Game of Thrones: quem ficou com o trono e o resumo do final da série
Game of Thrones chegou ao fim. Quem ficou com o trono? O que aconteceu com Daenerys? Veja os destaques do último episódio da série
Gabriela Ruic
Publicado em 20 de maio de 2019 às 00h33.
Última atualização em 20 de maio de 2019 às 17h00.
Uau! Meus amigos, que jornada. Desde que a série estreou em 2011, os fãs de Game of Thrones choraram, vibraram, se emocionaram, odiaram. Embora o blog não tenha sido particularmente conquistado pelas últimas temporadas da série da HBO, é inegável que a mesma deixou a sua marca na história da televisão mundial.
A grande subversora dos arcos narrativos convencionais, a série que surpreendia a cada segundo de cada episódio. Dezenas de personagens, cada qual com sua história, uma sempre complexa, e milhares de núcleos. Contá-la da maneira como deveria não seria uma tarefa fácil. Sentiremos falta, mesmo que seja para passar raiva.
O episódio 6 da temporada 8, o último de Game of Thrones, consolidou todas essas emoções em 1h20 de duração. Não vamos mentir: não estamos impressionados. No entanto, o sentimento é o de que o seriado foi encerrado com certa nobreza em razão de alguns movimentos inesperados, e pontuais, que vieram à tona.
Foi o final que a série merecia? Não, não foi, mas também não vamos dizer que as expectativas eram altas, já que Game of Thrones vinha saindo dos trilhos há algumas temporadas, especialmente na pressa de se colocar um ponto final na história, o que sacrificou a sua qualidade. Colocando isso na balança, o veredito do blog é o de que a solução encontrada para encerrá-la foi razoável. Poderia ter sido pior. Bem pior.
Mas vamos ao que interessa? De mãos dadas e olhos marejados, sigamos juntos no resumo do episódio 6 da temporada 8, o último episódio de Game of Thrones. E cuidado com os spoilers! Não seguramos nenhum detalhe sórdido.
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O que aconteceu no episódio final de Game of Thrones
Estamos em uma arruinada King’s Landing. Cinzas e cadáveres carbonizados por todos os lados. Tyrion, Jon e Sor Davos caminham juntos, chocados com o resultado final da batalha de Dany contra Cersei (ou Dany contra o mundo). O saldo é violento, triste, decepcionante. Incredulidade define o clima entre os personagens.
Tyrion segue sozinho para falar com Dany. Com aquele ar de certeza sobre o futuro que só ele tem, tira um tempo para ver o que restou do castelo. Uma das cenas mais fortes acontece a seguir, quando ele se depara com os corpos de Cersei e Jaime, abraçados, sob os escombros daquilo que um dia foi símbolo do poder dos Lannister e tantos outros reis.
Ele a encontra falando para uma multidão barulhenta de Dothraki e milhares de Unsullied, sempre discretos e organizados. Com King’s Landing em cinzas, o discurso de Dany revela que a mãe dos dragões tem planos ousados, megalomaníacos. Depois de “libertar” Westeros da tirana Cersei (nas suas palavras, não nas do blog), ela agora deseja espalhar toda essa liberdade mundo afora.
Apesar do choque, Tyrion e Jon, que observam tudo na lateral do palanque, parecem relutantes em pensar numa maneira de impedir que isso aconteça. Até que Dany acusa o último Lannister de traição e manda prendê-lo. A partir desse momento, ele aproveita uma conversa com Jon, que acreditava ser a sua última, para tentar trazê-lo de volta à realidade, lembrá-lo da sua origem e dos perigos de manter a mãe dos dragões no trono de ferro.
A conversa parece não surtir efeito. Parece.
Não é novidade nenhuma que Dany estava enlouquecendo pouco a pouco, o que se consolidou no episódio passado quando ela decidiu queimar tudo e todos durante a “batalha” (ou o massacre de civis) contra Cersei Lannister.
Sua crueldade, contudo, acabou da mesma maneira como acabou a crueldade de outros tiranos: morte matada. De maneira chocante, no que seria uma cena de palavras bonitas de Jon para Dany e que nos fazem suspirar de tédio, ele, nosso ex-bastardo favorito, crava uma adaga no coração da sua amante. E o faz justo quando você estava olhando para o lado e pensando: “Af, que panacaAAAHHHH MEU DEUUUUSSSS”.
Drogon então aparece, raivoso (quem pode julgá-lo?), pega o corpo da sua mãe e se lança no horizonte. Um fim triste e melancólico demais para uma personagem tão relevante e tão interessante.
Bom, a partir daí, estamos diante da possibilidade real de Jon Snow se tornar o rei de Westeros. Justo ele, que fora tratado com desdém durante a infância, considerado um bastardo, relegado à Patrulha da Noite. Seria o lógico, certo? Afinal, ele é o herdeiro legítimo do trono de ferro. Mais legítimo que a própria Dany. No entanto, não é isso que acontece.
Com todos os representantes das maiores casas de Westeros reunidos, começa um debate sobre o que deve ser feito, já que não há mais uma rainha. Estão nesse get together: os Starks, Robin Arryn, Edmure Tully,Yara Greyjoy, Sam Tarly, Sor Davos, Brienne of Tarth, o menino de Dorne, entre outros. Tyrion é trazido da sua cela e então temos a notícia de que Jon foi preso pelos Unsullied por ser “queenslayer”. Matador de rainha, em bom português.
Começa então todo um debate sobre o que, afinal, deve ser feito dali em diante. Sam sugere até mesmo uma ideia louca e inédita que prevê que o próximo rei ou rainha seja escolhido pelo povo. Atabem, querido.
Eis que Tyrion começa a falar e começamos a ficar interessados no que ele está dizendo e que podemos resumir com: BRAN STARK REI. WHAAAATTT??
Não, não, você não leu errado. Ele sugere que Bran seja o rei, e que nunca mais um rei seja sucedido por um herdeiro (ufa, Joffrey foi traumático o suficiente). Daquele momento em diante, sempre que for necessário, esse conselho se reunirá para indicar o nome que ocupará o trono (simbólico, claro, já que o original foi derretido por Drogon, logo depois da morte de Dany). Uma saída diplomática, prontamente aceita por todas casas representadas. MAS NÃO ACABA AQUI.
Enquanto todos aceitam ter Bran como rei e o novo esquema de sucessão ao trono, Sansa decide se pronunciar, declara o Norte um território independente e diz que seu povo jamais se ajoelhará novamente, depois de tantos anos de guerras e sofrimento. Isso mesmo, queridos, Sansa vira RAINHA DO NORTE.
Como foi o final dos outros personagens
Tyrion vira Mão do Rei, enquanto Jon é mandado para a Muralha como Lorde Comandante da Patrulha da Noite. Arya faz o Cristóvão Colombo e decide explorar o mundo à oeste de Westeros. Brienne decide escrever a história de Jaime (e faz de um jeito fofo, embora ele não mereça) e passa a fazer parte do conselho do novo rei, ao lado de Bronn (que soma uma cacetada de títulos e posses), que é Mestre da Moeda, e Sam, Grande Meistre.
E assim chegamos ao fim dessa história magnífica, que preencheu nossas noites de domingo por tantos anos e foi tema de debates apaixonados na vida real e nas redes sociais. Muito embora esses finales sejam sempre melancólicos, o de Game of Thrones deixou um ar de esperança, como se o povo de Westeros pudesse agora finalmente descansar dos anos de violência e olhar para um futuro de paz e prosperidade.
Pelo menos ainda temos os últimos livros para esperar. Agora, se Westeros irá encontrar um final manso como esse nas palavras de George R.R. Martin, bem, essa é outra história.
Uau! Meus amigos, que jornada. Desde que a série estreou em 2011, os fãs de Game of Thrones choraram, vibraram, se emocionaram, odiaram. Embora o blog não tenha sido particularmente conquistado pelas últimas temporadas da série da HBO, é inegável que a mesma deixou a sua marca na história da televisão mundial.
A grande subversora dos arcos narrativos convencionais, a série que surpreendia a cada segundo de cada episódio. Dezenas de personagens, cada qual com sua história, uma sempre complexa, e milhares de núcleos. Contá-la da maneira como deveria não seria uma tarefa fácil. Sentiremos falta, mesmo que seja para passar raiva.
O episódio 6 da temporada 8, o último de Game of Thrones, consolidou todas essas emoções em 1h20 de duração. Não vamos mentir: não estamos impressionados. No entanto, o sentimento é o de que o seriado foi encerrado com certa nobreza em razão de alguns movimentos inesperados, e pontuais, que vieram à tona.
Foi o final que a série merecia? Não, não foi, mas também não vamos dizer que as expectativas eram altas, já que Game of Thrones vinha saindo dos trilhos há algumas temporadas, especialmente na pressa de se colocar um ponto final na história, o que sacrificou a sua qualidade. Colocando isso na balança, o veredito do blog é o de que a solução encontrada para encerrá-la foi razoável. Poderia ter sido pior. Bem pior.
Mas vamos ao que interessa? De mãos dadas e olhos marejados, sigamos juntos no resumo do episódio 6 da temporada 8, o último episódio de Game of Thrones. E cuidado com os spoilers! Não seguramos nenhum detalhe sórdido.
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O que aconteceu no episódio final de Game of Thrones
Estamos em uma arruinada King’s Landing. Cinzas e cadáveres carbonizados por todos os lados. Tyrion, Jon e Sor Davos caminham juntos, chocados com o resultado final da batalha de Dany contra Cersei (ou Dany contra o mundo). O saldo é violento, triste, decepcionante. Incredulidade define o clima entre os personagens.
Tyrion segue sozinho para falar com Dany. Com aquele ar de certeza sobre o futuro que só ele tem, tira um tempo para ver o que restou do castelo. Uma das cenas mais fortes acontece a seguir, quando ele se depara com os corpos de Cersei e Jaime, abraçados, sob os escombros daquilo que um dia foi símbolo do poder dos Lannister e tantos outros reis.
