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Contratações transnacionais: desafios para as empresas e profissionais

Entenda quais cuidados devem ser tomados por candidatos e empregadores diante dessa nova tendência

(Shutterstock/Shutterstock)
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Publicado em 25 de março de 2022 às 08h30.

Mais de 80% dos 7.300 profissionais que participaram de uma sondagem on-line da Robert Half afirmaram queestariam interessados em se mudar para o exterior para trabalhar durante 2022, ou seja, aderir ao modelo de contratação transnacional. Com a consolidação do trabalho remoto, esses profissionais que estão abertos às oportunidades de outros países nem precisam mais se dar ao trabalho de lidar com as burocracias de visto, cidadania e passaporte. Isso porque organizações estrangeiras adeptas do modelo work from everywhere têm mirado bastante nos profissionais brasileiros, conhecidos pela capacidade criativa e de adaptabilidade.

O que tem contribuído para esse movimento

Além da consolidação dos modelos de trabalho flexíveis, outros fatores que têm contribuído muito para o aumento desse assédio são a recente flexibilização da legislação trabalhista do Brasil e o câmbio favorável para o contratante que tem sede no exterior. Sabe qual é o resultado disso? Novas e atrativas oportunidades para as empresas e candidatos brasileiros, mas também uma soma de desafios, tanto para os próprios profissionais quanto para as organizações brasileiras que estão tendo que enfrentar a fuga de talentos em um mercado já complicado.

Desafios para os profissionais

Nesse contexto, acredito que o principal desafio para os profissionais brasileiros é ter a certeza de que a contratação em questão trata-se de uma oportunidade que realmente vale a pena. Na dúvida, prefira que as negociações sejam intermediadas por uma empresa especializada em recrutamento que tenha escritório no Brasil. Porém, independentemente dessa intermediação, sugiro os seguintes cuidados:

Desafios para as empresas brasileiras

Diante da antiga e persistente dificuldade para encontrar profissionais qualificados no mercado de trabalho brasileiro, essa tendência de fuga de talentos e profissionais qualificados para fora do Brasil exige que as empresas revejam seus planos de atração e retenção de profissionais. Isso inclui tanto pacotes de remuneração e benefícios quanto ambiente de trabalho, cultura organizacional, planos de carreira e desenvolvimento. Até mesmo as boas práticas de ESG devem estar no radar da companhia.

Nenhum dos pontos que levantei nesse texto têm o objetivo de desestimular os profissionais ou alarmar as empresas brasileiras. O objetivo é apresentar cenários e estimular a reflexão. É em momentos como esse que temos um solo fértil para evoluir como profissionais e empregadores.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar .

Mais de 80% dos 7.300 profissionais que participaram de uma sondagem on-line da Robert Half afirmaram queestariam interessados em se mudar para o exterior para trabalhar durante 2022, ou seja, aderir ao modelo de contratação transnacional. Com a consolidação do trabalho remoto, esses profissionais que estão abertos às oportunidades de outros países nem precisam mais se dar ao trabalho de lidar com as burocracias de visto, cidadania e passaporte. Isso porque organizações estrangeiras adeptas do modelo work from everywhere têm mirado bastante nos profissionais brasileiros, conhecidos pela capacidade criativa e de adaptabilidade.

O que tem contribuído para esse movimento

Além da consolidação dos modelos de trabalho flexíveis, outros fatores que têm contribuído muito para o aumento desse assédio são a recente flexibilização da legislação trabalhista do Brasil e o câmbio favorável para o contratante que tem sede no exterior. Sabe qual é o resultado disso? Novas e atrativas oportunidades para as empresas e candidatos brasileiros, mas também uma soma de desafios, tanto para os próprios profissionais quanto para as organizações brasileiras que estão tendo que enfrentar a fuga de talentos em um mercado já complicado.

Desafios para os profissionais

Nesse contexto, acredito que o principal desafio para os profissionais brasileiros é ter a certeza de que a contratação em questão trata-se de uma oportunidade que realmente vale a pena. Na dúvida, prefira que as negociações sejam intermediadas por uma empresa especializada em recrutamento que tenha escritório no Brasil. Porém, independentemente dessa intermediação, sugiro os seguintes cuidados:

Desafios para as empresas brasileiras

Diante da antiga e persistente dificuldade para encontrar profissionais qualificados no mercado de trabalho brasileiro, essa tendência de fuga de talentos e profissionais qualificados para fora do Brasil exige que as empresas revejam seus planos de atração e retenção de profissionais. Isso inclui tanto pacotes de remuneração e benefícios quanto ambiente de trabalho, cultura organizacional, planos de carreira e desenvolvimento. Até mesmo as boas práticas de ESG devem estar no radar da companhia.

Nenhum dos pontos que levantei nesse texto têm o objetivo de desestimular os profissionais ou alarmar as empresas brasileiras. O objetivo é apresentar cenários e estimular a reflexão. É em momentos como esse que temos um solo fértil para evoluir como profissionais e empregadores.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar .

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