Reuniões poderosas e dramas marcam Episódio 5 de Game of Thrones
Em um episódio maravilhosamente bem amarrado, Game of Thrones prepara espectadores para mais violência e emoção. Veja os detalhes de "Eastwatch"
Gabriela Ruic
Publicado em 14 de agosto de 2017 às 10h28.
Última atualização em 14 de agosto de 2017 às 10h38.
O episódio 5 da temporada 7 de Game of Thrones pode não ter tido uma batalha de tirar o fôlego ( reveja aqui a crítica de EXAME sobre o episódio 4 ), mas teve doses altíssimas de emoção, reaparições importantes, reuniões poderosas e o quase fim de um dos maiores mistérios de toda a série.
Como de costume, fica aqui o registro da agonia dos assinantes do serviço de streaming da HBO , HBO Go, que seguiu com falhas durante a última noite de domingo e foi alvo de comentários de revolta nas redes sociais. O blog segue em contato com a assessoria de imprensa da HBO no Brasil, mas, até o momento, nenhum esclarecimento nos foi enviado.
É decepcionante pensar que estamos na reta final da penúltima temporada de uma das maiores e mais importantes séries da atualidade e os espectadores que tentaram, em vão, acompanhar as estreias via plataforma ainda não conseguiram fazer isso em paz aos domingos, o dia em que são transmitidos os novos episódios de Game of Thrones. Há duas semanas do finale, nenhuma posição da empresa explica os problemas que o serviço está enfrentando.
Manifestação feita, vamos aos principais pontos de “Eastwatch”. Lembrando que o texto, a partir daqui, está recheado de spoilers.
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Começamos com a solução do cliffhanger deixado pelo episódio 4: será que perderíamos Jaime para sempre? Pois bem, foi um suspense mais curto do que imaginávamos, já que os primeiros minutos já revelaram que o cavaleiro e seu companheiro, Bronn, estavam em segurança. Drogon, estrela principal da primeira grande batalha de Dany pelo Trono de Ferro também estava bem, apesar dos ferimentos.
Isso resolvido, não temos como escapar do ponto-alto do episódio 5 de Game of Thrones: uma conversa despretensiosa entre Sam e Gilly na Cidadela que quase trouxe uma mega revelação. Enquanto estudavam, ela se deparou com anotações que diziam que o príncipe Rhaegar Targaryen, filho do Rei Louco e irmão mais velho de Daenerys, teve um casamento anulado e se casou novamente logo em seguida, secretamente.
Gente. Do. Céu. Se isso não é a nova peça do quebra-cabeça sobre a hereditariedade de Jon, então vamos todos parar de assistir ao seriado.
Vejam, ainda não há qualquer confirmação oficial, mas está cada vez mais evidente que sim, Jon é filho de Lyanna Stark e Rhaegar e um filho LEGÍTIMO, já que agora há razões para crer que eles estavam casados. Se isso se consolidar (e o blog aposta que sim), ELE será o herdeiro do Trono de Ferro e dos Sete Reinos.
Bom, mas antes que Gilly conseguisse terminar a fofoca quentíssima sobre a turbulenta vida amorosa de Rhaegar, somos presenteados com um arroubo emocional de Samwell. O suspense continua, ainda que a interrupção da fala dela para fins de mistério tenha sido um ponto forçado demais na visão do blog.
Mas essa nova evidência deixou tudo ainda mais interessante, especialmente com o reencontro entre Dany e Jon em que Drogon tem uma reação amigável com o Stark. Lembrando que o trio de animais só se mostrou tranquilo na presença de Dany, Jon e Tyrion. Bom, se teve uma coisa que restou clara é que teremos pela frente muitas novidades sobre a linhagem Targaryen. Vidas e dramas que seguem.
Agora, precisamos falar sobre Dany. Ainda no começo do episódio, ela discursa perante os soldados sobreviventes, exigindo lealdade ou...bem, ou ela irá queimar a todos. Há tempos o blog vem chamando a atenção para esse temperamento “inflamado” da mãe dos dragões. Randall e Dickon Tarly que o digam: mesmo rendidos, são mortos pelas chamas de Drogon depois de se recusarem a reconhecê-la como rainha.
O ponto que o episódio trouxe foi a aparente pausa que veremos na sua estratégia pelos Sete Reinos com notícias de que os Outros estão cada vez mais próximos e vão exigir esforços conjuntos em Westeros. Ainda na Pedra do Dragão, um dos melhores retornos: Jorah Mormont, curado, reaparece para integrar novamente a equipe de conselheiros de Dany.
