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ESG é oportunidade para todos

O tema abre espaço para contratação de profissionais especializados e reforça a estratégia de atração e retenção de talentos das empresas

(Khanchit Khirisutchalual/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2022 às 09h31.

Por Fernando Mantovani*

Em um mundo cada vez mais consciente sobre a urgência de resolver graves questões sociais e ambientais, as práticas ESG (Environmental, Social and Governance) se apresentam, felizmente, como um caminho sem volta. Elas servem de critério de avaliação das empresas nas bolsas de valores, estão no dia a dia de várias companhias e são um fator importante de atração e de retenção de talentos. Mesmo as organizações que ainda não adotaram o ESG (e são muitas), têm ele no radar ou vêm ouvindo falarem mais a respeito.

A relevância do ESG vai além dos temas que ele compreende, como diversidade, inclusão, preservação do meio ambiente, ética, transparência, entre outros . Uma organização que segue essa cartilha demonstra ter uma cultura corporativa sólida, inspirando reconhecimento e admiração do público, de funcionários, de clientes, de fornecedores, entre outros stakeholders. É a famosa empresa onde todos querem trabalhar, pois ela agrega valor ao currículo, carreira e à vida. A cultura corporativa, de modo bem resumido, é o que aglutina e engaja os colaboradores em torno dos mesmos objetivos e esforços. Por isso ela faz tanta diferença. De acordo com o Guia Salarial 2023 da Robert Half, que reúne fontes de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento, 78% das empresas notaram que os times se importaram mais com a cultura corporativa nos últimos 12 meses. E 90% delas, ou seja, quase todas, dizem ter ciência de que uma cultura corporativa forte é essencial para atrair e reter profissionais talentosos. Para os profissionais, por sua vez, o tema ESG vem ganhando destaque. Ele orienta tanto a busca por um emprego quanto a aceitação de uma oferta de trabalho. O Guia Salarial identificou que o assunto DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) é citado por 48% dos candidatos que passam por um processo de recrutamento. Ética e valores corporativos aparecem em 47% das entrevistas de emprego e as fontes de financiamento ou investimentos são objeto de interesse de 38% dos candidatos a uma vaga.

Apesar desse cenário, as organizações que traduzem a cultura corporativa e o ESG em iniciativas concretas, são minoria. Segundo o Guia, apenas 31% das empresas entrevistadas promovem seus valores e ética para atrair profissionais. E somente 34% buscam aprimorar a cultura corporativa como estratégia de retenção de funcionários.

Treinamentos de viés inconsciente são a ação de ESG mais comum, sendo feita por 41% das empresas. Já a contratação de profissionais com foco em ESG ou DEI é realidade entre 30% das companhias ouvidas pelo Guia. Desafios do ESG geram vagas e vantagem competitiva

Como se vê, há inúmeros desafios pela frente. Porém, esses mesmos desafios são uma oportunidade para profissionais e empresas. Por um lado, as empresas que dominarem as práticas ESG, irão contar com uma estratégia de atração e retenção de talentos diferenciada. O ESG representa uma vantagem competitiva, sendo capaz de desempatar a escolha de um candidato entre uma e outra opção de emprego. Além disso, ele traz credibilidade junto à sociedade como um todo, não apenas no mercado de trabalho. Por outro lado, nota-se que há espaço para os profissionais atuarem nesse segmento novo, ainda carente de mão de obra especializada. Conforme o mapeamento realizado pelo Guia Salarial, a escassez de especialistas em ESG barra a implementação desse projeto em 55% das organizações. Há duas demandas especialmente aquecidas nesse sentido. Uma delas é no mercado financeiro, que utiliza os indicadores ESG para uma série de tomadas de decisão. Analistas, especialistas e gerentes de ESG, com bagagem em finanças, têm boas chances de contratação e evolução na carreira.

O panorama atual do ESG é favorável também aos formados em Engenharia, em qualquer área. A partir de uma especialização no assunto, eles podem contribuir com soluções para que as empresas, por exemplo, reduzam os impactos negativos de seu processo produtivo sobre o meio ambiente. As organizações estão de olho tanto em engenheiros com conhecimento de EHS (Environment, Health and Safety) quanto de ESG.

As empresas e profissionais que mergulharem no universo ESG têm tudo para colher os frutos dessa escolha em breve. Quanto antes e melhor se prepararem, lembrando que o aprendizado e o investimento devem ser contínuos, maiores serão as chances de sucesso.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar.

