Exame Logo

O início da retomada, ou não!

Começamos a ver os primeiros sinais de retomada de uma vida regular. O que isso significa no relacionamento com nossos clientes?

(Imagem de Free-Photos por Pixabay.com/Creative Commons)
LB

Leonardo Barci

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 04h00.

Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 10h33.

Esta situação de isolamento social me fez lembrar de um filme que assisti na década de 80, e que contava a história de um rapaz jovem que tinha perdido a esposa. Pela profunda tristeza que este episódio causou em sua vida ele decide treinar seu cachorro para resolver tudo que ele necessitava fora de casa.

(Ainda em épocas pré-internet) ele amarrava um bilhete no pescoço do cachorro com a mensagem para o comerciante local com o que ele queria, juntamente com uma pequena bolsa de dinheiro – talvez uma versão low tech de compras on-line.

As pessoas da pequena cidade ficaram espantadas de início, mas resolveram seguir com a proposta de “relacionamento”, respeitando o luto do rapaz.

Durante um tempo aquele ‘modelo’ funcionou até que alguém achou que isso era demais, e resolveu prender o cachorro até que o recluso dono aparecesse novamente na cidade.

Como seres humanos, assim como qualquer ser vivo no planeta, temos a natural propensão de nos adaptarmos as situações mais adversas. Com raras exceções, o homem é um dos poucos animais que conseguiu desenvolver formas de sobreviver tanto no deserto do Saara quanto nos extremos da Antártida.

Minha leitura é que se não tomarmos cuidado podemos criar a ‘geração Covid’, pessoas que decidiram migrar definitivamente suas vidas para dentro de casa.

Durante estes últimos anos tive oportunidade de, seguidamente, conversar com pessoas que decidiram mudar drasticamente o rumo de suas vidas depois de perceberem o impacto (negativo), que o seu trabalho e as empresas na qual elas estavam empregadas, gerava para a sociedade e seus clientes.

Não tive contato recente com nenhuma destas pessoas, mas entendo que elas talvez tenham sido precursoras desta mudança que podemos, a partir de agora, caminhar de forma mais consciente.

O que quero dizer com isso é que nestes últimos anos tivemos todo tipo de problemas como reflexo de nosso modelo socioeconômico. Em um ambiente ‘pré-covid’ onde mais da metade das pessoas não estava feliz em suas atividades profissionais, a reclusão social para muitos foi o motivo perfeito para sair da ‘roda de sansara .’

É relativamente natural que haja resistência para que as pessoas voltem por livre e espontânea vontade.

Compreendendo que relacionamento com clientes é tanto um movimento de dentro para fora (considerando aqui os funcionários, fornecedores e sócios da empresa) quanto de fora para dentro (os clientes, concorrentes e a sociedade como um todo).

Me fazendo valer de uma referência que o Márcio compartilhou comigo há alguns dias, alguns mais radicais estão vendo neste momento a oportunidade de um grande reset, conforme divulgado pelo Fórum Mundial de Economia há alguns dias  ( https://www.weforum.org/great-reset/ ).

Seja como for, compartilhando minha experiência com empresas que passaram por variadas situações de mercado e empresarial, diria que antes de negar que o próximo passo na retomada com o “normal” ou “novo normal” é evitar qualquer coisa diferente do que já fizemos nestes últimos 5 meses, mas sim aproveitar todos os desafios que este período de reclusão já nos mostrou até aqui, e avaliarmos sinceramente onde acertamos, onde erramos e onde podemos melhorar no relacionamento com nossos clientes e nossa função social como empresas e empresários.

Se teimarmos em achar que o “antigo normal” deve ser também o “novo normal” talvez uma onda do convid-20 seja nossa próxima parada, ou talvez possamos buscar fazer diferente e quem sabe encontrar algo de valor além do arco-íris.

Seja como for, o mais importante é compreendermos que estamos onde nos colocamos. Isso nos dá a liberdade de que podemos e devemos dar um próximo passo de forma mais consciente e responsável como sociedade global.

