A volta de "House of Cards": tudo o que você precisa lembrar
5ª temporada da série estreia hoje na Netflix. Antes de começar uma nova maratona, relembre alguns pontos essenciais deixados pela 4ª temporada
Gabriela Ruic
Publicado em 30 de maio de 2017 às 16h50.
Última atualização em 30 de maio de 2017 às 16h56.
A 5ª temporada de “House of Cards” chega nesta terça-feira na Netflix e promete trazer ao público paralelos atuais e fortes com a vida real, especialmente focando na presidência de Donald Trump, o fortalecimento do nacionalismo, o papel da imprensa na vida pública e a pós-verdade.
A 5ª temporada, a primeira sem o criador, Beau Willimon, estreia mais de um ano depois da 4ª, que trouxe o vigor e o fôlego de volta para a série depois de uma 3ª chatíssima. Com isso em mente, separamos alguns pontos que você precisa ter frescos antes de começar uma nova maratona. Veja abaixo:
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CUIDADO: spoilers da 4ª temporada
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Casal fortalecido
A quarta temporada do seriado trouxe momentos de tensão para o casal Frank e Claire Underwood (Kevin Spacey e Robin Wright). Por alguns episódios, o racha entre eles (político e pessoal) parecia inevitável até que Claire relembra o marido de que ela é parte fundamental de sua estratégia e que sua força depende dela. E o faz do jeito mais “underwoodiano” possível: o chantageando para tê-la como sua companheira de chapa na corrida presidencial.
O terror do ICO
A organização terrorista fictícia, que guarda semelhanças com o grupo extremista Estado Islâmico (EI), parece ter caído como uma luva nas aspirações de Frank e Claire depois do terror gerado por seus militantes, todos cidadãos dos EUA, no sequestro de uma família em solo americano.
“Nós não sucumbimos ao terror. Nós fazemos o terror”, diz Frank no final do último episódio da 4ª temporada ao lado de Claire, deixando claro que o casal pretende usar o medo de toda a nação para manter o controle dos acontecimentos.
Maldades expostas
O tom da última declaração de Frank na temporada é permeado não apenas pela turbulência política que ele enfrenta em razão da ação do grupo terrorista, mas também por conta de uma reportagem grave publicada por Tom Hammerschmidt (Boris McGiver).
Nela, o jornalista consegue assegurar fontes confiáveis para compor um retrato horrendo sobre o caminho de Frank até a presidência: Jackie Sharp (Molly Parker), Remy Denton (Mahershala Ali) e o ex-presidente Garret Walker (Michel Gill).
Agora, resta saber o impacto que as informações apuradas por Hammerschmidt terão na candidatura do casal Underwood à presidência.
Um palpite: considerando o momento da política americana, em que o próprio presidente coloca em xeque o trabalho da imprensa, imagino que os produtores irão aproveitar para reforçar o papel jornalismo na democracia. O que significa que essa reportagem poderá trazer desdobramentos mais sérios que um mero desgaste de imagem.
O que será de Will Conway?
O candidato republicano à presidência colocou as garras de fora durante a 4ª temporada e mostrou que sabe jogar na política quase tão bem quanto Underwood, além de ter características que o atual líder do país não tem: é jovem, carismático, pai de família e tem experiência militar. Ou seja, é uma bela de uma ameaça para o atual presidente.
Conway (Joel Kinnaman), governador de Nova York, tenta assumir o protagonismo nas ações contra o ICO e, secretamente, usa uma ferramenta chamada Pollyhop, que lhe permite ter acesso aos hábitos de buscas de seus usuários, uma arma poderosa na campanha presidencial.
No entanto, se tem uma coisa que a série mostrou é que ninguém é indestrutível, muito menos Conway, que vê sua candidatura quase ir por água abaixo quando sua ligação com a ferramenta é trazida à tona e depois de notícias de que teria interferido no Comitê de Inteligência da Câmara.
O que será da sua reputação daqui em diante dependerá, novamente, dos danos que a reportagem de Hammerschmidt trará. Mas Conway termina a 4ª temporada confiante depois de ler a matéria, dizendo à esposa que ela será a próxima primeira dama.
Lembrando que...
...ainda temos desdobramentos relevantes esperados em outros personagens, como a secretária de Estado Catherine Durant (Jayne Atkinson), que sempre se beneficiou de Underwood, mas que se revela horrorizada ao descobrir os detalhes do esquema, e Tom Yates (Paul Sparks), o escritor que se torna amante e confidente de Claire.
Nova temporada de "House of Cards"
Embora sua estreia oficial seja hoje, a série já foi submetida ao crivo de muitos críticos. No Rotten Tomatoes, que agrega avaliações e apresenta a média de críticas positivas recebidas por uma produção, a nova temporada está, até agora, com 100%, um bom sinal. No entanto, o site ainda não mostra o consenso dos críticos, algo que deve surgir nos próximos dias.
