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No Relacionamento com Clientes, o Bom, Belo e Verdadeiro

O relacionamento ideal descrito nos livros só acontece se o propósito e a direção são claros. Do contrário, o único objetivo será o lucro pelo lucro.

(2018-07-16 - shield-293172_1920/Creative Commons)
LB

Leonardo Barci

Publicado em 16 de julho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 16 de julho de 2018 às 06h01.

Nos últimos 15 anos mudei um pouco meu hábito de leitura e procurei manter minha mente aberta lendo alternadamente, um livro de negócios e um livro fora de minha zona de conforto. Li um pouco de tudo, de poesia a suspense, de romance a livros exotéricos.

Dentro desta alternância, terminei recente O Livro de Urântia, um conteúdo de uma talagada de 2097 páginas, com letra pequena, sem figura, daqueles pouco convidativos ao leitor comum. O livro foi tão denso de ler que, em uma comparação objetiva, equivaleria a 15 livros de 200 páginas, destes que a gente comumente compra no aeroporto. Apesar da densidade e extensão do conteúdo, extraí algo que talvez até peque pela simplicidade.

Quase ao final da leitura, uma lista de palavras me trouxe novamente ao meu dia a dia como profissional ligado ao mundo dos negócios. O trecho que extraio nos diz que, embora a vida, em todas as suas expressões, busque sempre aquilo que é Bom, Belo e Verdadeiro, não é possível chegar a isso considerando:

Deixando o julgamento de lado, comecei a perceber que muito daquilo que construímos como humanidade, e que parece estar ‘fora do lugar’, foi concebido por uma falta de compreensão de coisas tão simples como a necessidade de parar e respirar para perceber com clareza o próximo passo.

Sem perceber, traduzimos negócios de uma forma que dinheiro ainda seja o principal indicador de sucesso.

Começo a notar que, mais do que uma maldade inata, muitos empresários simplesmente não sabem como resolver os problemas mais aparentes como, por exemplo, o relacionamento com seus funcionários e consequentemente com seus clientes.

Forçamos situações para que o resultado seja obrigatoriamente alcançado, mas eventualmente nem sabemos por que!

E é no Porque que muitas das soluções residem.

Certa vez um coach que me assistiu fez uma primeira pergunta sobre um tema. A partir de minha resposta sua segunda pergunta dele foi “Por Que?”. A partir da minha segunda resposta sua próxima colocação foi novamente “Por Que?”. Seguimos adiante até literalmente o coração do assunto. Percebi com esse exercício simples que se não chegarmos ao coração dos negócios, estaremos tangenciando a vida sem entrar, de fato, naquilo que importa.

Palavras, como a lista que coloquei anteriormente, são poderosas. Elas têm o poder da mudança. No mínimo, da reflexão. E é quando paramos por qualquer motivo que seja, que a mudança pode ser promovida.

Em paralelo a uma busca por um propósito pessoal e empresarial, vivemos hoje o nirvana da tecnologia. Já é possível para um assistente pessoal realizar uma ligação simulando uma conversa humana. Se você não acredita, vejaesta conferência recente do Google( https://www.youtube.com/watch?v=ogfYd705cRs ).

Tecnologia sem consciência, entretanto, pode nos levar rapidamente para bem longe daquilo que é Bom, Belo e Verdadeiro. Tudo depende de para onde estamos olhando.

Considerando que o principal objetivo de uma empresa seja vender, e a tecnologia pode ajudar nisso, então qual o limite para esta tecnologia? Garanto que não são leis que irão limitar seu uso. A complexidade e a extensão dos códigos tem sido tão grande, que será virtualmente impossível compreender quanto e como um sistema interfere em outro.

Somente com palavras como moralidade, princípios, caráter é que temos uma chance de estabelecer um bom relacionamento com clientes.

Garanto, não são softwares ou tecnologia que podem estabelecer um bom relacionamento com clientes. É a partir de um propósito nobre e de decisões altruístas que podemos fazer as coisas direito.

Muitos empresários confundem altruísmo com prejuízo. Muito pelo contrário, empresas de sucesso hoje começam a ser aquelas que desejam, em primeiro lugar, contribuir com seus clientes e o resto é o como. Embora poucos tenham coragem de admitir, nenhuma empresa deseja conscientemente prejudicar seus semelhantes.

Empresas, assim como pessoas, ainda carecem de uma direção de para onde estamos indo. Sem este guia, tenho de concordar que o melhor seria mesmo gerar mais e mais lucro.

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Nos últimos 15 anos mudei um pouco meu hábito de leitura e procurei manter minha mente aberta lendo alternadamente, um livro de negócios e um livro fora de minha zona de conforto. Li um pouco de tudo, de poesia a suspense, de romance a livros exotéricos.

Dentro desta alternância, terminei recente O Livro de Urântia, um conteúdo de uma talagada de 2097 páginas, com letra pequena, sem figura, daqueles pouco convidativos ao leitor comum. O livro foi tão denso de ler que, em uma comparação objetiva, equivaleria a 15 livros de 200 páginas, destes que a gente comumente compra no aeroporto. Apesar da densidade e extensão do conteúdo, extraí algo que talvez até peque pela simplicidade.

Quase ao final da leitura, uma lista de palavras me trouxe novamente ao meu dia a dia como profissional ligado ao mundo dos negócios. O trecho que extraio nos diz que, embora a vida, em todas as suas expressões, busque sempre aquilo que é Bom, Belo e Verdadeiro, não é possível chegar a isso considerando:

Deixando o julgamento de lado, comecei a perceber que muito daquilo que construímos como humanidade, e que parece estar ‘fora do lugar’, foi concebido por uma falta de compreensão de coisas tão simples como a necessidade de parar e respirar para perceber com clareza o próximo passo.

Sem perceber, traduzimos negócios de uma forma que dinheiro ainda seja o principal indicador de sucesso.

Começo a notar que, mais do que uma maldade inata, muitos empresários simplesmente não sabem como resolver os problemas mais aparentes como, por exemplo, o relacionamento com seus funcionários e consequentemente com seus clientes.

Forçamos situações para que o resultado seja obrigatoriamente alcançado, mas eventualmente nem sabemos por que!

E é no Porque que muitas das soluções residem.

Certa vez um coach que me assistiu fez uma primeira pergunta sobre um tema. A partir de minha resposta sua segunda pergunta dele foi “Por Que?”. A partir da minha segunda resposta sua próxima colocação foi novamente “Por Que?”. Seguimos adiante até literalmente o coração do assunto. Percebi com esse exercício simples que se não chegarmos ao coração dos negócios, estaremos tangenciando a vida sem entrar, de fato, naquilo que importa.

Palavras, como a lista que coloquei anteriormente, são poderosas. Elas têm o poder da mudança. No mínimo, da reflexão. E é quando paramos por qualquer motivo que seja, que a mudança pode ser promovida.

Em paralelo a uma busca por um propósito pessoal e empresarial, vivemos hoje o nirvana da tecnologia. Já é possível para um assistente pessoal realizar uma ligação simulando uma conversa humana. Se você não acredita, vejaesta conferência recente do Google( https://www.youtube.com/watch?v=ogfYd705cRs ).

Tecnologia sem consciência, entretanto, pode nos levar rapidamente para bem longe daquilo que é Bom, Belo e Verdadeiro. Tudo depende de para onde estamos olhando.

Considerando que o principal objetivo de uma empresa seja vender, e a tecnologia pode ajudar nisso, então qual o limite para esta tecnologia? Garanto que não são leis que irão limitar seu uso. A complexidade e a extensão dos códigos tem sido tão grande, que será virtualmente impossível compreender quanto e como um sistema interfere em outro.

Somente com palavras como moralidade, princípios, caráter é que temos uma chance de estabelecer um bom relacionamento com clientes.

Garanto, não são softwares ou tecnologia que podem estabelecer um bom relacionamento com clientes. É a partir de um propósito nobre e de decisões altruístas que podemos fazer as coisas direito.

Muitos empresários confundem altruísmo com prejuízo. Muito pelo contrário, empresas de sucesso hoje começam a ser aquelas que desejam, em primeiro lugar, contribuir com seus clientes e o resto é o como. Embora poucos tenham coragem de admitir, nenhuma empresa deseja conscientemente prejudicar seus semelhantes.

Empresas, assim como pessoas, ainda carecem de uma direção de para onde estamos indo. Sem este guia, tenho de concordar que o melhor seria mesmo gerar mais e mais lucro.

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