Quem tem olhos, veja. Quem tem ouvidos, ouça.
Sua empresa quer realmente fazer medição de resultados? Então é sinal de que ela quer ver e ouvir resultados e críticas para se aperfeiçoar.
Leonardo Barci
Publicado em 19 de junho de 2017 às 09h00.
Última atualização em 19 de junho de 2017 às 10h53.
Se há uma palavra que expresse o momento atual nas empresas é Analytics. A descoberta de que a matemática é capaz de melhorar os negócios não é uma ciência exatamente nova. Embora Big Data seja a buzz word do momento, de nada valem os dados se eles não forem utilizados em benefício de todos.
Fazer algum tipo de comunicação e medir diretamente o resultado das ações tem suas primeiras referências em 1888 a partir do catálogo americano de uma empresa que teve, inclusive, presença no Brasil por alguns anos – a Sears.
Para quem trabalhou com o chamado Marketing Direto, medição de resultados nunca foi uma opção, mas parte do negócio.
Dos profissionais de marketing que já nasceram na era da internet, medir é tão comum quanto andar com o celular a tiracolo.
Olhando para os últimos 20 a 30 anos, a maior parte dos profissionais que foi contratado, principalmente para dirigir o marketing das empresas, tem saído da área de exatas (engenheiros, administradores e afins). O ‘cheque em branco’ para gastar com comunicação tem sido cada vez mais história do pessoal da velha guarda.
Enquanto o cenário dentro das empresas evolui para mais números e medição, descubro que nem todos estão preparados para este novo momento.
Tempos atrás em uma reunião, estávamos discutindo uma nova ação que deveria sair em breve e uma das pessoas na sala disse uma frase que no mínimo me assustou: “A lista de pessoas não é importante, a ação vai sair com ou sem lista. ”
Para quem trabalha com marketing E medição de resultados, a frase acima chega a ser inacreditável. Parafraseando Thomas Davenport em seu livro Competing on Analytics, ‘as empresas precisam se tornar analíticas’, isto é, adquirir capacidades de mensurar e saber agir a partir dos números anotados. Isso não nasce do dia para a noite, é preciso desenvolver esta habilidade.
Para quem trabalha com internet dentro de sua composição de ferramentas de marketing - o que hoje já responde por praticamente 100% das empresas -, medir é uma consequência natural.
Descobri a duras penas qual o peso da medição. Anos atrás em um cliente, sugeri que modelássemos uma base de pessoas para selecionar aquelas que mais respondessem a uma determinada ação. Até aquele momento, o trabalho no cliente era do que chamávamos na época de ‘Marketing Direto de Massa’. Com alguma relutância o cliente concordou e criamos um primeiro modelo estatístico e fizemos uma seleção mais ajustada da base.
Por uma série de pequenos e grandes erros o resultado da ação se mostrou pior do que não fazer nada. No dia de apresentar os resultados, senti literalmente o peso de se medir as coisas.
Talvez por uma sorte do destino, o cliente não quis ‘malhar o Judas’, mas aprender com os erros que foram cometidos. Não saberia dizer exatamente quem foi a pessoa ou as pessoas que resolveram apoiar a continuidade de somar matemática e comunicação depois de um equívoco tão básico como esse. Sei que aquele foi um time que poucas vezes encontrei algum igual em minha carreira. Foram pessoas destemidas e com coragem suficiente para se expor a resultados bons e ruins.
Pouco mais de 10 anos depois reencontrei no aeroporto com uma pessoa que esteve no início deste trabalho e ela me disse simplesmente: “Léo, aquele trabalho de Marketing baseado em dados que fizemos, é reconhecido na empresa até hoje. Ele fez e continua fazendo a diferença nas ações de comunicação e relacionamento da marca. Posso dizer que valeu o esforço! ”
Ao longo do tempo acabei descobrindo que medir é uma escolha. É de verdade querer ver e ouvir os resultados e críticas para se fazer, no final do dia, um trabalho melhor.
Se há uma palavra que expresse o momento atual nas empresas é Analytics. A descoberta de que a matemática é capaz de melhorar os negócios não é uma ciência exatamente nova. Embora Big Data seja a buzz word do momento, de nada valem os dados se eles não forem utilizados em benefício de todos.
Fazer algum tipo de comunicação e medir diretamente o resultado das ações tem suas primeiras referências em 1888 a partir do catálogo americano de uma empresa que teve, inclusive, presença no Brasil por alguns anos – a Sears.
Para quem trabalhou com o chamado Marketing Direto, medição de resultados nunca foi uma opção, mas parte do negócio.
Dos profissionais de marketing que já nasceram na era da internet, medir é tão comum quanto andar com o celular a tiracolo.
Olhando para os últimos 20 a 30 anos, a maior parte dos profissionais que foi contratado, principalmente para dirigir o marketing das empresas, tem saído da área de exatas (engenheiros, administradores e afins). O ‘cheque em branco’ para gastar com comunicação tem sido cada vez mais história do pessoal da velha guarda.
Enquanto o cenário dentro das empresas evolui para mais números e medição, descubro que nem todos estão preparados para este novo momento.
Tempos atrás em uma reunião, estávamos discutindo uma nova ação que deveria sair em breve e uma das pessoas na sala disse uma frase que no mínimo me assustou: “A lista de pessoas não é importante, a ação vai sair com ou sem lista. ”
Para quem trabalha com marketing E medição de resultados, a frase acima chega a ser inacreditável. Parafraseando Thomas Davenport em seu livro Competing on Analytics, ‘as empresas precisam se tornar analíticas’, isto é, adquirir capacidades de mensurar e saber agir a partir dos números anotados. Isso não nasce do dia para a noite, é preciso desenvolver esta habilidade.
Para quem trabalha com internet dentro de sua composição de ferramentas de marketing - o que hoje já responde por praticamente 100% das empresas -, medir é uma consequência natural.
Descobri a duras penas qual o peso da medição. Anos atrás em um cliente, sugeri que modelássemos uma base de pessoas para selecionar aquelas que mais respondessem a uma determinada ação. Até aquele momento, o trabalho no cliente era do que chamávamos na época de ‘Marketing Direto de Massa’. Com alguma relutância o cliente concordou e criamos um primeiro modelo estatístico e fizemos uma seleção mais ajustada da base.
Por uma série de pequenos e grandes erros o resultado da ação se mostrou pior do que não fazer nada. No dia de apresentar os resultados, senti literalmente o peso de se medir as coisas.
Talvez por uma sorte do destino, o cliente não quis ‘malhar o Judas’, mas aprender com os erros que foram cometidos. Não saberia dizer exatamente quem foi a pessoa ou as pessoas que resolveram apoiar a continuidade de somar matemática e comunicação depois de um equívoco tão básico como esse. Sei que aquele foi um time que poucas vezes encontrei algum igual em minha carreira. Foram pessoas destemidas e com coragem suficiente para se expor a resultados bons e ruins.
Pouco mais de 10 anos depois reencontrei no aeroporto com uma pessoa que esteve no início deste trabalho e ela me disse simplesmente: “Léo, aquele trabalho de Marketing baseado em dados que fizemos, é reconhecido na empresa até hoje. Ele fez e continua fazendo a diferença nas ações de comunicação e relacionamento da marca. Posso dizer que valeu o esforço! ”
Ao longo do tempo acabei descobrindo que medir é uma escolha. É de verdade querer ver e ouvir os resultados e críticas para se fazer, no final do dia, um trabalho melhor.