Veja também

Esta situação de isolamento social me fez lembrar de um filme que assisti na década de 80, e que contava a história de um rapaz jovem que tinha perdido a esposa. Pela profunda tristeza que este episódio causou em sua vida ele decide treinar seu cachorro para resolver tudo que ele necessitava fora de casa.

(Ainda em épocas pré-internet) ele amarrava um bilhete no pescoço do cachorro com a mensagem para o comerciante local com o que ele queria, juntamente com uma pequena bolsa de dinheiro – talvez uma versão low tech de compras on-line.

As pessoas da pequena cidade ficaram espantadas de início, mas resolveram seguir com a proposta de “relacionamento”, respeitando o luto do rapaz.

Durante um tempo aquele ‘modelo’ funcionou até que alguém achou que isso era demais, e resolveu prender o cachorro até que o recluso dono aparecesse novamente na cidade.

Como seres humanos, assim como qualquer ser vivo no planeta, temos a natural propensão de nos adaptarmos as situações mais adversas. Com raras exceções, o homem é um dos poucos animais que conseguiu desenvolver formas de sobreviver tanto no deserto do Saara quanto nos extremos da Antártida.

Minha leitura é que se não tomarmos cuidado podemos criar a ‘geração Covid’, pessoas que decidiram migrar definitivamente suas vidas para dentro de casa.

Durante estes últimos anos tive oportunidade de, seguidamente, conversar com pessoas que decidiram mudar drasticamente o rumo de suas vidas depois de perceberem o impacto (negativo), que o seu trabalho e as empresas na qual elas estavam empregadas, gerava para a sociedade e seus clientes.

Não tive contato recente com nenhuma destas pessoas, mas entendo que elas talvez tenham sido precursoras desta mudança que podemos, a partir de agora, caminhar de forma mais consciente.

O que quero dizer com isso é que nestes últimos anos tivemos todo tipo de problemas como reflexo de nosso modelo socioeconômico. Em um ambiente ‘pré-covid’ onde mais da metade das pessoas não estava feliz em suas atividades profissionais, a reclusão social para muitos foi o motivo perfeito para sair da ‘roda de sansara .’

É relativamente natural que haja resistência para que as pessoas voltem por livre e espontânea vontade.

Compreendendo que relacionamento com clientes é tanto um movimento de dentro para fora (considerando aqui os funcionários, fornecedores e sócios da empresa) quanto de fora para dentro (os clientes, concorrentes e a sociedade como um todo).

Me fazendo valer de uma referência que o Márcio compartilhou comigo há alguns dias, alguns mais radicais estão vendo neste momento a oportunidade de um grande reset, conforme divulgado pelo Fórum Mundial de Economia há alguns dias  ( https://www.weforum.org/great-reset/ ).

Seja como for, compartilhando minha experiência com empresas que passaram por variadas situações de mercado e empresarial, diria que antes de negar que o próximo passo na retomada com o “normal” ou “novo normal” é evitar qualquer coisa diferente do que já fizemos nestes últimos 5 meses, mas sim aproveitar todos os desafios que este período de reclusão já nos mostrou até aqui, e avaliarmos sinceramente onde acertamos, onde erramos e onde podemos melhorar no relacionamento com nossos clientes e nossa função social como empresas e empresários.

Se teimarmos em achar que o “antigo normal” deve ser também o “novo normal” talvez uma onda do convid-20 seja nossa próxima parada, ou talvez possamos buscar fazer diferente e quem sabe encontrar algo de valor além do arco-íris.

Seja como for, o mais importante é compreendermos que estamos onde nos colocamos. Isso nos dá a liberdade de que podemos e devemos dar um próximo passo de forma mais consciente e responsável como sociedade global.

Acompanhe tudo sobre:Atendimento a clientescultura-de-empresasEmpresasestrategias-de-marketinggestao-de-negociosmarketing-digital

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se