Com essas grandes mentes reunidas, surge um plano para tentar convencer Cersei de que a ameaça dos mortos é real e da necessidade de união em Westeros. Essa nova estratégia envolve enviar Tyrion e Sir Davos à Porto Real, onde a mão da rainha dos dragões tentará persuadir Jaime a conversar sobre isso com Cersei, e trazer para a Lannister um “exemplar” para mostrar o que está por vir. Para tanto, irão se aventurar do outro lado da Muralha.
O blog não tem nenhuma razão para crer que esse plano dará certo. Nenhuma.
Se nos permitem uma divagação, logo imaginamos Cersei dizendo “sim, claro, sintam-se livres para lutar e vamos que vamos”. Se ela for esperta, e é, poderá ter a ajuda de Qyburn para descobrir sobre o vidro de dragão e voilá. Os meisters vão solicitar ajuda no Norte e os Lannisters então podem se articular para encurralar seus inimigos naquela região.
É Game of Thrones, amigos, uma série de intrigas palacianas, mentiras e traições, e não uma novela de amor, união e esperança.
Muito que bem. Ainda em Porto Real, Sir Davos nos traz outro retorno importante, Gendry, o filho bastardo de Robert Baratheon. Ao lado de Davos, Jon e Jorah, ele segue para Eastwatch, o ponto para onde os Caminhantes Brancos estão se dirigindo.
Aqui, vemos o começo de uma reunião importante, ainda mais depois do encontro com Tormund (que pergunta sobre “a mulher grande”, nossa estimadíssima Brienne) e a revelação de que há outras pessoas querendo se aventurar do outro lado da Muralha: Thoros de Myr, Sandor Clegane e Beric Dondarrion.
E que entourage! Observamos personagens carismáticos embalados por diálogos afiados e nos lembrando de suas ligações passadas, para o bem e para o mal (Gendry ainda não superou ter sido vendido para Melissandre). Convencidos a trabalharem juntos, os sete partem para o outro lado. E lógico que os créditos tinham que começar a rolar justamente nesse momento.
Vale notar, ainda, os desdobramentos em Winterfell, especialmente a tensão crescente entre Arya e Sansa. Mindinho, um observador sagaz, parece estar montando uma armadilha que poderá trazer instabilidades entre as Stark. A forma como ele jogou com as emoções de Arya, manipulando sua cabeça para que suspeite das intenções de sua irmã mais velha, nos mostra que mesmo unidos, os herdeiros de Ned correm muito perigo.
Bom, verdade seja dita, foi um episódio maravilhosamente bem articulado em que percebemos a construção de um clímax importante e que certamente irá se desenrolar com violência no episódio 6 que estreia no próximo domingo. E preparem-se, já que ”A Morte é o Inimigo” terá 71 minutos de duração.
O episódio 5 da temporada 7 de Game of Thrones pode não ter tido uma batalha de tirar o fôlego ( reveja aqui a crítica de EXAME sobre o episódio 4 ), mas teve doses altíssimas de emoção, reaparições importantes, reuniões poderosas e o quase fim de um dos maiores mistérios de toda a série.
Como de costume, fica aqui o registro da agonia dos assinantes do serviço de streaming da HBO , HBO Go, que seguiu com falhas durante a última noite de domingo e foi alvo de comentários de revolta nas redes sociais. O blog segue em contato com a assessoria de imprensa da HBO no Brasil, mas, até o momento, nenhum esclarecimento nos foi enviado.
É decepcionante pensar que estamos na reta final da penúltima temporada de uma das maiores e mais importantes séries da atualidade e os espectadores que tentaram, em vão, acompanhar as estreias via plataforma ainda não conseguiram fazer isso em paz aos domingos, o dia em que são transmitidos os novos episódios de Game of Thrones. Há duas semanas do finale, nenhuma posição da empresa explica os problemas que o serviço está enfrentando.
Manifestação feita, vamos aos principais pontos de “Eastwatch”. Lembrando que o texto, a partir daqui, está recheado de spoilers.
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Começamos com a solução do cliffhanger deixado pelo episódio 4: será que perderíamos Jaime para sempre? Pois bem, foi um suspense mais curto do que imaginávamos, já que os primeiros minutos já revelaram que o cavaleiro e seu companheiro, Bronn, estavam em segurança. Drogon, estrela principal da primeira grande batalha de Dany pelo Trono de Ferro também estava bem, apesar dos ferimentos.
Isso resolvido, não temos como escapar do ponto-alto do episódio 5 de Game of Thrones: uma conversa despretensiosa entre Sam e Gilly na Cidadela que quase trouxe uma mega revelação. Enquanto estudavam, ela se deparou com anotações que diziam que o príncipe Rhaegar Targaryen, filho do Rei Louco e irmão mais velho de Daenerys, teve um casamento anulado e se casou novamente logo em seguida, secretamente.
Gente. Do. Céu. Se isso não é a nova peça do quebra-cabeça sobre a hereditariedade de Jon, então vamos todos parar de assistir ao seriado.
