Exame Logo

Mas Vintage é bom ou ruim?

Vintage que é vintage é sempre bom. Mas cuidado...tem gente que faz parecer que nem sempre vintage é legal.

Meu Fusca 74! (Márcio Oliveira/Divulgação)
MO

Marcio Oliveira

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 10h00.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 11h36.

Acho incrível a capacidade que temos de fazer palavras entrarem e saírem de moda com tanta facilidade, mais incrível ainda, como o mercado e as empresas se apropriam destas palavras para usos diversos, mas ao meu ver, infelizmente, às vezes, sem muito bom senso.

E a palavra Vintage é uma delas. Muita usada hoje em dia para resgatar produtos e objetos clássicos do passado que voltaram (ou estão sendo impostos) à moda, seja em massa ou em algum segmento de mercado específico. Por exemplo, com embalagens de produtos como a Coca-Cola fez há pouco tempo, ou mesmo nos cabeleireiros masculinos, ou melhor, barbearias (termo Vintage) que estão aparecendo em todo o canto com seu visual retrô/americanizado.

Até mesmo quem gosta de carros antigos, como eu, gosta de usar o termo Vintage para qualificar o seu carro. Por exemplo, meu fusca 74 não é um carro velho e nem mesmo antigo, é Vintage!!

Bem, até aí tudo certo, afinal, o termo Vintage acabou sendo usado para associações positivas, certo? Mas o problema pode começar quando algumas empresas exageram e, talvez sem até mesmo perceber, colocam uma conotação negativa só porque querem usar o termo da moda. E foi o que aconteceu comigo recentemente, o que causou enorme frustração.

Como já falei aqui em alguns artigos mais antigos (ou serão Vintages?) que vocês podem ler aqui e aqui, gosto muito dos produtos da Apple. Já até me considerei um “applemaníaco” há algum tempo atrás (agora não mais). Mas ultimamente venho me frustrando muito com a Apple pois, como disse em um destes artigos, creio que a empresa não é mais a mesma após o falecimento de Steve Jobs.

Voltando ao meu caso, possuo um Macbook Air que comprei há 7 anos e gosto muito e, apesar da idade, mantém ainda uma performance muito boa. Mas como todo equipamento um pouco mais velho, se desgasta e necessita de manutenção. E foi o que aconteceu com a bateria dele, que passou a durar bem menos do que antes.

E se a decepção com o problema nem foi tão grande porque já era esperada, a decepção quando fui procurar a assistência técnica foi enorme e totalmente inesperada. Ao dizer ao técnico sobre o problema e perguntar quanto sairia a troca da bateria, ele quis saber a idade do computador e ao dizer, escuto a seguinte pérola com muita frieza inclusive: “Não podemos fazer a troca da sua bateria porque o seu Macbook é Vintage e a Apple não dá mais nenhum tipo de suporte a equipamentos Vintage.”

Até entendo que meu notebook é mais antigo mesmo, mas ele ainda é muito bom. Ou seja, a Apple desenvolveu um bom produto e que dura bastante, mas fiquei com a sensação de que ela deva estar arrependida disso, ao invés de estar orgulhosa. E ainda por cima chamar de Vintage? Mas ser Vintage parece ser tão legal para muitas empresas, talvez então não seja o caso da Apple, ou o atendente tenha querido ser apenas simpático, não sei.

Quanto a mim, talvez eu coloque então uma placa preta no meu Macbook igual a do meu fusca 74.

Veja também

Acho incrível a capacidade que temos de fazer palavras entrarem e saírem de moda com tanta facilidade, mais incrível ainda, como o mercado e as empresas se apropriam destas palavras para usos diversos, mas ao meu ver, infelizmente, às vezes, sem muito bom senso.

E a palavra Vintage é uma delas. Muita usada hoje em dia para resgatar produtos e objetos clássicos do passado que voltaram (ou estão sendo impostos) à moda, seja em massa ou em algum segmento de mercado específico. Por exemplo, com embalagens de produtos como a Coca-Cola fez há pouco tempo, ou mesmo nos cabeleireiros masculinos, ou melhor, barbearias (termo Vintage) que estão aparecendo em todo o canto com seu visual retrô/americanizado.

Até mesmo quem gosta de carros antigos, como eu, gosta de usar o termo Vintage para qualificar o seu carro. Por exemplo, meu fusca 74 não é um carro velho e nem mesmo antigo, é Vintage!!

Bem, até aí tudo certo, afinal, o termo Vintage acabou sendo usado para associações positivas, certo? Mas o problema pode começar quando algumas empresas exageram e, talvez sem até mesmo perceber, colocam uma conotação negativa só porque querem usar o termo da moda. E foi o que aconteceu comigo recentemente, o que causou enorme frustração.

Como já falei aqui em alguns artigos mais antigos (ou serão Vintages?) que vocês podem ler aqui e aqui, gosto muito dos produtos da Apple. Já até me considerei um “applemaníaco” há algum tempo atrás (agora não mais). Mas ultimamente venho me frustrando muito com a Apple pois, como disse em um destes artigos, creio que a empresa não é mais a mesma após o falecimento de Steve Jobs.

Voltando ao meu caso, possuo um Macbook Air que comprei há 7 anos e gosto muito e, apesar da idade, mantém ainda uma performance muito boa. Mas como todo equipamento um pouco mais velho, se desgasta e necessita de manutenção. E foi o que aconteceu com a bateria dele, que passou a durar bem menos do que antes.

E se a decepção com o problema nem foi tão grande porque já era esperada, a decepção quando fui procurar a assistência técnica foi enorme e totalmente inesperada. Ao dizer ao técnico sobre o problema e perguntar quanto sairia a troca da bateria, ele quis saber a idade do computador e ao dizer, escuto a seguinte pérola com muita frieza inclusive: “Não podemos fazer a troca da sua bateria porque o seu Macbook é Vintage e a Apple não dá mais nenhum tipo de suporte a equipamentos Vintage.”

Até entendo que meu notebook é mais antigo mesmo, mas ele ainda é muito bom. Ou seja, a Apple desenvolveu um bom produto e que dura bastante, mas fiquei com a sensação de que ela deva estar arrependida disso, ao invés de estar orgulhosa. E ainda por cima chamar de Vintage? Mas ser Vintage parece ser tão legal para muitas empresas, talvez então não seja o caso da Apple, ou o atendente tenha querido ser apenas simpático, não sei.

Quanto a mim, talvez eu coloque então uma placa preta no meu Macbook igual a do meu fusca 74.

Acompanhe tudo sobre:AppleAtendimento a clientesComunicaçãoEmpreendedorismoestrategias-de-marketingFuscagestao-de-negocios

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se