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Game of Thrones: tudo (mesmo) sobre o episódio 2 da temporada 7

"Stormborn" trouxe uma série de acontecimentos importantes e reviravoltas perigosas, mas alguns absurdos também. Entenda

Cersei Lannister, de Game Of Thrones (HBO/Reprodução)
GR

Gabriela Ruic

Publicado em 25 de julho de 2017 às 13h16.

Última atualização em 25 de julho de 2017 às 16h21.

Se no episódio de estreia da temporada 7 de Game of Thrones vimos a apresentação dos principais personagens e a retomada de pontas frouxas deixadas pela última temporada, em “Stormborn” era esperada alguma ação. E fomos chacoalhados: muitos desdobramentos importantes e reviravoltas perigosas que colocam em xeque tudo o que vem sendo construído pelos mocinhos.

Vale notar, no entanto, que, assim como no episódio de estreia, o ritmo de “Stormborn” seguiu lento até o final, quando finalmente vimos que Game of Thrones ainda é um seriado que mexe com as emoções e certezas dos espectadores.

.

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*ALERTA DE SPOILERS*

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O episódio começa em Dragonstone, o castelo onde Dany e sua trupe se basearam ao desembarcar em Westeros. A mãe dos dragões, Tyrion e Varys pensam na estratégia que usarão para levá-la ao trono. O uso dos dragões é imediatamente rechaçado. “Você não está aqui para ser rainha das cinzas”, nota e anota Tyrion.

Dany se dirige a Varys, questionando a sua lealdade. O conselheiro lembra que está do lado do povo, não dos poderosos. Ela aceita a explicação e termina lembrando que, se ele a trair, o queimará vivo. Recado esquisito, ainda mais pelas referências a Aerys II, seu pai e “Rei Louco”, que pairavam pelo cômodo. Será que os frutos caem longe da árvore? O blog tem dúvidas.

Um desdobramento importante foi a chegada de Melissandre, que vem contar das profecias e toda aquela coisa chatíssima que ela tentou emplacar com Stannis e com Jon Snow e que acabou é com a pobre da princesa Shireen queimada viva. O importante, contudo, é a introdução do nosso inocente favorito ao universo de Dany, que imediatamente envia um corvo à Winterfell.

No Norte, Jon encontra-se reunido com seus aliados. Lá, recebe notícias de Sam sobre a existência de vidro de dragão em Dragonstone, e de Dany, que requisita sua presença no castelo e exige a sua lealdade. A contragosto de seus aliados, e do blog, decide cavalgar na companhia de Sir Davos para encontrá-la.

Como dois adolescentes, Jon e Sansa têm seu embate público semanal e Jon resolve o impasse da pior forma possível: deixando Winterfell nas mãos da irmã enquanto estiver fora. Littlefinger sorri. E todos sabemos que o que lhe traz alegria, geralmente nos traz litros de lágrimas. O ponto positivo é que Brienne riu junto, então, há esperanças.

Cortamos para King’s Landing, onde Cersei também está reunida com possíveis aliados e, invés de louca, soou coerente, uma verdadeira estadista. Lembrou seus ouvintes conservadores dos perigos que Dany trouxe para Westeros (Dothraki e Unsullied) e tocou em pontos que fazem essa classe estremecer: podem estuprar suas mulheres e crucificar a nobreza como troco por anos de opressão aos pobres.

Discurso vazio? Não temos como saber, mas foi necessário e fato é que pode ter um efeito interessante nas lideranças presentes (principalmente nos Tarly, aliados históricos da Casa Tyrell). Somando esse acontecimento ao final do episódio, o blog diria que temos pistas de que o jogo ainda irá virar muitas vezes até a próxima coroação.

Na Cidadela, Sam contraria todas as expectativas, se mostra o maior gênio entre todos os maesters e descobre a cura para a doença que ameaça a vida do nosso querido Sir Jorah. Tudo isso, vejam vocês, num simples movimento de abrir um livro. Foi fraco, mas foi muito engraçado e nos trouxe esperanças. Já pensaram em como seria o futuro da pequena Lyanna Mormont se orientada pelo primo Jorah?

De volta em King’s Landing (esse episódio foi cansativo demais), onde Cersei, acompanhada de Qyburn, descobre uma nova arma que pode nivelar a guerra contra Dany: um trem que mais parece um arco de flechas adaptado e que seria capaz de perfurar o crânio de um dragão. Para quem usou fogo vivo para explodir o Septo de Baelor, matando todos seus inimigos de uma só vez, e até ressuscitou o Montanha, essa saída parece mais do que simplória, beirando a estupidez.

Voltamos para Dragonstone (sim, socorro) e o episódio começa a sinalizar sua maior reviravolta. Encontramos Dany reunida com aliados (Olenna Tyrel, Ellaria Sand, Yara e Theon Greyjoy). Fica decidido que a armada dos Greyjoy e o exército de Dorne chegarão à King’s Landing por mar, enquanto os Unsullied derrubam Casterly Rock, reduto Lannister.

Enquanto isso, Arya descobre que seus irmãos estão vivos e que os Stark voltaram para a liderança de Winterfell. Decide, então, seguir para casa. No caminho, um encontro fortuito com NYMERIA! SIM, SUA LOBINHA. Foi um momento lindo, mas curto.

A última vez que a vimos, Ned ainda era vivo e matava Lady, a lobinha da Sansa, para satisfazer os pedidos de Cersei e Joffrey (af), invés de Nymeria, que foi “expulsa” de Winterfell pela própria Arya, que tentava protegê-la. Agora, as duas se reencontraram para perceber como seguiram seus rumos e se fortaleceram seguindo seus instintos, não as normas sociais. Nymeria vai embora com sua matilha, mas apostamos que a veremos novamente.

Agora em alto mar, Yara, Theon e Ellária navegam para King’s Landing. As duas decidem passar o tempo de outra maneira que não apenas papeando, mas isso é interrompido abruptamente por um Euron Greyjoy absolutamente transtornado e sedento por sangue. Foi uma batalha violenta, digna de GoT, com uma edição louca, fotografia escura. Assustadora.

No entanto, nos trouxe uma série de absurdos que o blog ainda não superou. Um deles foi a morte das Serpentes de Areia, as filhotinhas de Oberyn que prometiam tanto, mas foram massacradas. POR QUE RAIOS NÃO HAVIA VENENO EM SUAS ARMAS? Pois então.

Bom, temos a certeza de que duas delas estão mortas, Obara e Nymeria. Ellaria e Tyene possivelmente foram levadas reféns por Euron. Lembram que ele prometeu um presentinho para Cersei em demonstração de sua lealdade? Que presente melhor para uma psicopata como a rainha que a mulher que matou sua filha?

Yara também parece ter sobrevivido, ao passo que Theon regride completamente do quase herói que vimos quando ele salvou Sansa das garras de Ramsay. Enquanto sua irmã é ameaçada pelo tio, ele simplesmente pula na água para fugir. Verdade seja dita, há tempo e oportunidade para que ele encontre sua redenção, então vamos segurar os julgamentos.

O EPISÓDIO FINALMENTE TERMINA e deixa uma série de possibilidades em aberto. O problema é que todo esse panorama veio construído em uma trama esquisita, com momentos que não fizeram muito sentido e saídas fáceis. Isso sem falar nas inconsistências temporais, com o desenrolar veloz para fatos complexos e nenhuma movimentação em enredos secundários que estavam em andamento no episódio anterior.

Para finalizar, a aposta do blog é a de que Dany não terá outra opção que não usar os dragões, os Unsullied e os Dothraki para invadir King’s Landing. Nesse caso, ela confirmará o discurso de Cersei aos nobres, facilitando o fortalecimento dos Lannister e suscitando ainda mais semelhanças com seu pai. E isso, aos olhos de Westeros, pode ser muito ruim.

Por que não mencionamos o Norte nessa estratégia? Por que os mortos estão chegando, gente! E alguém vai ter que segurar essa barra.

*Atualização -> Alguns leitores criticaram a nossa sensibilidade (a falta de, especificamente) em não ter mencionado o amor entre Grey Worm e Missandei, que foi um momento importante, claro. Afinal, foi a primeira cena de sexo consensual em temporadas e deu aos fãs o alento de vê-los juntos finalmente. Isso sem falar no empoderamento da nossa menina. Mas, aqui entre nós, pareceu fora de propósito e claramente uma tentativa de aplacar as críticas  sobre o uso excessivo da violência em cenas de sexo e estupros na série.