A 5ª temporada de “House of Cards” chega nesta terça-feira na Netflix e promete trazer ao público paralelos atuais e fortes com a vida real, especialmente focando na presidência de Donald Trump, o fortalecimento do nacionalismo, o papel da imprensa na vida pública e a pós-verdade.
A 5ª temporada, a primeira sem o criador, Beau Willimon, estreia mais de um ano depois da 4ª, que trouxe o vigor e o fôlego de volta para a série depois de uma 3ª chatíssima. Com isso em mente, separamos alguns pontos que você precisa ter frescos antes de começar uma nova maratona. Veja abaixo:
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CUIDADO: spoilers da 4ª temporada
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Casal fortalecido
A quarta temporada do seriado trouxe momentos de tensão para o casal Frank e Claire Underwood (Kevin Spacey e Robin Wright). Por alguns episódios, o racha entre eles (político e pessoal) parecia inevitável até que Claire relembra o marido de que ela é parte fundamental de sua estratégia e que sua força depende dela. E o faz do jeito mais “underwoodiano” possível: o chantageando para tê-la como sua companheira de chapa na corrida presidencial.
O terror do ICO
A organização terrorista fictícia, que guarda semelhanças com o grupo extremista Estado Islâmico (EI), parece ter caído como uma luva nas aspirações de Frank e Claire depois do terror gerado por seus militantes, todos cidadãos dos EUA, no sequestro de uma família em solo americano.
“Nós não sucumbimos ao terror. Nós fazemos o terror”, diz Frank no final do último episódio da 4ª temporada ao lado de Claire, deixando claro que o casal pretende usar o medo de toda a nação para manter o controle dos acontecimentos.
Maldades expostas
O tom da última declaração de Frank na temporada é permeado não apenas pela turbulência política que ele enfrenta em razão da ação do grupo terrorista, mas também por conta de uma reportagem grave publicada por Tom Hammerschmidt (Boris McGiver).
Nela, o jornalista consegue assegurar fontes confiáveis para compor um retrato horrendo sobre o caminho de Frank até a presidência: Jackie Sharp (Molly Parker), Remy Denton (Mahershala Ali) e o ex-presidente Garret Walker (Michel Gill).
Agora, resta saber o impacto que as informações apuradas por Hammerschmidt terão na candidatura do casal Underwood à presidência.
Um palpite: considerando o momento da política americana, em que o próprio presidente coloca em xeque o trabalho da imprensa, imagino que os produtores irão aproveitar para reforçar o papel jornalismo na democracia. O que significa que essa reportagem poderá trazer desdobramentos mais sérios que um mero desgaste de imagem.
O que será de Will Conway?
O candidato republicano à presidência colocou as garras de fora durante a 4ª temporada e mostrou que sabe jogar na política quase tão bem quanto Underwood, além de ter características que o atual líder do país não tem: é jovem, carismático, pai de família e tem experiência militar. Ou seja, é uma bela de uma ameaça para o atual presidente.
Conway (Joel Kinnaman), governador de Nova York, tenta assumir o protagonismo nas ações contra o ICO e, secretamente, usa uma ferramenta chamada Pollyhop, que lhe permite ter acesso aos hábitos de buscas de seus usuários, uma arma poderosa na campanha presidencial.
No entanto, se tem uma coisa que a série mostrou é que ninguém é indestrutível, muito menos Conway, que vê sua candidatura quase ir por água abaixo quando sua ligação com a ferramenta é trazida à tona e depois de notícias de que teria interferido no Comitê de Inteligência da Câmara.
O que será da sua reputação daqui em diante dependerá, novamente, dos danos que a reportagem de Hammerschmidt trará. Mas Conway termina a 4ª temporada confiante depois de ler a matéria, dizendo à esposa que ela será a próxima primeira dama.
Lembrando que...
...ainda temos desdobramentos relevantes esperados em outros personagens, como a secretária de Estado Catherine Durant (Jayne Atkinson), que sempre se beneficiou de Underwood, mas que se revela horrorizada ao descobrir os detalhes do esquema, e Tom Yates (Paul Sparks), o escritor que se torna amante e confidente de Claire.
Nova temporada de "House of Cards"
Embora sua estreia oficial seja hoje, a série já foi submetida ao crivo de muitos críticos. No Rotten Tomatoes, que agrega avaliações e apresenta a média de críticas positivas recebidas por uma produção, a nova temporada está, até agora, com 100%, um bom sinal. No entanto, o site ainda não mostra o consenso dos críticos, algo que deve surgir nos próximos dias.