Pior do que está não fica! Será?
Informação e tempo. Como estes dois fatores podem trabalhar a seu favor nos dias atuais?
Leonardo Barci
Publicado em 5 de junho de 2017 às 10h31.
Última atualização em 5 de junho de 2017 às 14h54.
Enquanto nasce um sentimento de que as coisas estão realmente começando a melhorar, pequenas e grandes bombas políticas estouram aqui e ali.
Às vezes tenho a impressão de que dentro do ambiente político e econômico, todo mundo tem algum tipo de dívida pública.
Tive um professor que costumava dizer: “Você acha que está ruim, não se anime, pode piorar”. Seria tempo de abrirmos um processo público contra o Tiririca por propaganda enganosa? Afinal, no cenário político a coisa ficou mesmo pior do que já estava.
Me pergunto como é possível que o sentimento seja de melhora enquanto os números do mercado financeiro mostravam na última semana uma sensível agitação.
Vivemos o melhor e o pior dos tempos!
Como é possível coexistir ao mesmo tempo, no mesmo lugar duas percepções tão contraditórias?
A verdade é que a desgraça vende. A velha frase do garoto do jornal gritando: “Extra, Extra, Extra...” dificilmente iria ser fechada com: “... a economia está se recuperando. ”
Minha compreensão está no tempo. Meu pai costumava dizer que “Não há nada que o tempo não cure. Nada como um dia após o outro e uma noite para dividi-los. ”
Por mais que eventualmente tenhamos a impressão de que as coisas estão piorando, ‘contra fatos não há argumentos’. Aliás, foi com base nesse princípio que o estudioso Steven Pinker resolveu transformar a percepção de estamos evoluindo como sociedade para um ambiente mais civilizado levantando extensos números e estudos e mostrando por que o mundo está se tornando um lugar melhor para se viver.
Na minha leitura, a capacidade de compreender e articular a realidade em algo digerível está diretamente ligada a dois fatores: informação e tempo.
Trabalho com números em marketing há mais de 20 anos. Demorei a compreender por que durante tanto tempo as empresas foram tão relutantes em direcionar seus investimentos de comunicação para meios mensuráveis. É absolutamente indiscutível o retorno que a comunicação de massa gera. Ao mesmo tempo, é bastante desafiador saber com exatidão quanto ela gera de retorno de fato. Descobri na prática que às vezes as pessoas não querem saber dos resultados. Por mais assustador que pareça cheguei a ouvir de grandes empresas que “no dinheiro do mass marketing não se mexe e não se mede. ”
Tem sido crescente a entrada do chamado Big Data no dia-a-dia das discussões das empresas. Como escreveu o Marcio há algumas semanas, juntar dados é fácil. Difícil é saber como organizá-los e como trabalhá-los. Mais sensível do que isso, na minha opinião, é a disposição para medir o próprio trabalho. Afinal, se não medidos, não temos a preocupação e gerencial. O único desafio é gastar. A boa notícia (pelo menos para quem deseja fazer um bom trabalho), é que este cenário está chegando ao fim.
Olhando rapidamente os números financeiros esta semana, vejo que as coisas começam a voltar a certa normalidade. Vou chegando à conclusão de que a despeito de todo pessimismo e revolta, os chamados ‘fundamentos da economia’ começam a se solidificar.
Se, como empresários e profissionais de marketing tivermos a capacidade, e eu diria até audácia, em desejarmos um País melhor, os números e o tempo podem trabalhar a nosso favor.
Enquanto nasce um sentimento de que as coisas estão realmente começando a melhorar, pequenas e grandes bombas políticas estouram aqui e ali.
Às vezes tenho a impressão de que dentro do ambiente político e econômico, todo mundo tem algum tipo de dívida pública.
Tive um professor que costumava dizer: “Você acha que está ruim, não se anime, pode piorar”. Seria tempo de abrirmos um processo público contra o Tiririca por propaganda enganosa? Afinal, no cenário político a coisa ficou mesmo pior do que já estava.
Me pergunto como é possível que o sentimento seja de melhora enquanto os números do mercado financeiro mostravam na última semana uma sensível agitação.
Vivemos o melhor e o pior dos tempos!
Como é possível coexistir ao mesmo tempo, no mesmo lugar duas percepções tão contraditórias?
A verdade é que a desgraça vende. A velha frase do garoto do jornal gritando: “Extra, Extra, Extra...” dificilmente iria ser fechada com: “... a economia está se recuperando. ”
Minha compreensão está no tempo. Meu pai costumava dizer que “Não há nada que o tempo não cure. Nada como um dia após o outro e uma noite para dividi-los. ”
Por mais que eventualmente tenhamos a impressão de que as coisas estão piorando, ‘contra fatos não há argumentos’. Aliás, foi com base nesse princípio que o estudioso Steven Pinker resolveu transformar a percepção de estamos evoluindo como sociedade para um ambiente mais civilizado levantando extensos números e estudos e mostrando por que o mundo está se tornando um lugar melhor para se viver.
Na minha leitura, a capacidade de compreender e articular a realidade em algo digerível está diretamente ligada a dois fatores: informação e tempo.
Trabalho com números em marketing há mais de 20 anos. Demorei a compreender por que durante tanto tempo as empresas foram tão relutantes em direcionar seus investimentos de comunicação para meios mensuráveis. É absolutamente indiscutível o retorno que a comunicação de massa gera. Ao mesmo tempo, é bastante desafiador saber com exatidão quanto ela gera de retorno de fato. Descobri na prática que às vezes as pessoas não querem saber dos resultados. Por mais assustador que pareça cheguei a ouvir de grandes empresas que “no dinheiro do mass marketing não se mexe e não se mede. ”
Tem sido crescente a entrada do chamado Big Data no dia-a-dia das discussões das empresas. Como escreveu o Marcio há algumas semanas, juntar dados é fácil. Difícil é saber como organizá-los e como trabalhá-los. Mais sensível do que isso, na minha opinião, é a disposição para medir o próprio trabalho. Afinal, se não medidos, não temos a preocupação e gerencial. O único desafio é gastar. A boa notícia (pelo menos para quem deseja fazer um bom trabalho), é que este cenário está chegando ao fim.
Olhando rapidamente os números financeiros esta semana, vejo que as coisas começam a voltar a certa normalidade. Vou chegando à conclusão de que a despeito de todo pessimismo e revolta, os chamados ‘fundamentos da economia’ começam a se solidificar.
Se, como empresários e profissionais de marketing tivermos a capacidade, e eu diria até audácia, em desejarmos um País melhor, os números e o tempo podem trabalhar a nosso favor.