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Se no episódio de estreia da temporada 7 de Game of Thrones vimos a apresentação dos principais personagens e a retomada de pontas frouxas deixadas pela última temporada, em “Stormborn” era esperada alguma ação. E fomos chacoalhados: muitos desdobramentos importantes e reviravoltas perigosas que colocam em xeque tudo o que vem sendo construído pelos mocinhos.

Vale notar, no entanto, que, assim como no episódio de estreia, o ritmo de “Stormborn” seguiu lento até o final, quando finalmente vimos que Game of Thrones ainda é um seriado que mexe com as emoções e certezas dos espectadores.

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*ALERTA DE SPOILERS*

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O episódio começa em Dragonstone, o castelo onde Dany e sua trupe se basearam ao desembarcar em Westeros. A mãe dos dragões, Tyrion e Varys pensam na estratégia que usarão para levá-la ao trono. O uso dos dragões é imediatamente rechaçado. “Você não está aqui para ser rainha das cinzas”, nota e anota Tyrion.

Dany se dirige a Varys, questionando a sua lealdade. O conselheiro lembra que está do lado do povo, não dos poderosos. Ela aceita a explicação e termina lembrando que, se ele a trair, o queimará vivo. Recado esquisito, ainda mais pelas referências a Aerys II, seu pai e “Rei Louco”, que pairavam pelo cômodo. Será que os frutos caem longe da árvore? O blog tem dúvidas.

Um desdobramento importante foi a chegada de Melissandre, que vem contar das profecias e toda aquela coisa chatíssima que ela tentou emplacar com Stannis e com Jon Snow e que acabou é com a pobre da princesa Shireen queimada viva. O importante, contudo, é a introdução do nosso inocente favorito ao universo de Dany, que imediatamente envia um corvo à Winterfell.

No Norte, Jon encontra-se reunido com seus aliados. Lá, recebe notícias de Sam sobre a existência de vidro de dragão em Dragonstone, e de Dany, que requisita sua presença no castelo e exige a sua lealdade. A contragosto de seus aliados, e do blog, decide cavalgar na companhia de Sir Davos para encontrá-la.

Como dois adolescentes, Jon e Sansa têm seu embate público semanal e Jon resolve o impasse da pior forma possível: deixando Winterfell nas mãos da irmã enquanto estiver fora. Littlefinger sorri. E todos sabemos que o que lhe traz alegria, geralmente nos traz litros de lágrimas. O ponto positivo é que Brienne riu junto, então, há esperanças.

Cortamos para King’s Landing, onde Cersei também está reunida com possíveis aliados e, invés de louca, soou coerente, uma verdadeira estadista. Lembrou seus ouvintes conservadores dos perigos que Dany trouxe para Westeros (Dothraki e Unsullied) e tocou em pontos que fazem essa classe estremecer: podem estuprar suas mulheres e crucificar a nobreza como troco por anos de opressão aos pobres.

Discurso vazio? Não temos como saber, mas foi necessário e fato é que pode ter um efeito interessante nas lideranças presentes (principalmente nos Tarly, aliados históricos da Casa Tyrell). Somando esse acontecimento ao final do episódio, o blog diria que temos pistas de que o jogo ainda irá virar muitas vezes até a próxima coroação.

Na Cidadela, Sam contraria todas as expectativas, se mostra o maior gênio entre todos os maesters e descobre a cura para a doença que ameaça a vida do nosso querido Sir Jorah. Tudo isso, vejam vocês, num simples movimento de abrir um livro. Foi fraco, mas foi muito engraçado e nos trouxe esperanças. Já pensaram em como seria o futuro da pequena Lyanna Mormont se orientada pelo primo Jorah?

De volta em King’s Landing (esse episódio foi cansativo demais), onde Cersei, acompanhada de Qyburn, descobre uma nova arma que pode nivelar a guerra contra Dany: um trem que mais parece um arco de flechas adaptado e que seria capaz de perfurar o crânio de um dragão. Para quem usou fogo vivo para explodir o Septo de Baelor, matando todos seus inimigos de uma só vez, e até ressuscitou o Montanha, essa saída parece mais do que simplória, beirando a estupidez.

