A Temporada 7 de Game of Thrones chegou ao fim. Ainda bem
Depois de uma temporada ruim e cheia de furos, Game of Thrones afunila a história rumo ao fim. Será que a grandeza desse universo será respeitada?
Publicado em 28 de agosto de 2017 às, 17h07.
Última atualização em 29 de agosto de 2017 às, 10h05.
No meio da ressaca do episódio final de Game of Thrones, o blog entrou em uma reflexão profunda sobre os rumos que a série tomou nesta temporada, a penúltima de sua história, e começou a traçar as previsões para a 8ª e última, que só deve fazer a sua estreia em 2019.
Começando pelo balanço do que já foi: infelizmente, o saldo não é positivo. Desde o início da temporada, em meados de julho, reclamamos do ritmo, veloz em alguns pontos e lentíssimo em outros, mostrando a falta de coerência do roteiro, e falamos sobre como isso prejudicou o desenvolvimento dos núcleos narrativos e seus personagens.
É verdade que o finale trouxe momentos espetaculares (veja aqui a crítica completa) e sinalizou a retomada do fôlego da trama. Mostrou também que ainda é possível combinar a ação das batalhas com as disputas de poder, características essenciais de GoT que contribuíram para o sucesso da série.
Não sabemos, no entanto, se isso é suficiente para deixar para lá os diálogos ruins, as resoluções fáceis para situações complexas e a confiança altíssima no recurso da “impossibilidade plausível” — a ideia de que os espectadores suspendem o senso de realidade em prol de eventos inverossímeis. Não vamos confundir fantasia, ficção e magia com incoerência.
Com o passo acelerado (justificável do ponto de vista da redução do número de episódios de 10 para 7, mas não da qualidade narrativa), esses defeitos ficaram evidentes. Na visão do blog, a atual temporada foi a pior já feita e deixou clara a falta que a escrita de George R. R. Martin faz, já que não há mais referências dos livros para guiar a série.
Vejam, a história de Game of Thrones é monumental. São centenas de personagens, cada qual com suas particularidades, embrenhados entre alianças e desafetos, buscando a sobrevivência e o poder. Transferir essa complexidade para enredos curtos e adaptados à realidade da televisão é uma tarefa dificílima. E fazê-lo de modo acelerado torna tudo ainda mais difícil.
Ainda assim, e mesmo com o afunilamento justificável da história (uma escolha feita pelos roteiristas para sinalizar que estamos nos dirigindo para o fechamento da série), é difícil entender a simplificação da narrativa e os furos que apareceram.
E isso nos leva diretamente para as expectativas em torno do que temporada 8 de Game of Thrones trará. A nova fase, informou o site Business Insider, pode estrear apenas em 2019 e há evidências de que terá menos episódios, porém mais longos: devem ser 6 com 82 minutos cada.
A julgar pelo que vimos na temporada 7, o que mais incomoda é a incerteza em torno do que vamos encontrar quando o final chegar: o respeito à grandeza desse universo construído com tanto primor nos últimos anos ou a sua ruína de uma vez por todas em mais uma temporada descuidada.