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Porque está tão difícil engajar os jovens?

Engajamento está na pauta de prioridades dos gestores. O grande desafio é conquistar o comprometimento profissional das novas gerações de profissionais

 (divulgacao/Reprodução)
(divulgacao/Reprodução)
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Sidnei Oliveira

Publicado em 27 de novembro de 2017 às, 18h08.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às, 13h16.

Não há dúvidas que a palavra "engajamento" está na pauta de prioridades de 10 entre 10 gestores. O grande desafio tem sido conquistar o comprometimento profissional, principalmente das novas gerações de profissionais – A geração Y e Z – conhecidos como os jovens “millennials”.

Há muita especulação e estereótipos que tentam explicar esse comportamento. Como fato concreto, temos apenas a constatação de que a relação do jovem com o trabalho é absolutamente diferente dos referenciais passados e precisa incluir fatores abstratos como Felicidade, Equilíbrio de Vida e Propósito, tornando o desafio de engajamento quase que um exercício de singularidade, afinal cada um tem a própria individualidade e manifesta motivação apenas para os próprios interesses.

O momento atual do Brasil torna a questão do engajamento, um fator ainda mais complexo e traz para o debate a necessidade da participação dos jovens nas eleições, uma vez que a omissão de um posicionamento político-social afeta completamente o resultado de um pleito eleitoral. O mais recente exemplo aconteceu com os resultados da última eleição para prefeito, onde diversos candidatos alcançaram o cargo majoritário com votações inferiores ao de votos Brancos e nulos.

Entretanto, pelo menos na questão político-social, o debate sobre engajamento dos jovens está sendo levado a sério e existem iniciativas que respeitam a nova realidade de comunicação colaborativa através das redes sociais. Exemplo disso é protagonizado pelo professor e escritor José Vasconcelos, que no alto dos seus 80 anos de idade tem feito um trabalho consistente para abrir a consciência da população brasileira através do seu livro “Democracia Pura”. Ele iniciou um debate nas redes sociais, convocando os jovens a se engajarem do pensamento democrático, criando inclusive o Movimento Democracia Pura  onde desenvolveu um sistema que possibilita o jovem se manifestar e participar diretamente das decisões nacionais.

Esta é uma iniciativa com enormes possibilidades de engajar o jovem a protagonizar uma real influência em questões que irão definir o Brasil em que ele irá viver pelos próximos anos, contudo ainda fica uma questão fundamental que é o efetivo envolvimento prático.

Esta é uma questão que só pode ser modelada através do exemplo. E isso significa que o engajamento do jovem está completamente conectado ao tipo de engajamento que indivíduos mais veteranos serão capazes de demonstrar, pois já é conhecido todo potencial da “geração millennials”.

O que precisamos agora é, como veteranos, dar o exemplo e dar espaço para eles construírem o Brasil que todos queremos.

Ao jovem "Millennials" fica o convite para de fato, entrar no jogo e jogar, mesmo que o cenário não esteja favorável, pois será ele que definirá qual cenário irá querer vencer o próprio jogo.