Voltamos para Dragonstone (sim, socorro) e o episódio começa a sinalizar sua maior reviravolta. Encontramos Dany reunida com aliados (Olenna Tyrel, Ellaria Sand, Yara e Theon Greyjoy). Fica decidido que a armada dos Greyjoy e o exército de Dorne chegarão à King’s Landing por mar, enquanto os Unsullied derrubam Casterly Rock, reduto Lannister.

Enquanto isso, Arya descobre que seus irmãos estão vivos e que os Stark voltaram para a liderança de Winterfell. Decide, então, seguir para casa. No caminho, um encontro fortuito com NYMERIA! SIM, SUA LOBINHA. Foi um momento lindo, mas curto.

A última vez que a vimos, Ned ainda era vivo e matava Lady, a lobinha da Sansa, para satisfazer os pedidos de Cersei e Joffrey (af), invés de Nymeria, que foi “expulsa” de Winterfell pela própria Arya, que tentava protegê-la. Agora, as duas se reencontraram para perceber como seguiram seus rumos e se fortaleceram seguindo seus instintos, não as normas sociais. Nymeria vai embora com sua matilha, mas apostamos que a veremos novamente.

Agora em alto mar, Yara, Theon e Ellária navegam para King’s Landing. As duas decidem passar o tempo de outra maneira que não apenas papeando, mas isso é interrompido abruptamente por um Euron Greyjoy absolutamente transtornado e sedento por sangue. Foi uma batalha violenta, digna de GoT, com uma edição louca, fotografia escura. Assustadora.

No entanto, nos trouxe uma série de absurdos que o blog ainda não superou. Um deles foi a morte das Serpentes de Areia, as filhotinhas de Oberyn que prometiam tanto, mas foram massacradas. POR QUE RAIOS NÃO HAVIA VENENO EM SUAS ARMAS? Pois então.

Bom, temos a certeza de que duas delas estão mortas, Obara e Nymeria. Ellaria e Tyene possivelmente foram levadas reféns por Euron. Lembram que ele prometeu um presentinho para Cersei em demonstração de sua lealdade? Que presente melhor para uma psicopata como a rainha que a mulher que matou sua filha?

Yara também parece ter sobrevivido, ao passo que Theon regride completamente do quase herói que vimos quando ele salvou Sansa das garras de Ramsay. Enquanto sua irmã é ameaçada pelo tio, ele simplesmente pula na água para fugir. Verdade seja dita, há tempo e oportunidade para que ele encontre sua redenção, então vamos segurar os julgamentos.

O EPISÓDIO FINALMENTE TERMINA e deixa uma série de possibilidades em aberto. O problema é que todo esse panorama veio construído em uma trama esquisita, com momentos que não fizeram muito sentido e saídas fáceis. Isso sem falar nas inconsistências temporais, com o desenrolar veloz para fatos complexos e nenhuma movimentação em enredos secundários que estavam em andamento no episódio anterior.

Para finalizar, a aposta do blog é a de que Dany não terá outra opção que não usar os dragões, os Unsullied e os Dothraki para invadir King’s Landing. Nesse caso, ela confirmará o discurso de Cersei aos nobres, facilitando o fortalecimento dos Lannister e suscitando ainda mais semelhanças com seu pai. E isso, aos olhos de Westeros, pode ser muito ruim.

Por que não mencionamos o Norte nessa estratégia? Por que os mortos estão chegando, gente! E alguém vai ter que segurar essa barra.

*Atualização -> Alguns leitores criticaram a nossa sensibilidade (a falta de, especificamente) em não ter mencionado o amor entre Grey Worm e Missandei, que foi um momento importante, claro. Afinal, foi a primeira cena de sexo consensual em temporadas e deu aos fãs o alento de vê-los juntos finalmente. Isso sem falar no empoderamento da nossa menina. Mas, aqui entre nós, pareceu fora de propósito e claramente uma tentativa de aplacar as críticas  sobre o uso excessivo da violência em cenas de sexo e estupros na série.

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