que querem manter a sua “zona de conforto”.

O engraçado é que, normalmente, as pessoas com esse perfil querem ver a mudança nos outros. Exigem que seus colaboradores inovem, pensem fora da caixa, corram atrás de resultados, enquanto eles permanecem lá, agarrados a fórmulas e métodos pré-concebidos. É mais ou menos aquela pessoa que exige dos outros um comportamento que não tem. Lembra quando falamos de liderar pelo exemplo? É basicamente o contrário. É aquele gestor que exige novas ideias, mas que, na hora de tomar decisão, segue sempre antigos paradigmas.

Em time que está ganhando não se mexe?

Quando questionados sobre novas maneiras de fazer uma atividade, os avessos às mudanças tendem a responder algo como “sempre foi feito assim”, “desde que eu cheguei aqui, esse é o processo”. E tudo pode realmente estar dando certo, mas certamente essa não deve ser a atitude de um líder. Achar que tudo está bem e que basta manter o status quo para continuar obtendo sucesso é o primeiro passo para o fracasso, pois se você não tiver visão de futuro, certamente seus concorrentes terão e não vai demorar muito para que eles te alcancem. Sabe a história de que “em time que está ganhando não se mexe”? Em um mundo em constante transformação, não precisar – ou não querer - mexer em processos, na empresa ou na equipe é um erro que pode custar muito caro à organização.

Nesse sentido, estar aberto a mudanças deixa de ser uma qualidade desejável para se tornar imprescindível não só para os executivos, mas para todos em uma empresa. Essa é, inclusive, uma das habilidades comportamentais mais exigidas em processos seletivos.

Como já disse Leon C. Megginson, autor de diversos livros de Administração, Management e Recursos Humanos, "não é o mais forte quem sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças".

Você é uma pessoa Nimby? Pense nisso!

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

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