Ele a encontra falando para uma multidão barulhenta de Dothraki e milhares de Unsullied, sempre discretos e organizados. Com King’s Landing em cinzas, o discurso de Dany revela que a mãe dos dragões tem planos ousados, megalomaníacos. Depois de “libertar” Westeros da tirana Cersei (nas suas palavras, não nas do blog), ela agora deseja espalhar toda essa liberdade mundo afora.
Apesar do choque, Tyrion e Jon, que observam tudo na lateral do palanque, parecem relutantes em pensar numa maneira de impedir que isso aconteça. Até que Dany acusa o último Lannister de traição e manda prendê-lo. A partir desse momento, ele aproveita uma conversa com Jon, que acreditava ser a sua última, para tentar trazê-lo de volta à realidade, lembrá-lo da sua origem e dos perigos de manter a mãe dos dragões no trono de ferro.
A conversa parece não surtir efeito. Parece.
Não é novidade nenhuma que Dany estava enlouquecendo pouco a pouco, o que se consolidou no episódio passado quando ela decidiu queimar tudo e todos durante a “batalha” (ou o massacre de civis) contra Cersei Lannister.
Sua crueldade, contudo, acabou da mesma maneira como acabou a crueldade de outros tiranos: morte matada. De maneira chocante, no que seria uma cena de palavras bonitas de Jon para Dany e que nos fazem suspirar de tédio, ele, nosso ex-bastardo favorito, crava uma adaga no coração da sua amante. E o faz justo quando você estava olhando para o lado e pensando: “Af, que panacaAAAHHHH MEU DEUUUUSSSS”.
Drogon então aparece, raivoso (quem pode julgá-lo?), pega o corpo da sua mãe e se lança no horizonte. Um fim triste e melancólico demais para uma personagem tão relevante e tão interessante.
Bom, a partir daí, estamos diante da possibilidade real de Jon Snow se tornar o rei de Westeros. Justo ele, que fora tratado com desdém durante a infância, considerado um bastardo, relegado à Patrulha da Noite. Seria o lógico, certo? Afinal, ele é o herdeiro legítimo do trono de ferro. Mais legítimo que a própria Dany. No entanto, não é isso que acontece.
Com todos os representantes das maiores casas de Westeros reunidos, começa um debate sobre o que deve ser feito, já que não há mais uma rainha. Estão nesse get together: os Starks, Robin Arryn, Edmure Tully,Yara Greyjoy, Sam Tarly, Sor Davos, Brienne of Tarth, o menino de Dorne, entre outros. Tyrion é trazido da sua cela e então temos a notícia de que Jon foi preso pelos Unsullied por ser “queenslayer”. Matador de rainha, em bom português.
Começa então todo um debate sobre o que, afinal, deve ser feito dali em diante. Sam sugere até mesmo uma ideia louca e inédita que prevê que o próximo rei ou rainha seja escolhido pelo povo. Atabem, querido.
Eis que Tyrion começa a falar e começamos a ficar interessados no que ele está dizendo e que podemos resumir com: BRAN STARK REI. WHAAAATTT??
Não, não, você não leu errado. Ele sugere que Bran seja o rei, e que nunca mais um rei seja sucedido por um herdeiro (ufa, Joffrey foi traumático o suficiente). Daquele momento em diante, sempre que for necessário, esse conselho se reunirá para indicar o nome que ocupará o trono (simbólico, claro, já que o original foi derretido por Drogon, logo depois da morte de Dany). Uma saída diplomática, prontamente aceita por todas casas representadas. MAS NÃO ACABA AQUI.
Enquanto todos aceitam ter Bran como rei e o novo esquema de sucessão ao trono, Sansa decide se pronunciar, declara o Norte um território independente e diz que seu povo jamais se ajoelhará novamente, depois de tantos anos de guerras e sofrimento. Isso mesmo, queridos, Sansa vira RAINHA DO NORTE.
Como foi o final dos outros personagens
Tyrion vira Mão do Rei, enquanto Jon é mandado para a Muralha como Lorde Comandante da Patrulha da Noite. Arya faz o Cristóvão Colombo e decide explorar o mundo à oeste de Westeros. Brienne decide escrever a história de Jaime (e faz de um jeito fofo, embora ele não mereça) e passa a fazer parte do conselho do novo rei, ao lado de Bronn (que soma uma cacetada de títulos e posses), que é Mestre da Moeda, e Sam, Grande Meistre.
E assim chegamos ao fim dessa história magnífica, que preencheu nossas noites de domingo por tantos anos e foi tema de debates apaixonados na vida real e nas redes sociais. Muito embora esses finales sejam sempre melancólicos, o de Game of Thrones deixou um ar de esperança, como se o povo de Westeros pudesse agora finalmente descansar dos anos de violência e olhar para um futuro de paz e prosperidade.
Pelo menos ainda temos os últimos livros para esperar. Agora, se Westeros irá encontrar um final manso como esse nas palavras de George R.R. Martin, bem, essa é outra história.