Dia das Mães e o mundo corporativo: o poder da maternidade
Trabalhadoras com filhos estão constantemente desenvolvendo e aprimorando soft skills extremamente relevantes para o mercado
Colunista
Publicado em 10 de maio de 2024 às 08h30.
O Dia das Mães me faz pensar sobre como ter filhos significa uma revolução em toda família. Minha vida definitivamente se transformou quando me tornei pai, mas dizem que quando nasce um bebê, nasce também uma mãe. Concordo plenamente e tomo a liberdade de acrescentar que, após se tornar mãe, cada mulher se transforma em uma nova profissional.
Ao lado de muitas alegrias, a criação de um ser humano da infância à idade adulta é tão desafiante que proporciona um aprendizado contínuo – e intenso. Cada filho e faixa etária requerem uma postura diferente. Por isso, as empresas deveriam entender a maternidade também como um curso avançado de aptidão no trabalho.
Acredito que os filhos não atrapalham a carreira executiva da mulher, mesmo demandadiando muita atenção e inspirando preocupações. O que atrapalha, e muito, é o preconceito.
Nada mais ultrapassado. Se olharmos ao redor, veremos que os países mais prósperos e desenvolvidos são justamente aqueles com melhor equidade de gênero. Ou seja, onde pais e mães dividem de modo equilibrado as tarefas domésticas e familiares, ambos conseguem trabalhar e ascender, o que traz ganhos a todos.
Na verdade, ter profissionais com filhos pode oferecer uma vantagem competitiva para as organizações, já que essa experiência favorece imensamente o desenvolvimento e o aprimoramento de soft skills extremamente relevantes para o mercado.
Cuidar de outra vida é um exercício diário de foco, iniciativa, sensibilidade, diálogo, respeito, criatividade, entre outras qualidades de alta importância no universo corporativo. Contar com profissionais que possuem essa bagagem agrega valor aos times e à organização.
Em um levantamento recente realizado pela Robert Half, ainteligência emocional foi considerada por 67% dos participantes como a habilidade mais aperfeiçoada pelas mulheres que são mães. Outros destaques foram o senso de urgência, a comunicação e a oratória, e o trabalho em equipe.
Como as empresas podem apoiar as mães
Contribuir para que as trabalhadoras com filhos possam cuidar bem deles e trabalhar com dedicação é cada vez mais percebido como um dever básico das empresas.
Organizações que valorizam e apoiam efetivamente a maternidade são reconhecidas e admiradas pelos stakeholders, obtendo mais sucesso na atração e retenção de talentos.
Precisamos lembrar também que mães - e pais, claro - estão criando a força de trabalho do amanhã, um dos principais pilares da estrutura da nossa sociedade.
Há inúmeros caminhos para uma empresa dar suporte às mães que fazem parte do quadro funcional. Comento, a seguir, as medidas que considero mais estratégicas:
- flexibilidade – oferecer autonomia e liberdade em relação aos horários e modalidade de trabalho (presencial, híbrido e remoto) é essencial para que as mães tenham sucesso na conciliação da agenda pessoal e profissional;
- saúde e creche – um bom convênio médico e auxílio-educação são dois benefícios prioritários para as mães, pois impactam profundamente o bem-estar e a qualidade de vida dos filhos;
- licença parental – a ideia é que o afastamento seja concedido ao funcionário que ganha filho, seja ele pai ou mãe, e pelo período de quatro a seis meses;
- coaching de carreira – proporcionar um treinamento específico para gestantes ou para mães que irão retornar ao escritório é uma excelente maneira de clarear as dúvidas e as expectativas sobre a nova fase;
- conscientização – é primordial conscientizar todos os funcionários sobre os valores da empresa em relação à maternidade, enfatizando o peso da ética e empatia na cultura organizacional;
- investimentos em D&I – destinar recursos para criar ou aprimorar programas dedicados à Diversidade e Inclusão, com foco na equidade de gênero, é outro passo indispensável para que as profissionais com filhos possam dar o seu melhor.
Gosto sempre de lembrar que toda ação na direção de incluir e cuidar melhor dos funcionários traz bons frutos para todos, e não apenas para os diretamente impactados, afinal, a tendência é que todos se sintam seguros e motivados em um ambiente mais humano.
