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Eleições 2018: um breve paralelo com o recrutamento nas empresas

Quais pontos um processo de recrutamento e um processo eleitoral têm em comum?

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Publicado em 6 de setembro de 2018 às 09h49.

Daqui poucos dias, nós, brasileiros teremos uma importante obrigação cívica de ir às urnas escolher os candidatos de nossa preferência para diferentes cargos. Ao refletir sobre o processo eleitoral e o meu dia a dia como headhunter, fiquei imaginando quais os pontos que podem haver em comum com o processo de recrutamento, e que deveriam ser inseridos entre as muitas avaliações consideradas na escolha dos políticos.

  1. Resultados comprovados – Em um processo de seleção, buscamos extrair dos candidatos quais foram as contribuições reais para a empresa durante a ocupação dos cargos anteriores. Ou seja, é importante que o profissional saiba traduzir o seu papel nas funções em que desempenhou, por meio de ações concretas e resultados efetivos.
  2. Capacidade de Comunicação – Esta competência comportamental tem ganho especial relevância nos processos de recrutamento. Os profissionais são cada vez mais demandados a interagirem com outras áreas da organização e pares de diferentes níveis hierárquicos, uma vez que as estruturas tendem a ser horizontalizadas. No espectro político, essa habilidade é vital, pensando nos diálogos com diferentes públicos e em situações.
  3. Resiliência/trabalhar sob pressão – As empresas têm a necessidade constante de reduzir custos e aumentar a produtividade, ou seja, colocar em prática o famoso “mais com menos”. Para sobreviver a este cenário, é importante que o profissional tenha capacidade de manter o equilíbrio emocional mesmo e principalmente em situações de pressão e adversidades. Qualquer semelhança com a realidade da gestão pública, não é mera coincidência.
  4. Checagem de referências – Quando avaliamos um candidato para uma organização, passamos pela etapa de tomada de referência, que consiste em entrar em contato com ex-gestores, colegas e subordinados para validar o perfil do profissional e conferir se o que foi dito na sala de entrevista reflete o dia a dia da pessoa. No mundo da política, essa etapa pode ser feita também, analisando as informações disponíveis, sites de fast checking que apuram se uma informação dita corresponde à realidade.

Antes de investir o seu voto em um candidato, faça o exercício de se colocar na cadeira do recrutador, afinal, é o dinheiro dos seus impostos que irá remunerá-lo. E, todos sabemos os riscos e prejuízos de uma contratação equivocada.

Vale lembrar que, se no mundo corporativo, de acordo com pesquisa da Robert Half, 75% dos diretores já eliminaram um candidato por mentiras no currículo, as inconsistências no discurso dos candidatos também devem ser um ponto da nossa atenção.

#ficaadica

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

Daqui poucos dias, nós, brasileiros teremos uma importante obrigação cívica de ir às urnas escolher os candidatos de nossa preferência para diferentes cargos. Ao refletir sobre o processo eleitoral e o meu dia a dia como headhunter, fiquei imaginando quais os pontos que podem haver em comum com o processo de recrutamento, e que deveriam ser inseridos entre as muitas avaliações consideradas na escolha dos políticos.

  1. Resultados comprovados – Em um processo de seleção, buscamos extrair dos candidatos quais foram as contribuições reais para a empresa durante a ocupação dos cargos anteriores. Ou seja, é importante que o profissional saiba traduzir o seu papel nas funções em que desempenhou, por meio de ações concretas e resultados efetivos.
  2. Capacidade de Comunicação – Esta competência comportamental tem ganho especial relevância nos processos de recrutamento. Os profissionais são cada vez mais demandados a interagirem com outras áreas da organização e pares de diferentes níveis hierárquicos, uma vez que as estruturas tendem a ser horizontalizadas. No espectro político, essa habilidade é vital, pensando nos diálogos com diferentes públicos e em situações.
  3. Resiliência/trabalhar sob pressão – As empresas têm a necessidade constante de reduzir custos e aumentar a produtividade, ou seja, colocar em prática o famoso “mais com menos”. Para sobreviver a este cenário, é importante que o profissional tenha capacidade de manter o equilíbrio emocional mesmo e principalmente em situações de pressão e adversidades. Qualquer semelhança com a realidade da gestão pública, não é mera coincidência.
  4. Checagem de referências – Quando avaliamos um candidato para uma organização, passamos pela etapa de tomada de referência, que consiste em entrar em contato com ex-gestores, colegas e subordinados para validar o perfil do profissional e conferir se o que foi dito na sala de entrevista reflete o dia a dia da pessoa. No mundo da política, essa etapa pode ser feita também, analisando as informações disponíveis, sites de fast checking que apuram se uma informação dita corresponde à realidade.

Antes de investir o seu voto em um candidato, faça o exercício de se colocar na cadeira do recrutador, afinal, é o dinheiro dos seus impostos que irá remunerá-lo. E, todos sabemos os riscos e prejuízos de uma contratação equivocada.

Vale lembrar que, se no mundo corporativo, de acordo com pesquisa da Robert Half, 75% dos diretores já eliminaram um candidato por mentiras no currículo, as inconsistências no discurso dos candidatos também devem ser um ponto da nossa atenção.

#ficaadica

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

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