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O efeito “geração millennials” – 2 - Fragilidade da crítica

A facilidade de argumentar e criticar, revela muito mais fragilidade do que competência.

(internet/Reprodução)
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sidneioliveirablog

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 12h42.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2018 às 08h07.

Um dos aspectos mais visíveis nos jovens da “geração millennials”, é a facilidade que possuem em argumentar e até mesmo apontar problemas quando estão diante de alguma situação que represente o risco de prejudicá-los diretamente. Esse é um talento que resulta em grande parte, da “super-nutrição de informações” que eles estão submetidos nas mídias sociais.

Essa condição não esta restrita ao jovem, afinal todos os indivíduos, independente da idade, podem usufruir dessa evolução social provocada pela internet e suas infinitas possibilidades. Contudo, é inegável que são os jovens que melhor sabem, como acessar o infinito universo de dados que permitem estabelecer referenciais de comparação muito eficazes, por isso a extraordinária capacidade de crítica e retórica que observamos nos “millennials”.

Tal cenário é tão evidente, que as empresas e seus gestores já não consideram o jovem, apenas uma força de trabalho novata e portanto, mais barata. Tudo está se transformando, contudo ainda não está muito claro, quais são os novos pilares que sustentarão a nova realidade de gestão.

A busca por engajamento e a retenção de jovens profissionais agora é tão prioritária quando a gestão do negócio e o foco nos resultados, mas mesmo assim, esse fator não representa ainda, ações práticas e eficazes no aproveitamento de todo potencial de inovação e produção que os jovens podem realizar.

Chega a ser um paradoxo que a maior quantidade de indivíduos desocupados ou desempregados estão justamente na faixa de 18 a 24 anos – ( 25,9% em 2017 – IBGE), quando justamente deveríamos estar observando o pleno emprego de todo potencial produtivo que a geração mais preparada da atualidade deveria representar.

Isso significa que há um desafio educacional sem precedentes.

Como veteranos, erramos nas últimas duas décadas, ao dedicar muita energia apenas em qualificar os mais jovens em competências, fornecendo todo tipo de acesso a informações, treinamentos e formações teóricas. O erro foi justamente negligenciar o desenvolvimento das atitudes, provocando o surgimento de uma geração frágil e completamente dependente da mesma tecnologia que deveria ajudar a ampliar, de forma exponencial, todo potencial dos jovens millennials.

O resultado é que hoje, sem muito esforço, encontramos jovens ambiciosos, declarando seus sonhos e expectativas nas redes sociais, mas que agem de forma indiferente ou omissos diante dos desafios, aguardando algum tipo de solução colaborativa que alguém deveria estar apresentando.

Não há mais dúvidas de que os jovens estão alterando e irão continuar transformando completamente o mundo, mas precisamos entender que isso está acontecendo justamente por causa dos comportamentos e expectativas deles, por isso não se pode mais, negligenciar o desenvolvimento das atitudes dessa geração.

Aprender a lidar com as frustrações, desenvolvendo a resiliência necessária nesse mundo em transformação, deve ser uma das principais buscas que o jovem deve promover em sua vida, pois assim alcançará a maturidade e autonomia para lidar com suas escolhas e seus propósitos.

Um dos aspectos mais visíveis nos jovens da “geração millennials”, é a facilidade que possuem em argumentar e até mesmo apontar problemas quando estão diante de alguma situação que represente o risco de prejudicá-los diretamente. Esse é um talento que resulta em grande parte, da “super-nutrição de informações” que eles estão submetidos nas mídias sociais.

Essa condição não esta restrita ao jovem, afinal todos os indivíduos, independente da idade, podem usufruir dessa evolução social provocada pela internet e suas infinitas possibilidades. Contudo, é inegável que são os jovens que melhor sabem, como acessar o infinito universo de dados que permitem estabelecer referenciais de comparação muito eficazes, por isso a extraordinária capacidade de crítica e retórica que observamos nos “millennials”.

Tal cenário é tão evidente, que as empresas e seus gestores já não consideram o jovem, apenas uma força de trabalho novata e portanto, mais barata. Tudo está se transformando, contudo ainda não está muito claro, quais são os novos pilares que sustentarão a nova realidade de gestão.

A busca por engajamento e a retenção de jovens profissionais agora é tão prioritária quando a gestão do negócio e o foco nos resultados, mas mesmo assim, esse fator não representa ainda, ações práticas e eficazes no aproveitamento de todo potencial de inovação e produção que os jovens podem realizar.

Chega a ser um paradoxo que a maior quantidade de indivíduos desocupados ou desempregados estão justamente na faixa de 18 a 24 anos – ( 25,9% em 2017 – IBGE), quando justamente deveríamos estar observando o pleno emprego de todo potencial produtivo que a geração mais preparada da atualidade deveria representar.

Isso significa que há um desafio educacional sem precedentes.

Como veteranos, erramos nas últimas duas décadas, ao dedicar muita energia apenas em qualificar os mais jovens em competências, fornecendo todo tipo de acesso a informações, treinamentos e formações teóricas. O erro foi justamente negligenciar o desenvolvimento das atitudes, provocando o surgimento de uma geração frágil e completamente dependente da mesma tecnologia que deveria ajudar a ampliar, de forma exponencial, todo potencial dos jovens millennials.

O resultado é que hoje, sem muito esforço, encontramos jovens ambiciosos, declarando seus sonhos e expectativas nas redes sociais, mas que agem de forma indiferente ou omissos diante dos desafios, aguardando algum tipo de solução colaborativa que alguém deveria estar apresentando.

Não há mais dúvidas de que os jovens estão alterando e irão continuar transformando completamente o mundo, mas precisamos entender que isso está acontecendo justamente por causa dos comportamentos e expectativas deles, por isso não se pode mais, negligenciar o desenvolvimento das atitudes dessa geração.

Aprender a lidar com as frustrações, desenvolvendo a resiliência necessária nesse mundo em transformação, deve ser uma das principais buscas que o jovem deve promover em sua vida, pois assim alcançará a maturidade e autonomia para lidar com suas escolhas e seus propósitos.

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