Vejam, ainda não há qualquer confirmação oficial, mas está cada vez mais evidente que sim, Jon é filho de Lyanna Stark e Rhaegar e um filho LEGÍTIMO, já que agora há razões para crer que eles estavam casados. Se isso se consolidar (e o blog aposta que sim), ELE será o herdeiro do Trono de Ferro e dos Sete Reinos.
Bom, mas antes que Gilly conseguisse terminar a fofoca quentíssima sobre a turbulenta vida amorosa de Rhaegar, somos presenteados com um arroubo emocional de Samwell. O suspense continua, ainda que a interrupção da fala dela para fins de mistério tenha sido um ponto forçado demais na visão do blog.
Mas essa nova evidência deixou tudo ainda mais interessante, especialmente com o reencontro entre Dany e Jon em que Drogon tem uma reação amigável com o Stark. Lembrando que o trio de animais só se mostrou tranquilo na presença de Dany, Jon e Tyrion. Bom, se teve uma coisa que restou clara é que teremos pela frente muitas novidades sobre a linhagem Targaryen. Vidas e dramas que seguem.
Agora, precisamos falar sobre Dany. Ainda no começo do episódio, ela discursa perante os soldados sobreviventes, exigindo lealdade ou...bem, ou ela irá queimar a todos. Há tempos o blog vem chamando a atenção para esse temperamento “inflamado” da mãe dos dragões. Randall e Dickon Tarly que o digam: mesmo rendidos, são mortos pelas chamas de Drogon depois de se recusarem a reconhecê-la como rainha.
O ponto que o episódio trouxe foi a aparente pausa que veremos na sua estratégia pelos Sete Reinos com notícias de que os Outros estão cada vez mais próximos e vão exigir esforços conjuntos em Westeros. Ainda na Pedra do Dragão, um dos melhores retornos: Jorah Mormont, curado, reaparece para integrar novamente a equipe de conselheiros de Dany.
Com essas grandes mentes reunidas, surge um plano para tentar convencer Cersei de que a ameaça dos mortos é real e da necessidade de união em Westeros. Essa nova estratégia envolve enviar Tyrion e Sir Davos à Porto Real, onde a mão da rainha dos dragões tentará persuadir Jaime a conversar sobre isso com Cersei, e trazer para a Lannister um “exemplar” para mostrar o que está por vir. Para tanto, irão se aventurar do outro lado da Muralha.
O blog não tem nenhuma razão para crer que esse plano dará certo. Nenhuma.
Se nos permitem uma divagação, logo imaginamos Cersei dizendo “sim, claro, sintam-se livres para lutar e vamos que vamos”. Se ela for esperta, e é, poderá ter a ajuda de Qyburn para descobrir sobre o vidro de dragão e voilá. Os meisters vão solicitar ajuda no Norte e os Lannisters então podem se articular para encurralar seus inimigos naquela região.
É Game of Thrones, amigos, uma série de intrigas palacianas, mentiras e traições, e não uma novela de amor, união e esperança.
Muito que bem. Ainda em Porto Real, Sir Davos nos traz outro retorno importante, Gendry, o filho bastardo de Robert Baratheon. Ao lado de Davos, Jon e Jorah, ele segue para Eastwatch, o ponto para onde os Caminhantes Brancos estão se dirigindo.
Aqui, vemos o começo de uma reunião importante, ainda mais depois do encontro com Tormund (que pergunta sobre “a mulher grande”, nossa estimadíssima Brienne) e a revelação de que há outras pessoas querendo se aventurar do outro lado da Muralha: Thoros de Myr, Sandor Clegane e Beric Dondarrion.
E que entourage! Observamos personagens carismáticos embalados por diálogos afiados e nos lembrando de suas ligações passadas, para o bem e para o mal (Gendry ainda não superou ter sido vendido para Melissandre). Convencidos a trabalharem juntos, os sete partem para o outro lado. E lógico que os créditos tinham que começar a rolar justamente nesse momento.
Vale notar, ainda, os desdobramentos em Winterfell, especialmente a tensão crescente entre Arya e Sansa. Mindinho, um observador sagaz, parece estar montando uma armadilha que poderá trazer instabilidades entre as Stark. A forma como ele jogou com as emoções de Arya, manipulando sua cabeça para que suspeite das intenções de sua irmã mais velha, nos mostra que mesmo unidos, os herdeiros de Ned correm muito perigo.
Bom, verdade seja dita, foi um episódio maravilhosamente bem articulado em que percebemos a construção de um clímax importante e que certamente irá se desenrolar com violência no episódio 6 que estreia no próximo domingo. E preparem-se, já que ”A Morte é o Inimigo” terá 71 minutos de duração.