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A importância da paternidade ativa

Um envolvimento maior dos pais na criação dos filhos torna o ambiente corporativo mais saudável, criativo e inclusivo

Pais presentes na rotina diária das crianças fortalecem o vínculo com elas e todos ganham com a troca de afeto e aprendizado (Shutterstock/Shutterstock)

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 02h00.

O Dia dos Pais está se aproximando e não posso deixar de pensar em quanto, felizmente, a paternidade se modificou nas últimas décadas. Até pouco tempo atrás, o papel paterno estava bastante identificado com a responsabilidade de proporcionar segurança financeira à família. Um bom pai era, acima de tudo, um bom provedor.

Os inúmeros cuidados com os filhos – escola, alimentação, saúde, lazer – eram tarefas apenas das mulheres, muitas delas impossibilitadas de trabalhar fora de casa em função disso. Hoje, é mais comum (e cada vez mais demandado) que os pais participem ativamente da criação dos filhos, compartilhando essa gratificante, e gigantesca, demanda com as mães.

A divisão equilibrada do trabalho doméstico e familiar possibilita às mulheres desenvolver uma carreira, ter realização profissional, autonomia, além de contribuir com o orçamento da casa. Mas não só. Pais presentes na rotina diária das crianças fortalecem o vínculo com elas e todos ganham com a troca de afeto e aprendizado.

As empresas têm um papel fundamental nessa grande transformação, até porque ainda há muito a avançar no que é conhecido como paternidade ativa. Esse conceito combate a crença, ainda bastante arraigada, de que “pai ajuda”, ou seja, ele participa, mas até certo ponto. E prega a ideia de que o compromisso dos pais com os filhos é exatamente igual ao das mães: imenso e intenso.

De trocar fraldas a levar ao médico, todas as obrigações podem e devem ser desempenhadas por ambos os genitores, sem sobrecarregar ninguém. Já ficou claro quanto o fator tempo conta nessa questão, certo? Para pais mais participativos, são necessárias horas adicionais dedicadas à família. E é principalmente nesse ponto que uma organização mais humana e antenada às pautas contemporâneas faz toda a diferença.

Muitas empresas saíram na frente e estão concedendo licença-paternidade estendida, ultrapassando os cinco dias previstos pela legislação trabalhista. O entendimento, aqui, é que a conexão dos pais com os filhos será muito melhor se iniciada desde as primeiras semanas de vida. Essa etapa tão especial costuma ser complicada e exaustiva, muito em virtude da alta carga de emoções e informações envolvidas.

Ao lado da licença-paternidade, há outras iniciativas bem-vindas. Horários flexíveis, programas de apoio aos pais, palestras e outras ações que valorizem a figura paterna e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são importantes.

As organizações têm muito a ganhar ao apoiar o exercício da paternidade. Ter filhos é uma das experiências mais desafiadoras e enriquecedoras que a vida pode proporcionar. Digo por experiência própria. Um pai dedicado desenvolve inúmeras habilidades, como paciência, organização, capacidade de escuta, jogo de cintura, empatia, resiliência, entre tantas outras. Cada fase da vida de um filho (e de cada filho) traz um pacote de aprendizados, exigindo dos pais maturidade para se adaptar rapidamente às novidades e lidar com todo tipo de imprevisto.

Apoio aos pais engrandece empresas

Uma companhia que respeita e estimula a paternidade ativa não está simplesmente fazendo o bem, mas abraçando critérios ESG e adequando seus negócios ao mercado de trabalho do futuro:

A boa notícia é que a participação das mulheres no mercado de trabalho só fará crescer. Por isso, cada vez mais os pais terão de rever seus papéis no ambiente familiar, melhorando a quantidade e a qualidade de sua dedicação aos filhos. As organizações que ajudarem seus funcionários a solucionar essa complexa equação definitivamente sairão em vantagem diante da concorrência.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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O Dia dos Pais está se aproximando e não posso deixar de pensar em quanto, felizmente, a paternidade se modificou nas últimas décadas. Até pouco tempo atrás, o papel paterno estava bastante identificado com a responsabilidade de proporcionar segurança financeira à família. Um bom pai era, acima de tudo, um bom provedor.

Os inúmeros cuidados com os filhos – escola, alimentação, saúde, lazer – eram tarefas apenas das mulheres, muitas delas impossibilitadas de trabalhar fora de casa em função disso. Hoje, é mais comum (e cada vez mais demandado) que os pais participem ativamente da criação dos filhos, compartilhando essa gratificante, e gigantesca, demanda com as mães.

A divisão equilibrada do trabalho doméstico e familiar possibilita às mulheres desenvolver uma carreira, ter realização profissional, autonomia, além de contribuir com o orçamento da casa. Mas não só. Pais presentes na rotina diária das crianças fortalecem o vínculo com elas e todos ganham com a troca de afeto e aprendizado.

As empresas têm um papel fundamental nessa grande transformação, até porque ainda há muito a avançar no que é conhecido como paternidade ativa. Esse conceito combate a crença, ainda bastante arraigada, de que “pai ajuda”, ou seja, ele participa, mas até certo ponto. E prega a ideia de que o compromisso dos pais com os filhos é exatamente igual ao das mães: imenso e intenso.

De trocar fraldas a levar ao médico, todas as obrigações podem e devem ser desempenhadas por ambos os genitores, sem sobrecarregar ninguém. Já ficou claro quanto o fator tempo conta nessa questão, certo? Para pais mais participativos, são necessárias horas adicionais dedicadas à família. E é principalmente nesse ponto que uma organização mais humana e antenada às pautas contemporâneas faz toda a diferença.

Muitas empresas saíram na frente e estão concedendo licença-paternidade estendida, ultrapassando os cinco dias previstos pela legislação trabalhista. O entendimento, aqui, é que a conexão dos pais com os filhos será muito melhor se iniciada desde as primeiras semanas de vida. Essa etapa tão especial costuma ser complicada e exaustiva, muito em virtude da alta carga de emoções e informações envolvidas.

Ao lado da licença-paternidade, há outras iniciativas bem-vindas. Horários flexíveis, programas de apoio aos pais, palestras e outras ações que valorizem a figura paterna e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são importantes.

As organizações têm muito a ganhar ao apoiar o exercício da paternidade. Ter filhos é uma das experiências mais desafiadoras e enriquecedoras que a vida pode proporcionar. Digo por experiência própria. Um pai dedicado desenvolve inúmeras habilidades, como paciência, organização, capacidade de escuta, jogo de cintura, empatia, resiliência, entre tantas outras. Cada fase da vida de um filho (e de cada filho) traz um pacote de aprendizados, exigindo dos pais maturidade para se adaptar rapidamente às novidades e lidar com todo tipo de imprevisto.

Apoio aos pais engrandece empresas

Uma companhia que respeita e estimula a paternidade ativa não está simplesmente fazendo o bem, mas abraçando critérios ESG e adequando seus negócios ao mercado de trabalho do futuro:

A boa notícia é que a participação das mulheres no mercado de trabalho só fará crescer. Por isso, cada vez mais os pais terão de rever seus papéis no ambiente familiar, melhorando a quantidade e a qualidade de sua dedicação aos filhos. As organizações que ajudarem seus funcionários a solucionar essa complexa equação definitivamente sairão em vantagem diante da concorrência.

Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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