Por Fernando Mantovani*

Em um mundo cada vez mais consciente sobre a urgência de resolver graves questões sociais e ambientais, as práticas ESG (Environmental, Social and Governance) se apresentam, felizmente, como um caminho sem volta. Elas servem de critério de avaliação das empresas nas bolsas de valores, estão no dia a dia de várias companhias e são um fator importante de atração e de retenção de talentos. Mesmo as organizações que ainda não adotaram o ESG (e são muitas), têm ele no radar ou vêm ouvindo falarem mais a respeito.

A relevância do ESG vai além dos temas que ele compreende, como diversidade, inclusão, preservação do meio ambiente, ética, transparência, entre outros . Uma organização que segue essa cartilha demonstra ter uma cultura corporativa sólida, inspirando reconhecimento e admiração do público, de funcionários, de clientes, de fornecedores, entre outros stakeholders. É a famosa empresa onde todos querem trabalhar, pois ela agrega valor ao currículo, carreira e à vida. A cultura corporativa, de modo bem resumido, é o que aglutina e engaja os colaboradores em torno dos mesmos objetivos e esforços. Por isso ela faz tanta diferença. De acordo com o Guia Salarial 2023 da Robert Half, que reúne fontes de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento, 78% das empresas notaram que os times se importaram mais com a cultura corporativa nos últimos 12 meses. E 90% delas, ou seja, quase todas, dizem ter ciência de que uma cultura corporativa forte é essencial para atrair e reter profissionais talentosos. Para os profissionais, por sua vez, o tema ESG vem ganhando destaque. Ele orienta tanto a busca por um emprego quanto a aceitação de uma oferta de trabalho. O Guia Salarial identificou que o assunto DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) é citado por 48% dos candidatos que passam por um processo de recrutamento. Ética e valores corporativos aparecem em 47% das entrevistas de emprego e as fontes de financiamento ou investimentos são objeto de interesse de 38% dos candidatos a uma vaga.

Apesar desse cenário, as organizações que traduzem a cultura corporativa e o ESG em iniciativas concretas, são minoria. Segundo o Guia, apenas 31% das empresas entrevistadas promovem seus valores e ética para atrair profissionais. E somente 34% buscam aprimorar a cultura corporativa como estratégia de retenção de funcionários.

Treinamentos de viés inconsciente são a ação de ESG mais comum, sendo feita por 41% das empresas. Já a contratação de profissionais com foco em ESG ou DEI é realidade entre 30% das companhias ouvidas pelo Guia. Desafios do ESG geram vagas e vantagem competitiva

Como se vê, há inúmeros desafios pela frente. Porém, esses mesmos desafios são uma oportunidade para profissionais e empresas. Por um lado, as empresas que dominarem as práticas ESG, irão contar com uma estratégia de atração e retenção de talentos diferenciada. O ESG representa uma vantagem competitiva, sendo capaz de desempatar a escolha de um candidato entre uma e outra opção de emprego. Além disso, ele traz credibilidade junto à sociedade como um todo, não apenas no mercado de trabalho. Por outro lado, nota-se que há espaço para os profissionais atuarem nesse segmento novo, ainda carente de mão de obra especializada. Conforme o mapeamento realizado pelo Guia Salarial, a escassez de especialistas em ESG barra a implementação desse projeto em 55% das organizações. Há duas demandas especialmente aquecidas nesse sentido. Uma delas é no mercado financeiro, que utiliza os indicadores ESG para uma série de tomadas de decisão. Analistas, especialistas e gerentes de ESG, com bagagem em finanças, têm boas chances de contratação e evolução na carreira.

O panorama atual do ESG é favorável também aos formados em Engenharia, em qualquer área. A partir de uma especialização no assunto, eles podem contribuir com soluções para que as empresas, por exemplo, reduzam os impactos negativos de seu processo produtivo sobre o meio ambiente. As organizações estão de olho tanto em engenheiros com conhecimento de EHS (Environment, Health and Safety) quanto de ESG.

As empresas e profissionais que mergulharem no universo ESG têm tudo para colher os frutos dessa escolha em breve. Quanto antes e melhor se prepararem, lembrando que o aprendizado e o investimento devem ser contínuos, maiores serão as chances de sucesso.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar.

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