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Quando o cliente diz Sim

Quanto vale o “Sim” do seu cliente? Você costuma perguntar se ele está disposto a ouvir antes de você (como empresa) falar?

Opt-in
LB

Leonardo Barci

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 10h32.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h57.

Quanto vale um “Sim”?

Quando perguntei a um amigo, de uma agência de marketing o que, na visão dele, significava uma Estratégia de Relacionamento com Clientes (ou CRM) que funciona, ele me disse o seguinte: “É quando o Cliente e a Empresa dizem Sim! Qualquer outra combinação não é um relacionamento de verdade. ”

-

O “Sim” chega a ser tão desafiador que já virou até tema de filme, como aconteceu em Hitch o conselheiro amoroso, e no programa de TV Tudo pelo Sim -The Proposers.

Mas o que significa o Sim na relação Cliente-Empresa?

O Sim vem da consciência da escolha.  É quando o cliente sabe que disse sim para a empresa contatá-lo.

Na minha opinião, temos caminhado relativamente bem no Brasil nos últimos anos sob o ponto de vista legal, como no caso do Marco Civil da Internet, bem como no Anteprojeto de Lei para a Proteção de Dados Pessoais.

Isto mostra que o legislativo está ouvindo as pessoas.

Mas será que as empresas e as associações também estão sintonizadas com esta fala dos clientes?

Na minha leitura, não.

Na contramão do sim, as associações de marketing vêm apoiando um modelo de soft opt-in (contrário ao proposto no anteprojeto), isto é, a empresa se comunica com o cliente até que ele diga não. neste caso, não há a necessidade de um aceite prévio.

O motivo para este posicionamento é bastante simples: até o presente momento são raríssimas as empresas que construíram suas bases de dados com base em opt-in (confirmação formal do cliente em receber comunicações da empresa). Em meus 20 anos de profissão, tenho referência de apenas uma empresa que trabalha com uma base de relacionamento com 100% das pessoas com opt-in. Não é por acaso que as ações desta empresa são acima da média!

Guardo a referência com base no estudo do Murillo Boccia de que, de forma geral, quando se fala de privacidade de dados, as pessoas se posicionam mais ou menos assim: 1/3 não está nem aí para a privacidade de suas informações, 1/3 não quer de forma nenhuma que seus dados sejam acessados/divulgados/trabalhados sem prévia autorização formal e 1/3 está em algum ponto no meio destes dois extremos.

Partindo desta referência, teríamos algo ao redor de 70% que diria “Sim” se fosse perguntado. O ruído que acaba surgindo é que empresas insistem em falar com os 30% que não querem fazer parte de um relacionamento! A consequência é que esta falta de sensibilidade, acaba arrastando para o não, pessoas que estariam a princípio abertas a um relacionamento.

Se você chegou até aqui comigo, talvez esteja se perguntando qual seria então um bom caminho para o início (e eventualmente o meio) de uma relação cliente-empresa.

Na minha visão, o “Sim” na relação:

Uma relação que funciona é aquela que floresce, não apenas por um sim, mas por dois: da empresa e do cliente . Se a relação traz alegria apenas para sua empresa, então ela tem expectativa de vida curta.

Encante seu cliente!

Quanto vale um “Sim”?

Quando perguntei a um amigo, de uma agência de marketing o que, na visão dele, significava uma Estratégia de Relacionamento com Clientes (ou CRM) que funciona, ele me disse o seguinte: “É quando o Cliente e a Empresa dizem Sim! Qualquer outra combinação não é um relacionamento de verdade. ”

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O “Sim” chega a ser tão desafiador que já virou até tema de filme, como aconteceu em Hitch o conselheiro amoroso, e no programa de TV Tudo pelo Sim -The Proposers.

Mas o que significa o Sim na relação Cliente-Empresa?

O Sim vem da consciência da escolha.  É quando o cliente sabe que disse sim para a empresa contatá-lo.

Na minha opinião, temos caminhado relativamente bem no Brasil nos últimos anos sob o ponto de vista legal, como no caso do Marco Civil da Internet, bem como no Anteprojeto de Lei para a Proteção de Dados Pessoais.

Isto mostra que o legislativo está ouvindo as pessoas.

Mas será que as empresas e as associações também estão sintonizadas com esta fala dos clientes?

Na minha leitura, não.

Na contramão do sim, as associações de marketing vêm apoiando um modelo de soft opt-in (contrário ao proposto no anteprojeto), isto é, a empresa se comunica com o cliente até que ele diga não. neste caso, não há a necessidade de um aceite prévio.

O motivo para este posicionamento é bastante simples: até o presente momento são raríssimas as empresas que construíram suas bases de dados com base em opt-in (confirmação formal do cliente em receber comunicações da empresa). Em meus 20 anos de profissão, tenho referência de apenas uma empresa que trabalha com uma base de relacionamento com 100% das pessoas com opt-in. Não é por acaso que as ações desta empresa são acima da média!

Guardo a referência com base no estudo do Murillo Boccia de que, de forma geral, quando se fala de privacidade de dados, as pessoas se posicionam mais ou menos assim: 1/3 não está nem aí para a privacidade de suas informações, 1/3 não quer de forma nenhuma que seus dados sejam acessados/divulgados/trabalhados sem prévia autorização formal e 1/3 está em algum ponto no meio destes dois extremos.

Partindo desta referência, teríamos algo ao redor de 70% que diria “Sim” se fosse perguntado. O ruído que acaba surgindo é que empresas insistem em falar com os 30% que não querem fazer parte de um relacionamento! A consequência é que esta falta de sensibilidade, acaba arrastando para o não, pessoas que estariam a princípio abertas a um relacionamento.

Se você chegou até aqui comigo, talvez esteja se perguntando qual seria então um bom caminho para o início (e eventualmente o meio) de uma relação cliente-empresa.

Na minha visão, o “Sim” na relação:

Uma relação que funciona é aquela que floresce, não apenas por um sim, mas por dois: da empresa e do cliente . Se a relação traz alegria apenas para sua empresa, então ela tem expectativa de vida curta.

Encante seu cliente!

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