Assim, as equipes trabalham com mais dedicação, maior engajamento e um clima mais positivo, para ficar apenas nos resultados mais óbvios. Que tal experimentar?
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
O Dia das Mães me faz pensar sobre como ter filhos significa uma revolução em toda família. Minha vida definitivamente se transformou quando me tornei pai, mas dizem que quando nasce um bebê, nasce também uma mãe. Concordo plenamente e tomo a liberdade de acrescentar que, após se tornar mãe, cada mulher se transforma em uma nova profissional.
Ao lado de muitas alegrias, a criação de um ser humano da infância à idade adulta é tão desafiante que proporciona um aprendizado contínuo – e intenso. Cada filho e faixa etária requerem uma postura diferente. Por isso, as empresas deveriam entender a maternidade também como um curso avançado de aptidão no trabalho.
Acredito que os filhos não atrapalham a carreira executiva da mulher, mesmo demandadiando muita atenção e inspirando preocupações. O que atrapalha, e muito, é o preconceito.
Nada mais ultrapassado. Se olharmos ao redor, veremos que os países mais prósperos e desenvolvidos são justamente aqueles com melhor equidade de gênero. Ou seja, onde pais e mães dividem de modo equilibrado as tarefas domésticas e familiares, ambos conseguem trabalhar e ascender, o que traz ganhos a todos.
Na verdade, ter profissionais com filhos pode oferecer uma vantagem competitiva para as organizações, já que essa experiência favorece imensamente o desenvolvimento e o aprimoramento de soft skills extremamente relevantes para o mercado.
Cuidar de outra vida é um exercício diário de foco, iniciativa, sensibilidade, diálogo, respeito, criatividade, entre outras qualidades de alta importância no universo corporativo. Contar com profissionais que possuem essa bagagem agrega valor aos times e à organização.
Em um levantamento recente realizado pela Robert Half, ainteligência emocional foi considerada por 67% dos participantes como a habilidade mais aperfeiçoada pelas mulheres que são mães. Outros destaques foram o senso de urgência, a comunicação e a oratória, e o trabalho em equipe.
Como as empresas podem apoiar as mães
Contribuir para que as trabalhadoras com filhos possam cuidar bem deles e trabalhar com dedicação é cada vez mais percebido como um dever básico das empresas.
Organizações que valorizam e apoiam efetivamente a maternidade são reconhecidas e admiradas pelos stakeholders, obtendo mais sucesso na atração e retenção de talentos.
Precisamos lembrar também que mães - e pais, claro - estão criando a força de trabalho do amanhã, um dos principais pilares da estrutura da nossa sociedade.
Há inúmeros caminhos para uma empresa dar suporte às mães que fazem parte do quadro funcional. Comento, a seguir, as medidas que considero mais estratégicas:
- flexibilidade – oferecer autonomia e liberdade em relação aos horários e modalidade de trabalho (presencial, híbrido e remoto) é essencial para que as mães tenham sucesso na conciliação da agenda pessoal e profissional;
- saúde e creche – um bom convênio médico e auxílio-educação são dois benefícios prioritários para as mães, pois impactam profundamente o bem-estar e a qualidade de vida dos filhos;
- licença parental – a ideia é que o afastamento seja concedido ao funcionário que ganha filho, seja ele pai ou mãe, e pelo período de quatro a seis meses;
- coaching de carreira – proporcionar um treinamento específico para gestantes ou para mães que irão retornar ao escritório é uma excelente maneira de clarear as dúvidas e as expectativas sobre a nova fase;
- conscientização – é primordial conscientizar todos os funcionários sobre os valores da empresa em relação à maternidade, enfatizando o peso da ética e empatia na cultura organizacional;
- investimentos em D&I – destinar recursos para criar ou aprimorar programas dedicados à Diversidade e Inclusão, com foco na equidade de gênero, é outro passo indispensável para que as profissionais com filhos possam dar o seu melhor.
Gosto sempre de lembrar que toda ação na direção de incluir e cuidar melhor dos funcionários traz bons frutos para todos, e não apenas para os diretamente impactados, afinal, a tendência é que todos se sintam seguros e motivados em um ambiente mais humano.
Assim, as equipes trabalham com mais dedicação, maior engajamento e um clima mais positivo, para ficar apenas nos resultados mais óbvios. Que tal experimentar?
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar