Bolsonaro, o novo puxador de votos
A eleição marca o início de um ciclo de liderança personalista do maior puxador de votos desde Lula
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2018 às 11h55.
Jair Bolsonaro (PSL) não venceu a eleição presidencial no primeiro turno, mas sua vitória foi avassaladora: 46% contra 29 % de Fernando Haddad (PT). Uma diferença de 18 milhões de votos. Assim como a maioria dos analistas, fiquei surpreso com a magnitude da diferença. Na reta final, Bolsonaro subiu 6 pontos a mais do que as pesquisas de intenção de voto diziam. Não houve erro nas pesquisas, mas sim um movimento de última hora favorável à vitória do ex-capitão no primeiro turno. Apesar de isto não ter ocorrido, o resultado credencia-o como favorito no segundo turno.
O candidato do PSL foi o grande puxador de votos desta eleição. Até pouquíssimo tempo atrás, pensava-se que Lula (PT) teria esse papel. Afinal, o capital político do ex-presidente preso ainda é grande: ele chegava a 37% das intenções de voto antes de ser forçado, pelas circunstâncias (e a Justiça), a indicar Fernando Haddad (PT) como candidato do partido. Bem, Haddad foi ao segundo turno, mas o PT elegeu 57 deputados – 11 a menos do que em 2014. Claro que não é um desastre.
Mas o PSL de Bolsonaro conseguiu algo inacreditável. O partido terá uma bancada de 52 deputados, a segunda maior da Câmara dos Deputados. Candidatos aos governos de São Paulo (João Doria, PSDB), Rio de Janeiro (Wilson Witzel, PSC) e Minas Gerais (Romeu Zema, Novo) se beneficiaram imensamente do discurso pró-Bolsonaro para irem ao segundo turno. Com o apoio de alguns governadores (e muitos deputados e senadores), Bolsonaro, caso eleito, terá um respiro de apoio político no inicio de seu governo.
A eleição significa, acima de tudo, uma derrota avassaladora dos partidos tradicionais e o início de um ciclo de liderança personalista do maior puxador de votos desde Lula.
Jair Bolsonaro (PSL) não venceu a eleição presidencial no primeiro turno, mas sua vitória foi avassaladora: 46% contra 29 % de Fernando Haddad (PT). Uma diferença de 18 milhões de votos. Assim como a maioria dos analistas, fiquei surpreso com a magnitude da diferença. Na reta final, Bolsonaro subiu 6 pontos a mais do que as pesquisas de intenção de voto diziam. Não houve erro nas pesquisas, mas sim um movimento de última hora favorável à vitória do ex-capitão no primeiro turno. Apesar de isto não ter ocorrido, o resultado credencia-o como favorito no segundo turno.
O candidato do PSL foi o grande puxador de votos desta eleição. Até pouquíssimo tempo atrás, pensava-se que Lula (PT) teria esse papel. Afinal, o capital político do ex-presidente preso ainda é grande: ele chegava a 37% das intenções de voto antes de ser forçado, pelas circunstâncias (e a Justiça), a indicar Fernando Haddad (PT) como candidato do partido. Bem, Haddad foi ao segundo turno, mas o PT elegeu 57 deputados – 11 a menos do que em 2014. Claro que não é um desastre.
Mas o PSL de Bolsonaro conseguiu algo inacreditável. O partido terá uma bancada de 52 deputados, a segunda maior da Câmara dos Deputados. Candidatos aos governos de São Paulo (João Doria, PSDB), Rio de Janeiro (Wilson Witzel, PSC) e Minas Gerais (Romeu Zema, Novo) se beneficiaram imensamente do discurso pró-Bolsonaro para irem ao segundo turno. Com o apoio de alguns governadores (e muitos deputados e senadores), Bolsonaro, caso eleito, terá um respiro de apoio político no inicio de seu governo.
A eleição significa, acima de tudo, uma derrota avassaladora dos partidos tradicionais e o início de um ciclo de liderança personalista do maior puxador de votos desde Lula.