Eternos aprendizes
Investir no reskilling e upskilling é importante para se manter competitivo e alinhado às expectativas de um mercado cada vez mais desafiador
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às, 07h00.
No final do mês, em 24 de janeiro, é comemorado o Dia Internacional da Educação. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de lembrar da importância da educação na promoção da paz e no desenvolvimento de todos os povos. Nada mais verdadeiro.
A educação traz muito mais do que conhecimento e sabedoria. Ela abre portas para conquistarmos mais qualidade de vida e bem-estar individual e coletivamente. Não é à toa que nos países em que o nível de instrução da população é alto há mais prosperidade, saúde e segurança.
Em um mundo que não para de se transformar, ter a atitude de eterno aprendiz é uma questão de sobrevivência. A capacidade de assimilar novas tecnologias, mentalidades e aptidões técnicas e comportamentais faz toda a diferença e fará cada vez mais. Mais do que saber tudo (o que é inviável), é fundamental saber aprender.
É importante também ter em mente a situação do mercado de trabalho para os profissionais qualificados. Uma pesquisa realizada pela Robert Half, em parceria com a Fundação Dom Cabral, detectou que 42% das vagas não são ocupadas porque os recrutadores não encontram trabalhadores com os requisitos necessários.
Apostar no lifelong learning (aprendizado contínuo) é a solução para se diferenciar e conquistar boas posições. Um estudo do Fórum Mundial Econômico elencou as habilidades mais esperadas dos trabalhadores em 2025. Entre elas estão pensamento analítico, liderança, criatividade, estratégias de aprendizado, iniciativa, resiliência, design de tecnologia e flexibilidade.
Para os que desejam trilhar o caminho do aprendizado contínuo, um bom começo é entender os conceitos de reskilling e upskilling. O reskilling envolve a aquisição de novas habilidades e competências, mirando uma nova área de atuação. É o caso de alguém de marketing que deseja atuar no setor de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) ou de um profissional do setor jurídico que planeja migrar para o comercial.
Já o upskilling é o aprimoramento de habilidades e competências relevantes para a área em que já se atua. É comum que uma mudança de cenário apresse esse movimento. Novas tecnologias, novos tributos e leis, e novos processos, de forma geral, são exemplos de situações que podem exigir a renovação da bagagem técnica e comportamental.
O reskilling e upskilling provocam um saudável círculo virtuoso para empregados e para empregadores que ajudam seus times a investirem nesse processo. Trabalhadores que aprendem e sabem mais tornam-se mais produtivos, motivados e vinculados à empresa.
Avaliação de desempenho completa aprimoramento
Outra ferramenta aliada da educação continuada é a avaliação de desempenho. Informações valiosas para o desenvolvimento profissional são obtidas por meio de um feedback. A partir dele, um funcionário passa a ter mais clareza sobre suas próprias características (pontos fortes e fracos) bem como sobre o tipo de solução ideal (curso de especialização, pós, um novo idioma, terapia, etc) para alcançar melhorias na performance.
O aprendizado contínuo é um investimento com retorno certo: o aprimoramento profissional. Ele ainda traz a vantagem de melhorar a rede de contatos, facilitar o acesso a informações do mercado e abrir novas perspectivas e oportunidades. Comece o quanto antes!
Aqui, neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks.
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar