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UBER. Uma marca para amar ou não?

Sua marca mexe com o coração do consumidor de maneira positiva ou negativa?

Uber (Reprodução)
MO

Marcio Oliveira

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 12h25.

Última atualização em 27 de novembro de 2017 às 12h39.

Conhecemos o ditado popular “futebol, política e religião não se discutem”, certo? Estou quase mudando ele para “futebol, política, religião e MARCAS não se discutem”. Digo isso porque algumas marcas eu enquadro na categoria de marcas que mexem com o coração do consumidor. Elas conseguiram ao longo da sua construção, atingir diretamente e com mais força a emoção do que a razão das pessoas, como o futebol faz, por exemplo. E como o futebol, muitas pessoas elegem marcas do coração para amar e marcas do coração para detestar.

Marcas como Apple, Microsoft, Coca-Cola, Porsche, Ferrari e Starbucks, são exemplos das que enquadro nesta categoria de marcas que mexem com o coração . Logicamente todas elas sempre trabalham para serem amadas, mas muitas acabam também fazendo coisas que as tornam detestadas.

E nos últimos anos, novas marcas vem surgindo e dependendo do mercado, elas já nascem abalando as emoções das pessoas, como o UBER. Aliás, creio que nos últimos tempos, nenhuma marca conseguiu tanta emoção de amor e ódio como o UBER, em escala mundial e em tão pouco tempo.

O primeiro artigo sobre o UBER que escrevi neste blog foi há quase 2 anos, no auge da disputa com taxistas na cidade de São Paulo, quando houveram vários casos de agressões a motoristas e passageiros do UBER.

Naquele artigo, abordei o fato de que a nascimento do UBER mostrava já uma tendência de mudança na relação entre empresas e pessoas na sociedade, incluindo serviços como o de transporte. Se já era a mudança definitiva ou apenas o começo em busca de um novo modelo, ainda não sabíamos.

Na época, para mim, o UBER representava esta disrupção de um modelo de mercado para algo que parecia ser melhor para a sociedade e, por mais que ela fosse odiada pelos taxistas, estava conseguindo virar uma marca amada pelos clientes. Confesso que passei a ser um cliente assíduo, inclusive me questionando se realmente precisava ter um carro para o deslocamento diário. Eu estava gostando realmente da marca.

Me parecia que o UBER realmente tinha um propósito como marca que era diferente, e creio que ele ainda tem. E como diz Simon Sinek, “um cliente não compra o que a sua empresa faz, mas o por que a sua empresa faz”.

Mas o tempo passa, e parece que para estas start-ups que nascem e crescem rápido, o tempo passa mais rápido ainda. E apesar de só fazer dois anos deste meu primeiro artigo, vejo que hoje o cenário do UBER é bem diferente.

Sim, ela ainda está enquadrada na minha categoria de marcas que mexem com o coração, mas vejo muita gente que não gosta mais do UBER como antes. Aliás, vejo também que o UBER deixou se levar por uma visão de poder equivocada, que o transformou ao final, como uma empresa como outra qualquer e com o comportamento muitas vezes questionável, seja na relação como seus clientes, com seus parceiros e motoristas, com seus funcionários, com governos ou mesmo com a sociedade como um todo. E para isso, basta ver a quantidade de escândalos envolvendo o UBER no mundo todo nos últimos 2 anos.

E o último escândalo descoberto recentemente, mostrando que a empresa pagou US$ 100 mil a hackers para ocultar o vazamento de dados de 57 milhões de usuários ocorrido em 2016, demostra que apesar do UBER ter conseguido influenciar o comportamento da sociedade na questão de transporte e deslocamento urbano, talvez ela ainda não esteja preparada para ser a protagonista no futuro disso. Mas isso é só a minha opinião e, sinceramente, gostaria de estar errado.

Por hora, o que vejo de concreto é que o UBER ainda continua sendo uma marca amada por muitos, mas agora também detestada não mais apenas pelos taxistas.

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Conhecemos o ditado popular “futebol, política e religião não se discutem”, certo? Estou quase mudando ele para “futebol, política, religião e MARCAS não se discutem”. Digo isso porque algumas marcas eu enquadro na categoria de marcas que mexem com o coração do consumidor. Elas conseguiram ao longo da sua construção, atingir diretamente e com mais força a emoção do que a razão das pessoas, como o futebol faz, por exemplo. E como o futebol, muitas pessoas elegem marcas do coração para amar e marcas do coração para detestar.

Marcas como Apple, Microsoft, Coca-Cola, Porsche, Ferrari e Starbucks, são exemplos das que enquadro nesta categoria de marcas que mexem com o coração . Logicamente todas elas sempre trabalham para serem amadas, mas muitas acabam também fazendo coisas que as tornam detestadas.

E nos últimos anos, novas marcas vem surgindo e dependendo do mercado, elas já nascem abalando as emoções das pessoas, como o UBER. Aliás, creio que nos últimos tempos, nenhuma marca conseguiu tanta emoção de amor e ódio como o UBER, em escala mundial e em tão pouco tempo.

O primeiro artigo sobre o UBER que escrevi neste blog foi há quase 2 anos, no auge da disputa com taxistas na cidade de São Paulo, quando houveram vários casos de agressões a motoristas e passageiros do UBER.

Naquele artigo, abordei o fato de que a nascimento do UBER mostrava já uma tendência de mudança na relação entre empresas e pessoas na sociedade, incluindo serviços como o de transporte. Se já era a mudança definitiva ou apenas o começo em busca de um novo modelo, ainda não sabíamos.

Na época, para mim, o UBER representava esta disrupção de um modelo de mercado para algo que parecia ser melhor para a sociedade e, por mais que ela fosse odiada pelos taxistas, estava conseguindo virar uma marca amada pelos clientes. Confesso que passei a ser um cliente assíduo, inclusive me questionando se realmente precisava ter um carro para o deslocamento diário. Eu estava gostando realmente da marca.

Me parecia que o UBER realmente tinha um propósito como marca que era diferente, e creio que ele ainda tem. E como diz Simon Sinek, “um cliente não compra o que a sua empresa faz, mas o por que a sua empresa faz”.

Mas o tempo passa, e parece que para estas start-ups que nascem e crescem rápido, o tempo passa mais rápido ainda. E apesar de só fazer dois anos deste meu primeiro artigo, vejo que hoje o cenário do UBER é bem diferente.

Sim, ela ainda está enquadrada na minha categoria de marcas que mexem com o coração, mas vejo muita gente que não gosta mais do UBER como antes. Aliás, vejo também que o UBER deixou se levar por uma visão de poder equivocada, que o transformou ao final, como uma empresa como outra qualquer e com o comportamento muitas vezes questionável, seja na relação como seus clientes, com seus parceiros e motoristas, com seus funcionários, com governos ou mesmo com a sociedade como um todo. E para isso, basta ver a quantidade de escândalos envolvendo o UBER no mundo todo nos últimos 2 anos.

E o último escândalo descoberto recentemente, mostrando que a empresa pagou US$ 100 mil a hackers para ocultar o vazamento de dados de 57 milhões de usuários ocorrido em 2016, demostra que apesar do UBER ter conseguido influenciar o comportamento da sociedade na questão de transporte e deslocamento urbano, talvez ela ainda não esteja preparada para ser a protagonista no futuro disso. Mas isso é só a minha opinião e, sinceramente, gostaria de estar errado.

Por hora, o que vejo de concreto é que o UBER ainda continua sendo uma marca amada por muitos, mas agora também detestada não mais apenas pelos taxistas.

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